Meu refúgio (fic Dayrol)

capítulo dois- ruiva

P. O.V day
Aquela aula estava uma merda, era o primeiro dia então era normal.
Por isso pedi pra professora para ir no banheiro, iria ficar lá por um bom tempo. Chegando lá, ouço um choro, não muito alto mas baixo demais para saber que a pessoa estava sofrendo.
Dei duas batidas na porta da cabine e perguntei:
-Ei, tá tudo bem?-minha pergunta foi ignorada,mas eu não ia sair dali tão fácil.
-Pessoa que está dentro dessa cabine,tá tudo bem com você? -perguntei novamente e depois de uns dois minutos a porta abriu e eu me deparei com um pequeno ser ruivo com o rosto todo vermelho por conta do choro.
-Olha tá tudo bem ok? Não precisa se preocupar. -ela disse com a voz fraca e em seguida deu um sorriso sem jeito.
-Você não precisa falar pra mim o motivo, eu sou uma estranha ainda. -disse e ela gargalhou.
Ficamos nos olhando,pouco tempo, mas o suficiente para olhar todos os detalhes daquela mulher, ela era perfeita. Lembro que ainda estou em horário de aula no que me faz dar um pequeno grito.
-Caralho, já faz uns dez minutos que eu tô fora da sala!
-Meu deus, que horas que acaba a primeira aula?
-Já está acabando -digo olhando no relógio -na verdade faltam dois minutos para acabar.
-Como você se chama ruivinha?-pergunto e ela me responde:
-Caroline, mas pode me chamar de carol, e você?
-Dayane, mas pode me chamar de day. -digo e nos duas rimos.
-Que turma você é? -a ruiva pergunta
-Primeiro colegial e você?
-Eu também! -diz ela entusiasmada no que me faz soltar um sorriso.
-Então vem comigo, aí a gente entra juntas!- a ruiva apenas assentiu e nos fomos em direção a porta.
 
P.O.V Carol
Lá estava eu indo novamente para aquela sala, mas dessa vez não estava indo sozinha, Day estava vindo comigo.
Ela tinha sido muito legal comigo. Quando entramos na sala, vi uma menina me encarar e me olhar com cara de bosta, deve ter sido impressão.
-Vem sentar na minha frente ruiva!-day falou e eu fui atrás dela.
Não acredito!Eu ia sentar perto daquela menina, merda!
Na aula não aconteceu nada demais,tirando o fato da day mexer no meu cabelo e ficar fazendo piadinhas para mim rir e a menina me olhar com cara de merda. Bateu o sinal do intervalo e vi a menina se aproximar de Day e lhe dá um selinho. Agora eu entendi o porque dela está me odiando, ela era namorada da day.
-Carol você quer vim com a gente? -Day perguntou e eu aceitei.
No intervalo foi normal também, conversei com o Bruno e um pouco com day e sua namorada. Descobri que a mesma chamava Daniela.
Estava voltando para a sala de aula, quando sinto uma coisa molhada cair sobre meu corpo. Daniela havia derrubado suco em mim.
-Ops, desculpas carol, foi sem querer! -Daniela disse com um sorriso cínico no rosto no que fez meu sangue ferver.
Mas eu respirei fundo e respondi:
-Não foi nada Daniela, eu vou no banheiro limpar -porque ela estava me odiando? Sério que ela achava que eu queria ficar com a day ou coisa do tipo?!
-Eu vou no banheiro te ajudar a limpar Carol. -Day disse e eu recusei.
-Não precisa Day. Eu me limpo sozinha.
-Eu insisto! -Saberia que ela não deixaria de insistir e eu aceitei.
Daniela havia feito de propósito, eu sei que havia! Aquilo seria difícil de limpar.

