Meu refúgio (fic Dayrol)

capítulo dez - ponto de paz

P.O.V Carol
Aquilo não podia estar acontecendo, minha mãe não poderia ver aquelas fotos. Quanto burra eu era por gostar de alguém? Porque sempre que eu resolvo me entregar para alguém eu me machuco?
Não Carol, você não deve se entregar a ninguém. Entrei na sala de aula e peguei minha bolsa, eu precisava sair daquele local, precisava ver Bruno.
Estava indo em direção ao portão do colégio quando alguém me para.
-Graças a Deus te achei!- um menino loiro de olhos azuis falou colocando suas mãos em meu ombro.
-Eu estou indo embora. -segui andando em direção a saída.
-Mas ainda não é horário de ir embora, falta uma aula e acho que você precisa conversar com Dayane. - O que?! ele queria que eu conversasse com ela?
-Sinto muito mas eu não vou fazer isso.
-Você precisa ouvir ela Carol, ela gosta de você.
-Não, ela não gosta.-dei uma pausa para limpar a solitária lágrima que escorria em meu rosto.-Sabe, eu também achei que ela gostava de mim, eu confiei nela, eu me...
-Apaixonei? -era exatamente isso, eu me odiava por estar apaixonada por ela.
-Não! lógico que não.
-Carol é normal se apaixonar, Day é uma boa pessoa. -quanto Dreicon disse isso senti vontade de sorrir, o jeito que ele falava parecia muito com o de Bruno.
-Você não entende, e-eu preciso ir.-sai correndo para o portão para não dar para ele me parar de novo.

[...]

Cheguei no hospital e fui direto para o quarto que meu amigo estava.
-Oi. -passei a mão no rosto dele.-eu tô sentindo tanto sua falta. Eu preciso que você volte pra mim logo,eu não tô aguentando ficar sem você. Tem coisas novas acontecendo, eu acho que eu estou realmente apai...-deixei de falar um instante e olhar para ele.- Apaixonada. Mas minha vida tá uma bagunça, o Alex ele viu... ele tirou fotos! e se essas fotos chegarem até minha mãe? Bruno me responde!- lágrimas já escorriam, eu não estava mais suportando o fato dele não me responder e me ajudar a resolver as coisas.
-Eu não sei o que fazer! Mas eu preciso fazer alguma coisa!-Parei de falar quando vi o doutor na porta.
-É-é já acabou o horário de visitas moça.
-Doutor como ele está?! quando ele vai voltar?!-eu já não me importava mais de chorar na frente do homem de barba grisalha na minha frente.
-Desculpas...Não temos previsão,mas esperamos que logo.
Dei um beijo na testa do meu amigo e no relógio já marcavam 11:58,eu precisava ligar para alguém vim me buscar no hospital.

P.O.V Day
Eu precisava conversar com a Carol, precisava dar alguma explicação para ela. Levei uma suspensão de dois dias por ter dado dois socos em Alex.
Eu estava com raiva. De mim, da Daniela e do nojento do Alex.
Como eu era tão burra a ponto de acreditar em alguma coisa que aquele garoto dizia?
-Onde ela tá?- perguntei para meu amigo Dreicon na esperança de que Carol ainda estivesse na escola.
-Na verdade ela foi embora.
-Embora pra onde?! Dreicon eu falei que não era pra ter deixado ela ir à lugar nenhum!
-Você disse apenas para mim acha-la e foi isso que eu fiz,então dayane não venha descontar a sua raiva em mim!- o menino de olhos azuis falou,e realmente ele estava certo.
-Desculpas Drei, você sabe onde ela foi?
-Parece que ela foi em direção ao hospital perto da escola.-Eu já sabia pra onde ela tinha ido.
-Bruno...Eu tô indo,tchau.-dei um beijo na bochecha do meu amigo e sai praticamente correndo em direção ao hospital.

[...]

