O Irmão Da Minha Melhor Amiga

Capítulo 1

Estou muito feliz, estou prestes a iniciar o ensino médio. A melhor parte é que eu cai na sala da minha melhor amiga, não aguentava mais aquela distância por salas que sofriamos  no ensino fundamental. A escola é nova, muito famosa na cidade, mas nunca havia visitado. É o tipo de escola de filme americano, tem os populares, os nerds, tem também o grupo de patricinhas, tem festas, acampamentos... Uma escola dos sonhos!

Já tá bom por hoje né, fico me matando de ansiedade sem necessidade alguma, melhor eu levantar dessa cama, a vida está passando todinha lá fora e eu aqui dentro presa nos pensamentos.

Como de costume, hoje eu vou ir para casa da minha melhor amiga, a Mary. Nós marcamos de ficar o dia todo hoje jogando conversa fora e assistindo série, um programa de meninas.

Os pais dela quase nunca estão em casa, eles vivem viajando a trabalho e eu conheço ela desde pequena, então minha mãe não tem frescura em eu ir dormir na casa dela, ela sempre pede para eu tomar muito cuidado, por causa do Henry, querendo ou não ele já é um homem e minha mãe ainda vê eu como se eu fosse uma criança de 8 anos. Já o meu pai não gosta, na verdade ele não sabe nada sobre mim, ele abandonou minha mãe quando eu ainda estava na barriga, veio aparecer depois de quatorze anos achando que ia ter direito algum, de vez em nunca ele liga para mim e aí de mim se eu disser que eu estou na casa da Mary, ele vem logo com conversas estranhas, dizendo que uma moça não pode ficar na casa com um homem e tals, mas eu não dou bola, a única pessoa que eu escuto de verdade é a minha mãe, ela é uma guerreira.

Minha mãe batalhou muito para nunca deixar faltar nada para mim, ela ligou muito e me criou sem a ajuda daquele infeliz, eu nunca precisei dele e nunca vou precisar. Minha mãe tinha 14 anos quando engravidou de mim, graças a Deus ela conseguiu cursar o ensino fundamental todo antes  me ter. Quando eu nasci ela parou de estudar, queria dar atenção totalmente para mim, não queria fazer comigo, o que a mãe dela fez com ela. Quando eu completei 2 anos, fui para a escola e minha mãe também. Eu ficava na escola o dia todo, além de ser uma escola, lá também era hotelzinho, então dava para minha mãe resolver as coisas dela, e ela estudava só a tarde. Assim tinha como ela arrumar a casa, fazer a comida, me levar na escola e ir buscar, estudar  e ainda trabalhava à noite com confeitaria. Assim, ela ganhava o dinheiro para nos sustentar. Ela nunca deixou faltar nada e eu me orgulho muito da mulher que ela é. Hoje, ela já terminou seu curso, tem um trabalho bom e está planejando criar sua própria empresa. E, como sempre, meu pai não ajudou em nada!

Ouço o meu celular apitar, pego ele e abro as mensagem.

  Mensagem on.

Louise, cadê você que ainda não chegou? Meu Deus, que demora! Vai casar mesmo é?

Calma filha, vou tomar banho e me arrumar agora. Daqui a pouco eu estou chegando aí.

Vê se não demora, se não eu vou te bater.

Mensagem off.

Vou para o banheiro e tomo um banho demorado, saio do banheiro, me sento na frente do guarda-roupa e fico escolhendo uma roupa. Depois de meia hora, coloco uma calça jeans rasgada, um top preto e uma sandália rasteirinha. Pego minha mochila e meu celular, chamo um uber e vou para a casa dela, ao chegar lá bato na porta e fico esperando alguém atender, depois de três minutos esperando a porta se abre e eu vejo o Henry parado me olhando.

-Oi Henry. -- Digo já entrando, jogo a mochila em cima do sofá e começo a procurar pela Mary.

Henry é o irmão da Mary, uns 4 anos mais velho que eu, ele é muito lindo, mas ele é muito babaca, o que o faz ser ridículo ao ponto de eu nem querer chegar perto dele. Ele é daqueles tipos de garotos galinhas, fica só por diversão e o menino mais popular da escola. Sim, ele estuda na mesma escola que eu.

