Da Amizade Ao Amor

Capítulo 1.

*Nota: Desculpem qualquer erro na escrita, eu juro que li muitas vezes e tentei arrumar tudo. Boa leitura! <3

Pov Elídio

Estou no meio do Improvável agora, e devo dizer que o elenco de hoje é um dos meus favoritos. O Edu está de MC, a Mari é a convidada e o Andrés é o músico; além é claro dos meus dois melhores amigos, Andy e Dani.

Bom, devo dizer que um deles eu vejo mais do que um melhor amigo. Já faz um tempo, na verdade uns dois anos, que percebi que estou tendo alguns sentimentos.. diferentes pelo Daniel. Vivi praticamente minha vida inteira ao lado dele e do Andy, nós três sempre fomos melhores amigos. Mas de uns anos pra cá, tenho sentido mais do que amor de amigo por ele, e não sei o que pode acontecer.

Sim, eu sou gay, mas só minha família e amigos mais próximos sabem. Sou bem reservado quanto a isso. Mas também sei que algumas fãs não são burras, e devem ter notado o jeito que eu olho para o Daniel. Existe até um shipp pra gente, chamado "Danídio", que eu particularmente acho a coisa mais fofa do mundo. Eu e Daniel sabemos do shipp, mas nunca falamos nada a respeito sobre ele.

O jogo que está acontecendo agora é o "frases", e a cena está rolando com o Dani e a Mari, e devo dizer que está bem engraçada. Em nenhum momento tiro meus olhos dele, o acompanho no palco em cada movimento que faz, me deixando hipnotizado. Não sei se meus amigos desconfiam que estou gostando dele, acho que não. Eu sou bom em disfarçar, eu acho. Até do Andy estou conseguindo esconder. E o principal: Daniel não pode descobrir. Eu não sei se ele sente o mesmo, afinal ele é hetero e eu não quero acabar com nossa amizade de anos.

Perdido em meus pensamentos, enquanto acompanho Daniel na cena toda, sou trazido de volta ao mundo real quando escuto Edu tocar a campainha diversas vezes, indicando que o jogo havia acabado. Eles se cumprimentam e voltam aos seus lugares. Depois tivemos mais dois jogos, onde pude ficar perto dele. Como ele não curte muito sair de casa, não o vejo muito fora dos palcos. Só o vejo nos espetáculos que fazemos, nos treinos de improviso que acontecem ás quartas-feiras e em compromissos onde é impossível faltar, como o aniversário meu ou do Andy, e alguns aniversários de nossos amigos. Sempre faço churrascos na minha casa, onde moro com o Edu e o Marcão, e sempre convido o Dani, mesmo sabendo que a resposta dele é sempre não, mas não vou desistir.

De novo sou puxado para o mundo real, com Edu indicando que vai começar o "Cenas Improváveis".

Edu já falou algumas frases, e até agora tivemos boas sugestões, e todos nós estamos nos saindo bem.

─ Muito bem, próxima cena: "E se o motoboy distribuísse correio elegante?" - Edu fala.

Daniel foi a frente e eu o acompanhei. Logo eu falo:

─ E aê, mano?! - falo fazendo uma voz um pouco grossa.

─ E aê? Os corre tá fogo, né? - Daniel me responde fazendo a mesma voz. - Bom era a época que a gente entregava só pizza, né? - ele continuou.

─ Ou - falei e dei uma pausa - Podia entregar isso aqui pa mim? - falei e entreguei um bilhete de mímica para ele.

─ O que é, vei? - ele me perguntou, pegando o bilhete. - O que é isso aqui?

─ É uma cartinha de amor, endereçada a mim.. Assinada por você, tá ligado? - falei meio sem jeito, causando risadas da plateia.

─ Eu vou fazer isso porque nois é muito amigo! - Daniel disse e me cumprimentou batendo na minha mão, e me dando um meio abraço, tipo aqueles abraços de "e aí, brother?".

─ "Caro Roger.. "- ele fala, lendo a cartinha imaginária.

─ Sou eu, mano. - respondo. Estou ansioso pra saber o que ele vai falar.