Minhas pernas estavam moles de tanto que eu havia corrido para tentar encontrar a ruiva, e pelo visto eu cheguei a tempo. Ela estava sentada na calçada com a cabeça baixa, parecia estar esperando alguém, sentei do seu lado e ela nem ergueu a cabeça.
-O que você quer?-a voz dela era mansa, não parecia querer brigar.
-Eu quero me explicar.
-Você não precisa me explicar nada.
-Preciso sim baby, eu preciso. Vem comigo?-ela ergueu a cabeça e eu pude ver seus olhos inchados devido ao choro.
-Eu não confio em você, então não vou a lugar nenhum.-quando ela disse isso eu senti meu coração apertar, mas sei que ela confiava.
-Ei...-ergui o rosto dela e ela olhou fixamente para mim.-me deixe apenas explicar.
Levantei na frente da mesma e estendi a mão para ajudar a levantar, ela não segurou na minha mão, apenas levantou sem minha ajuda.
Era ruim saber que ela me odiava agora.
Eu ia na frente e ela atrás.
-Onde está me levando?- a ruiva perguntou e eu me permiti olhar para a mesma. Ela era realmente a mulher mais linda que existia nesse mundo, o sol batia nos seus cabelos e faziam eles ficarem ainda mais vermelhos. O vento faziam com que seus olhos castanhos estivessem um pouco fechados. Sua boca semi aberta só aumentava meu desejo de querer beija-lá.
-Hein?! Onde você tá me levando?-sua voz me despertou fazendo sair do meu transe.
-Vem por aqui!-já tínhamos chegados, no lugar que me trazia paz.
Ele passava por uma mini floresta,até chegar em um pequeno rio em que na sua volta tinha um lindo jardim,aquele lugar era realmente incrível.
-Chegamos!-eu disse e vi Carol com os olhos arregalados olhando para o local.
-Como eu não conhecia esse lugar?!- ela disse no que fez meu coração ficar quentinho.
Me sentei no chão, e pedi para a ruiva sentar do meu lado. Ela sentou.
Novamente me permiti admirar aquela mulher, como podia ser tão perfeita?!
-Você me trouxe aqui para ficar me olhando? Me explica Dayane!
-Eu sou quero dizer que em nenhum momento eu pensei em usar você Carol...
-Não?! Você pediu para mim sair com o Alex em troca dele não dizer nada para sua namorada que você...-ela parou de falar.
-Tentava te beijar?-eu disse e ela não respondeu.-Carol eu percebi que tinha que terminar com a Dani, porque eu não aguentava mais...
-Não aguentava mais o que?
-Olhar para você e tentar não imaginar...-eu já não ligava em falar toda a verdade para a ruiva.-Nós duas.
-Dayane não fala isso, por favor.-Ela encostou nossas testas.
-Porque baby?Eu não consigo mais esconder a vontade que eu tenho de te beijar.-nossas respirações estavam ofegantes,meus olhos não saiam do dela, os olhares dela estavam em minha boca.
-Eu não posso...
-Você pode sim. -dei uma pausa e coloquei minha mão em sua cintura.-você sabe que pode.
-Não Day...Eu não posso confiar em você de novo.
-Pode sim,Carol eu prometo que você pode confiar.-minha respiração estava falha por conta da nossa distância.
-Eu tô com medo Day.-a ruiva disse e eu separei um pouco nossas testas para olhar para ela.- Medo de ninguém me aceitar.
-Você não pode esconder suas vontades baby.
-E-eu não tô com vontade de nada.
-Eu sei que tá. -coloquei minha outra mão em sua cintura e vi seu corpo ficar arrepiado. -Você não sabe o quanto foi difícil para mim te dizer para sair com Alex.
-Você não sabe o quanto foi difícil para mim ouvir você me pedindo para sair com ele. - ela disse e eu sorri.
-Carol?
-Hum?-sua respiração estava acelerada.
-Se eu te beijar agora,promete não se arrepender depois?
-Se eu dissesse que não, você não me beijaria?
-Isso é um jogo comigo?- Me separei dela e pude ver seu sorriso.-se ser, eu perdi e você...-apertei mais minhas mãos em sua cintura e ela passou o braço ao redor do meu pescoço.-ganhou.
Várias sensações percorreram no meu corpo, poderia parecer cliche mas aquele era o melhor beijo que eu já tinha dado em toda minha vida.
Puxei ela para mais perto de mim, ela pediu passagem com sua língua e eu cedi. Minhas mãos foram descendo, Caroline me perdoa, mas você tira toda minha sanidade!
Quando cheguei até sua bunda, ela segurou na minha mão e ergueu a mesma de volta.
-Desculpas.-eu disse um pouco envergonhada.
-Não precisa pedir desculpas.-Ela novamente começou a me beijar, e cara, aquela mulher ainda iria me matar.
O celular dela começou a tocar, era seu irmão, Rafael.
-Não,depois você atende.-eu disse na tentativa dela não atender e continuar a me beijar.
-Eu preciso atender.
Ela atendeu, e eu só pude ouvir ela dizer "ok, já estou indo pra casa".
-Eu preciso que me leve pra casa.
-Ah!-reclamei e a mesma me deu um selinho.
-Por favor baby, não me faça querer ficar ainda mais que eu já quero.
-Ok senhora biazin, vamos pedir um uber. -me levantei e Carol fez o mesmo.
Pedi o uber e ele não demorou muito e chegou.

[...]

Paramos na frente da casa dela e ela me deu um beijo na bochecha.
-Tchau Day.-Eu queria que o beijo fosse na boca?queria, mas eu não queria parecer muito obcecada e assusta-lá
-Tchau baby!

P.O.V Carol
Que cara eu ia chegar em casa? e se minha mãe já tivesse visto as fotos? Pensei duas vezes antes de abrir a porta.
-Coragem Carol. Coragem.-no impulso eu abri a porta e me assustei pois não tinha ninguém na cozinha.
-Rafael?Renan? Mãe? -ninguém me respondeu. Pra onde eles tinham ido?
Ouço um barulho vim do banheiro, e se tivesse um ladrão na minha casa?!
Fui em direção a cozinha e peguei uma velha colher, para tentar me defender.
Fui dando um passo atrás do outro.
Cheguei no banheiro e vi uma sombra de um homem.
Meu coração acelerou, me escondi atrás da porta.
Quando vi que o homem ia sair do banheiro, mirei a colher no seu rosto e o mesmo desviou.
-Carol,cê ficou louca?!- Renan disse e eu pude sentir o alívio percorrer no meu corpo.
-Nossa, graças a deus! Porque você não me respondeu?
-Eu não ouvi! meu Deus que susto!
-Desculpas maninho.-Comecei a rir da situação. -cadê o rafa e a mamãe?
-Foram na igreja e pelo jeito vão voltar tarde,é daquelas missas demoradas.
-Tendi. Vou tomar banho.
Fui em direção ao banheiro, e fiquei pensando em como minha vida estava.
Eu estava me apaixonando, na verdade já estava apaixonada.
Isso era ruim?! Não sei, mas sei que eu estava sentindo uma das melhores sensações que eu já tinha tido antes.
Era bom se apaixonar, vamos dizer que pela primeira vez eu estava realmente apaixonada por alguém. Day era o nome dela, Dayane de Lima,ela era meu ponto de paz.

oi queens, voltei e ainda com o primeiro beijo dayrol ahshaha.
comentem e votem bastante.
bjss