Capítulo 11.

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Pov Daniel

Abri meus olhos aos poucos, e percebi que estou na mesma posição que me deitei ontem a noite, em cima do peito do Elídio, e sua cabeça está encostada na minha. Involuntariamente um sorriso se formou no meu rosto. Ainda não acredito que me declarei pra ele na noite passada e que ele também me ama. Não sei o que vai acontecer daqui pra frente, eu não esperava essa reação dele, eu estava preparado para o pior e não para isso. Precisamos conversar, não quero que as coisas aconteçam rápido demais.

Me mexi com cuidado para não acordá-lo, saindo de cima dele. Olhei-o dormir um pouco, ele é lindo até dormindo. Não sei que horas são, mas decido acordá-lo. Me aproximo do seu rosto e começo a passar minha mão pelo mesmo, fazendo carinho. Depois começo a acariciar seu cabelo, bem lentamente, enquanto distribuo beijos por todo seu rosto. Aos poucos, vejo ele se mexendo e abrindo os olhos lentamente, e um sorriso invade seu rosto assim que ele me olha. Retribuí seu sorriso e beijei sua boca.

─ Bom dia. - falei, separando nossos lábios.

─ Bom dia. - ele respondeu. - Ainda não acredito que o dia de ontem foi real. - continuou, enquanto passava sua mão pelo meu rosto.

─ Eu também não. Parece que estou num sonho. - respondi rindo fraco. Ele sorriu, me jogando para o outro lado da cama, subindo em cima de mim e me beijou. Minhas mãos foram parar nas suas costas, passando por toda ela.

─ Isso parece real? - ele nos separou e disse, olhando fundo nos meus olhos, sorrindo.

─ Agora parece. - respondi e o beijei brevemente. Tudo está tão bom, mas preciso conversar com ele. - Lico, eu sei que está tudo ótimo, mas podemos conversar? - pedi com certo medo e insegurança na minha voz.

─ Claro, acho que precisamos mesmo. - ele respondeu e saiu de cima de mim, sentando-se na cama. Fiz o mesmo, e peguei sua mão.

─ Então... O que fazemos agora? - falei, enquanto fazia carinho na sua mão.

─ Como assim? - ele me perguntou confuso.

─ É que tipo... quando eu vim aqui ontem, eu estava preparado para o pior, e não para isso... - falei, tentando encontrar palavras.

─ Aconteceu exatamente o contrário do que você esperava? - ele perguntou e eu assenti. - Mas você não está arrependido, né? - ele falou inseguro, apertando minha mão forte.

─ Claro que não, seu besta. - respondi rindo fraco, fazendo ele se acalmar. - Estou muito feliz por ter tido coragem para me declarar. - falei sério, olhando pra ele, que sorriu.

─ Mas... o que você quis dizer com "o que fazemos agora?" - me perguntou.

─ Tipo... o que acontece agora? O que você quer fazer? - perguntei, olhando seus olhos. O quarto ficou em silêncio por alguns minutos. Ele parecia estar pensando, enquanto eu fazia carinho na sua mão. Esse silêncio está me enlouquecendo, até que Elídio o quebrou.

─ Está com medo de tudo ser rápido demais, né? - ele falou e eu concordei, balançando minha cabeça. - Eu também estou com medo, e não sei o que vai acontecer daqui pra frente, não tenho nada planejado. Você me deixou surpreso com essa declaração, e por mais que eu te ame muito, sei que não podemos apressar nada. - ele falou calmamente, olhando pra mim, segurando minha mão.

─ Lico, a única certeza que tenho nesse momento é que eu gosto muito de você e estou apaixonado por você. - falei e ele sorriu. - Mas tenho medo de apressarmos as coisas e no final não darmos certos, pois você sabe que somos bem diferentes... - falei e suspirei.

─ Podemos ser diferentes, mas isso não nos impediu de sermos amigos. Não esqueça que antes de assumimos uma relação, sempre seremos melhores amigos. Sempre. - ele falou sério e calmo.

Da Amizade Ao AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora