capítulo sete - acidente

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P.O.V Carol
Não! isso não podia ter acontecido, não com ele. Tudo isso aconteceu por minha culpa, eu distrai ele.
FLASHBACK ON
-Você tem cócegas é?!- eu disse mexendo na barriga do meu melhor amigo enquanto ele dirigia.
-Carol pa-ra!-ele disse em meio de risadas.
-Só se você pagar meu lanche também.
-Tá, tá bom eu pago.-ele disse ainda dando altas gargalhadas.
-Como eu posso ter certeza que você vai pagar meu lanche?-eu disse ainda fazendo muitas cócegas em Bruno.
-Eu vou pagar, agora para.-ele disse parando de rir e ficando sério.-Se não eu vou começar a fazer em você também.
-Não Bruno, para! -eu estava morrendo de rir, quando o carro começou a perder o controle.
-Bruno presta atenção! Para,é sério.
-Ah, agora você quer parar né!
Quando ele disse isso eu só vi uma camionete vindo em nossa direção, e depois disso eu apaguei.
FLASHBACK OFF
Acordei com a sensação que estava em um sonho, mas não estava. Eu sabia que não estava.
Estava com metade do meu corpo para fora do carro, não conhecia o lugar que estava, era completamente desértico.
Aos poucos fui me lembrando do que tinha acontecido. O bruno! Tentei mover minha cabeça para tentar olhar no banco que ele estava,foi em vão. O cinto de segurança estava me deixando praticamente mobilizada.
Me soltei do carro e mesmo sentindo muitas dores corri até onde meu melhor amigo estava. Quando o vi, senti meu estômago revirar, me segurando para não vomitar ali mesmo. Ele estava desacordado, mas ainda sentia sua fraca respiração.
Liguei para a primeira pessoa que veio em minha cabeça. Day.
Consegui ouvir algumas palavras da mesma, mas a ligação foi inútil, o lugar não tinha sinal.
Ouço meu celular tocar e era ela me ligando novamente.
LIGAÇÃO ON
Day: Alô Carol?!-ela disse em um tom de preocupação.
Eu: Oi Day-eu já não estava mais aguentando falar, estava com muitas dores na perna esquerda.
Day: O que aconteceu? Aonde você está?
Eu : Eu não sei onde eu estou, o lugar parece um deserto.-Quando disse isso avistei uma placa, aquilo poderia ser um ponto de referência.
Day:Tenta achar alguma pista do lugar. Carol eu preciso que me fale aonde você está.
Carol:Eu estou a 42km da rodovia Kali.
Day:Ok, eu já estou indo, não saia daí, eu tô levando ambulância.
Carol:Day, só venha rápido. Por favor.
Day: eu prometo que em cinco minutos eu chego aí, seja forte ruiva.
LIGAÇÃO OFF
Cheguei perto de Bruno e comecei a tentar tirar ele do carro, ele ainda não tinha acordado. Olhei novamente para o rosto dele e senti minha garganta queimar, entrei em desespero. Comecei a chorar de culpa. Se ele não ficasse bem, não sei o que aconteceria comigo.
-Ei bru, fica comigo, aguente firme, eles já estão chegando. -eu tinha conseguido tirar ele do carro, estava segurando o mesmo no meu colo.
Ouvi um barulho de sirene longe, graças a deus. Eles haviam chegado.
-Moço, moço cuida do meu amigo. -Eu dizia chorando, Bruno estava sendo colocado em uma maca.
-Pode deixar mocinha. Vamos fazer de tudo pra ele ficar bem.
-Você consegue se levantar? -um outro moço vestido de branco me oferecia ajuda para me colocar na maca também.
-Sim- tentei me levantar, mas com muitas dores, me apoiei no carro que estava ao meu lado completamente destruído.-Acho que sim.
-Carol! -Day veio correndo em minha direção me dando um abraço, que me fez chorar. -Você está bem? -Ela completou olhando fixamente nos meus olhos com suas mãos em meu rosto.
-Estou. -Eu disse ainda chorando,não por mim, mas pelo meu amigo que já estava sendo levado a caminho do hospital.
-Então porque você está chorando? -ela disse ainda me abraçando.
-Day se ele não ficar bem,eu nunca vou me perdoar.
-Olha pra mim- eu olhei para a mesma que estava com os olhos marejados- Ele vai ficar bem, eu prometo.
Eu apenas assenti ainda chorando.
-Moço não vai ser preciso eu ir de ambulância, vou de carro com minha...- De novo estava eu lá, não desejando Day apenas como amiga,mas como algo a mais.-amiga.
-Ok, mas quando chegar lá, vá direto a emergência.
Saí andando em direção ao carro da morena, quando senti minhas pernas latejarem me fazendo cair no chão.
-Carol! Meu Deus, vem cá. -Day me ajudou me pegando no colo.
Estávamos dentro do carro, comecei a olhar a rua e me lembrar dos meus momentos com Bruno. No quanto ele havia me ajudado,no quanto ele me fazia sorrir até mesmo nos momentos de tristeza. Encostei minha cabeça no vidro e comecei a chorar novamente.
-O que foi ruiva? Vai ficar tudo bem, confie em mim.- Day dizia tentando me acalmar, era inacreditável como ela me acalmava apenas por dizer poucas palavras.
Chegamos no hospital e eu fui levada diretamente para fazer um raio X. Estava tudo bem comigo, tirando minha perna e alguns arranhões.
-Aconteceu alguma coisa com minha perna doutor?- eu perguntei logo depois que o exame tinha acabado.
-Você teve uma pequena fratura no joelho esquerdo. Mas tirando isso está tudo bem com você. -ele disse abrindo um sorriso largo.
-Agora vamos para uma sala de repouso, apenas por observação e para enfaixar sua perna. -ele completou e eu fui atrás dele.