Encontrei Mary na cozinha.

- Só podia tá aqui. -- Digo e me sento no banco.

- Aí amiga, que saudadeees. -- Disse Mary toda empolgada e me envolvendo em um abraço, retribuo.

- Mas você estava lá em casa ontem. -- Digo e logo sou repreendida.

- Mas eu estava com saudades mesmo assim. -- Ela rebate.

Ajudei ela a arrumar a casa e ficamos a tarde toda assistindo filme.

- Eu vou tomar banho, amiga. Já está de noite. -- Digo me levantando do sofá.

- Amiga, eu sei que você veio para ficar aqui comigo mas eu infelizmente vou ir para a casa do meu namorado, ele me chamou e eu queria passar um tempo com ele. -- Mary diz.

- Sem problemas, amiga. Já sou acostumada, você me chama pra cá e quase nunca fica em casa. Relaxa, pode ir. Eu sei que uma transa é mais importante que sua melhor amiga. -- Digo fazendo drama.

- Não é só uma, são várias. E para de fazer drama! -- Ela diz e eu começo a rir.

- Pode ir amiga, eu fico por aqui. Qualquer coisa me liga viu, e use camisinha. -- Digo e dou um beijo na bochecha dela.

- Tchau amiga, eu sabia que você iria entender, eu te amo. -- Ela pega a bolsa dela e sai.

Tomo um banho relaxante, coloco uma roupa de dormir confortável e volto para a sala para assistir minha série. Estava bem concentrada assistindo, até que a televisão muda de canal, quando olho para o lado, vejo o Henry com o controle na mão.

- A não, mano. Coloca naquele canal agora, Henry! -- Falo brava.

- Uuh, pirralha anã ficou brava... -- Revirei os olhos com raiva e levanto para ir para o quarto, até que sinto meu braço sendo puxado e acabo caindo sentada no colo do Henry. Fico parada sem reação olhando para ele por quase 20 segundos, mas minha alma voltou para o corpo e eu levantei novamente.

- Boa noite. -- Falo e subo para o quarto da Mary.

Me jogo na cama e fico mexendo no celular por um tempo, até que percebo alguém olhando para mim, me viro e vejo o Henry encostado na porta.

- O que foi dessa vez? -- Falo e me cubro.

- Você cresceu, Louise. Você está gostosa demais. -- Henry disse, logo fico vermelha.

- Obrigada pelo elogio que eu não pedi, agora se você puder sair do quarto eu agradeço. -- Digo.

- Sem problemas, boa noite Louise. -- Disse Henry.

Ele sai e eu fico mexendo no celular, depois de um bom tempo acabo dormindo.

Acordo de madrugada, olho para o relógio e os ponteiros marcavam 2:37, me levanto e vou para a cozinha pegar um copo de água.

Pelo visto o sexo foi tão bom que a Mary resolveu ficar por lá mesmo, tenho certeza que hoje ela não volta mais. Coloco água no copo e começo beber, até que sinto alguém me abraçando por trás, por um segundo achei que o copo ia cair da minha mão, mas eu conseguir segurar. Viro rapidamente para frente e dou de cara com o Henry.

Meu Deus esse menino é uma perdição.

- Que susto! -- Digo colocando a mão no peito e sinto ele me prensando cada vez mais contra o seu corpo. Ele foi aproximando seu rosto do meu, até que percebo que ele estava só de cueca.

- Vai vestir uma roupa menino. -- Falo e empurro ele. Dou uma olhada para o seu corpo inteiro e volto a olhar para o seu rosto.

- Eu sei que eu sou irresistível. -- Henry diz todo convencido.

Não falo nada e saio rápido, volto para o quarto e me jogo na cama, logo pegando no sono.

De repente sinto a cama afundando, acordo e vejo um homem no quarto.

- Quem é você!? -- Levanto assustada.

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oi Minhas Amoras, como vai? Esse é o primeiro capítulo de muitos, espero que gostem, e disculpe-me se ficou muito longo ou muito curto. Beijinhos, amo vocês! (Que não são muitos, para falar a verdade.), RS.