P. O.V Day
Eu estava decepcionada e meia com raiva da Dani. Eu a amava, mas aquelas crises de ciumes que ela tinha eram ridículas.
Eu me ofereci para ajudar a Carol a limpar sua roupa, e vi Daniela me encarar com um olhar mortal, daqueles  "depois a gente vai conversar" mas eu nem me importei. Eu me sentia na obrigação de cuidar da Carol, eu queria protege-la.
Chegamos no banheiro e a ruiva tirou primeiro seu moletom.
-Caramba, até meu uniforme ficou sujo!-a ruiva disse de forma indignada.
-Putz, deixa eu te ajudar a limpar, vem cá.
Não sei porque mas tive a impressão que quando disse isso a Carol ficou com meio remorso de se aproximar.
-Ei, eu não mordo -eu disse com um sorriso no rosto para quebrar um pouco o clima pesado.
-E quem disse que eu tenho medo de você? -Carol disse com um pouco de ironia na voz
-Sua cara disse.
-É que... sua namorada...
-O que tem ela?-perguntei confusa
-Ela vai querer me matar se ver isso!
-Olha ruivinha,não precisa ter medo da Daniela, ela não vai fazer e nem quer fazer nada com você, e mesmo se ela quisesse, eu não ia permitir ela te machucar, ok? -disse e Carol apenas assentiu com um lindo sorriso no rosto.
-Então vem cá e deixa eu te ajudar -completei e vi a mesma se aproximar.
Quando encostei minha mão no corpo de Carol , senti meu corpo todo amolecer, minha sanidade já não existia mais.
Parei de fazer o que estava fazendo e comecei a olhar para a ruiva, ela era tão linda.
-Vai me ajudar ou vai ficar só me olhando?-ela disse meio envergonhada.
-Eu não achei a segunda opção uma má idéia, mas precisamos limpar isso rápido, temos que voltar para a sala.-disse e vi a mesma virar um pimentão, era inacreditável como ela ficava mais linda ainda com vergonha.
Acabamos de limpar e chegamos na sala, eu só vi minha namorada com uma cara de merda tão grande, eu nunca havia a visto assim.
Eu já sabia que iríamos brigar. Carol foi sentar no seu lugar que no caso era na minha frente e eu sentei junto com ela.
A ruiva me mandou um bilhete onde estava escrito "pelo menos eu acho que ela não vai matar só eu, né?". Não pude evitar a gargalhada.
-Você é uma palhacinha!-disse cochichando no ouvido de Carol e ouvi ela dando uma risada baixinha.
O silêncio naquela sala me assustava, a professora já estava na sala e todos estavam fazendo os exercícios que ela tinha passado, menos eu. O pior aconteceu, a professora percebeu que eu não estava fazendo as atividades.
-Dayane, posso saber porque a senhorita não está fazendo?!- a voz daquela mulher me irritava, era era muito cínica.
-É -é, eu já estou acabando professora. -disse mentindo.
-Então você pode me dizer qual é a resposta da questão quatro? -aquela pergunta veio como um tiro na minha cabeça. Eu não sabia e agora a sala toda me olhava.
-O valor de A é 9.-Carol cochichou muito baixo, mas preciso só para mim ouvir.
-A é igual a nove. -disse e vi aquela professora virar os olhos e continuar a fazer o que estava fazendo.
-Obrigado baby! -disse e Carol só soltou um "de nada". Era era incrível.

P.O.V Dani
Eu estava quase surtando de raiva. Dayane sabia que mais tarde iríamos conversar, por isso nem me encarava.
Bateu o sinal da saída. Dayane levantou da cadeira para ir atrás de Caroline, mas eu a puxei pelo braço.
-Como você pode fazer isso Dayane?
-Fazer isso o que Daniela? -ela perguntou se fazendo de desentendida.
-Quando aquela ruiva tá perto de você, você fingir que eu não existo! -disse e vi Day virar os olhos.
-Olha Daniela, eu sinceramente cansei dessas suas crises de ciumes,ok? agora deixa eu ir embora porque eu vou perder o ônibus, depois quando você tiver mais calma a gente conversa.-ela disse isso saindo pela porta daquela sala.

P.O.V Carol
Quando bateu o sinal eu sai daquela sala o mais rápido possível. Sabia que Dani iria brigar com a Day e se eu estivesse lá, só pioraria a situação. Eu estava já do lado de fora, Bruno estava conversando com uma de suas ficantes me fazendo esperar.
Estava mexendo no meu celular quando ouvi uma voz conhecida.
-Você nem me esperou, tô triste! -Day disse fazendo um biquinho muito fofo.
-Então quer dizer que a moça tá viva?! Amém irmãos!-disse fazendo Day soltar uma gargalhada.
-Eu não te esperei, porque Dani ia me matar! -completei
-Eu já te disse que ela não te odeia Carol, ela é assim com todo mundo.
-Day ela me odeia , eu sinto isso cara!-disse isso e vi Day novamente sorrir negando com a cabeça.
-Carol vamos! -Bruno enfim tinha acabado suas "convesas" com as meninas.
-Tá, já tô indo!
-Ah, tchau ruivinha -Day falou fazendo bico.
-Tchau Day, até amanhã. -disse isso dando um beijo na bochecha da morena , torcendo para que Dani não estivesse em qualquer canto vendo essa cena.
-Até! -a morena gritou por conta da distancia indo a caminho de um ponto de ônibus.
Eu fiquei com vontade de convidar ela pra vim na minha casa, mas lá o clima não tava dos melhores e se minha mãe descobrisse que Day era lésbica ela a expulsaria da minha casa, minha mãe era extremamente homofóbica.
Fui no caminho pensando que apesar dos problemas com a Daniela, meu primeiro dia não tinha sido tão horrível quanto eu imaginava.
O motivo dele ter sido bom, tinha um nome, e ele se chamava Dayane, eu me sentia segura com ela.
Estava ansiosa para amanhã e para o interrogatório de perguntas que eu teria quando chegasse em casa.

eai gente, capítulo grande. comentem sugestões e oq estão achando da fic, bjss