Capítulo II

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(POV Hope)

Era um dia agitado no bar. Muitos visitantes na cidade de passagem por causa daquela estúpida festa da maçã que acontecia todos os anos nessa mesma época.

Hope trabalhava todos os dias ali, o bar de seu pai, Robert. Não recebia nada para isso, mas era o que podia fazer para ajudar. Além dela e de seu pai, também trabalhava ali Alex, nos seus vinte e poucos anos, um pouco mais velho que Hope. Alex sempre teve uma quedinha por Hope, da qual ela tinha plena consciência, mas que infelizmente não correspondia. Ele era um bom menino, com certeza bonito, mas Hope sempre teve a sensação de estar esperando por algo a mais. Era por isso que mesmo quando estava na escola, não correspondia aos meninos que ousavam tentar algo. As vezes se divertia com um ou outro, mas nunca se deixava levar.

- Obrigada Alex - disse, enquanto pegava a porção de fritas e a cerveja gelada para levar para a mesa de um cliente.

Assim que deixou o pedido na mesa se virou para atender outros clientes, quando sentiu um tapa na sua bunda. - Obrigada docinho. - Hope sentiu o sangue ferver em suas veias. O resto do bar parecia segurar a respiração. Alguns clientes ali frequentavam o bar todos os dias e conheciam Hope, jamais ousariam fazer algo do gênero. Outros engraçadinhos ja haviam tentado, e seus destinos serviam de exemplo.

- Ooh você não deveria ter feito isso.- disse Paul, um velho bebâdo, cliente antigo da casa.

Hope se virou para o homem e pegou seu pulso, começando a torçer devagar. - Sabe, isso não foi educado da sua parte.- disse ela, enquanto torcia mais e mais seu pulso. - Eu acho que você me deve desculpas, certo? - disse, ouvindo seu pulso estralar de uma maneira pouco natural. - Sin-sinto muito. - O homem disse, a contragosto.

Hope sentia que o pulso do homem estava prestes a quebrar. O resto dos clientes assistia a cena com diversão. Alex parecia entediado, já estava acostumado com a cena. Ela era bonita, e tinha aquela atitute que mantinha a todos entretidos. Era impossível não admirá-la. Chamava atenção por onde passava, embora não gostasse.

- Isso deve manter sua mão junto a seu corpo por um tempo. Espero que tenha aprendido a sua lição. Agora saia.- Ela disse, expulsando o homem do local, que saiu pela porta apressadamente, enquanto um grupo de pessoas entrava.

Hope conhecia bem o homem de sobretudo que adentrava o salão, embora não o visse a muito tempo.

- Cas?! - Hope perguntou, em choque com a inusitada aparecição.

Castiel sorriu e veio em sua direção para abraçá-la.

- Precisamos conversar. - Sussurrou. Olhou para o bar cheio e em seguida para Sam, Dean e um menino que ela não reconhecia, que permaneciam na porta. - Em um lugar privado. - Cas concluiu. Hope, ainda anestesiada pela surpresa, se dirigiu para Alex. - Alex, meu pai deu uma saída, mas deve estar voltando. Você pode me cobrir aqui no bar? Por favor? - Perguntou.

- Eu dou conta, pode ir. - Alex respondeu.

- Se meu pai voltar, avise por favor que meu tio Castiel está na cidade, e eu fui para casa com ele. - Vamos para minha casa, poderemos conversar melhor. - Disse para Cas, encaminhando o grupo para a porta.

...

- Então, a que devo a honra da visita? - Hope perguntou.

- Lúcifer. Precisamos matá-lo. De uma vez por todas. - Cas disse.

- E isso me envolve por que...-Hope perguntou.

- Acho que você consegue. Talvez. Vale a tentativa. - Castiel respondeu.

Nesse momento meu pai, Robert, entrou na sala, furioso. Aparentemente Alex tinha dado o recado. Hope sabia que ele não iria gostar da visita.

- Vale mesmo, Castiel? Vale a pena expor ela dessa maneira? Ou você está apenas preocupado com os Winchesters, como sempre? - Disse.

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