Capítulo VII

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(Pov Dean)

Depois do ocorrido, voltamos para o bunker no mais absoluto silêncio. Eu não olhava para ninguém, muito menos para Cas, que parecia confuso e triste. O resto não sabia o que falar, ou como falar. Aparentemente Hope e Jack, que tinham visto tudo, contaram para Sam, por que ele corria os olhos entre ele e Cas, como se tentasse entender o que estávamos pensando.

- Dean, podemos conversar sobre o que aconteceu? - Cas perguntou, interrompendo sua fuga para o quarto.

Os outros estavam mais afastados, fingindo que não estavam escutando.

- Não. Não podemos. Nunca mais falaremos sobre isso, entendeu?!- E me apressei até o quarto.

Cas olhou em direção aos outros, e também foi se trancar no quarto.

- É sério isso? Seu irmão é inacreditável. - Hope disse a Sam.

- Ele vai se tocar em algum momento. Eu espero. - Sam disse, parecendo cansado.

...

(Pov Hope)

Naquela noite, acordei com uma insuportável dor nas costas, como se algo a tivesse rasgando por dentro. Castiel. Corri em direção ao seu quarto, que para minha surpresa estava vazio. Sai em disparada procurando-o pelo bunker, encontrando Cas saindo pela porta.

- Para onde você vai? - Perguntei. Cas se assustou e olhou em minha direção. A noite estava fria, iluminada pela lua cheia. Sob aquela luz, Cas parecia ter envelhecido anos.

- Não posso ficar. Preciso de um tempo. - Respirou profundamente. - Dean precisa de um tempo. - Cas respondeu.

- Você está com dor. Por que? - Perguntei.

- Você sabe por que... - Cas olhou para seus pés, evitando fazer contato visual. - Era inevitável, não fique triste por mim.

- Eu vou com você então. - Hope disse.

- Não. Os anjos estarão de olho em mim agora. É perigoso para você. Além disso, preciso que cuide do Jack enquanto eu estou fora. - Cas respondeu, colocando a mão no rosto de Hope.

- Me promete que vai ficar bem. - Pedi, com o coração apertado.

- Se acontecer alguma coisa você vai ficar sabendo. - Cas disse, rindo. Claro que eu ficaria sabendo, sentindo o que ele sente. Mesmo assim, queria garantir.

Enfim os dois se abraçaram, e como um sopro, Cas desapareceu na noite.

Ele estava caindo. As penas de suas asas estavam caindo. Não havia dor maior para um anjo. Eu sentia como se fosse em minhas próprias asas.

Em breve Castiel seria um anjo caído, e a culpa disso era de Dean.

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