P.O.V Day
Eu já tinha ligado para a família da Carol, Bruno pelo que eu havia entendido não tinha contato com seus pais,então a família dele era a mesma que a de Carol.
Eles já estavam a caminho. Estava a pouco tempo naquela sala de espera, mas parecia uma eternidade. Como eu fiquei com medo de perder aquela menina, ela significava tanto pra mim.
Os pais dela já tinham chegado.
-Obrigado! Obrigado mesmo por cuidar da minha filha. -a mãe de Carol me agradecia enquanto me dava um abraço com medo, conforto e muita dor.
-Não precisa me agradecer.
-E o Bruno como ele está? -ela me perguntou fazendo uma expressão de preocupação.
-Não tenho notícias, mas acho que o estado dele parece grave.
-Aí meu deus, cuida do nosso menino.
Voltei a sentar no banco e adormeci lá mesmo.
Acordei depois de uns vinte minutos, quando vi o médico sair pela porta com uma cara nada boa.
-Eles estão bem doutor?- A mãe de Carol perguntou com os olhos marejados.
-A Caroline sim, só sofreu uma fratura no joelho esquerdo, mas nada que um gesso não resolva.-senti um alívio percorrer no meu corpo. -já o garoto...
-O que aconteceu com ele?!- a mãe de Carol perguntou praticamente chorando.
-Ele sofreu um coma em tempo indeterminado.
-Não! não, não. -dona Rose estava chorando do meu lado abraçando um homem no qual eu acreditava que fosse seu filho.
-Posso conversar com minha filha?
-Pode sim, sala 12.
Como Carol iria ficar ao souber da notícia? Me dava arrepios só de pensar nisso, ele era muito importante na vida dela.
Passou uns quinze minha e o irmão de Carol e a mãe dela tinham saído pela porta.
-Ela que falar com você. -O homem de cabelos ruivos e barba da mesma cor disse pra mim.- e afinal,prazer Rafael,irmão da ruivinha.
-Prazer Day. -disse estendendo minha mão e o mesmo apertou.
Fui em direção ao quarto que ela estava respirando fundo antes de entrar lá. Quando ela me viu deu um sorriso fraco, mas lindo o bastante para me fazer a olhar completamente boba.
-Como você está? -disse me aproximando dando um beijo em sua bochecha.
-Estou bem.
-Que bom.
-E ele? como ele esta? -ela disse praticamente gaguejando por conta da tentativa de segurar o choro.
Eu deveria contar?
-Carol ele...-olhei para ela que estava chorando, não aguentei falar -vai ficar bem.
-Você não quer me falar o que aconteceu né?
-Baby, não sei se é um bom momento para você pensar em outra coisa que não esteja relacionada com sua saúde.
Comecei a fazer cafune nela, que fechou os olhos. Ela ficava tão linda dormindo,parecia um anjo.
-Eu vou ir embora agora,ok? -eu falei baixo para não despertar a mesma que já estava quase dormindo.
-Cansou de olhar pra mim?-ela disse com um meio sorriso no rosto e com os olhos ainda fechados.
-Se eu pudesse, ficaria minha vida inteira olhando para você.
-Fica aqui comigo então, por favor.-a ruiva olhou no fundo dos meus olhos.
-Tá, eu vou ficar aqui com você.
-Oba!-ela fez uma comemoração com as mãos, no que me fez rir.
Debrucei minha cabeça na cama que Carol estava e ela começou a fazer carinho na minha cabeça. Quando pensei que ela já estava dormindo, ela diz baixinho.
-Day.
-Hum?
-Eu te amo. -parecia que borboletas estavam voando no meu estômago, eu nunca tinha sentido isso na minha vida.
-Eu também te amo baby. Muito.

oie gente, outro capítulo pesado. votem e comentem bastante.
bjss

Meu refúgio (fic Dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora