Acordei sem saber muito bem onde estava. Minha cabeca doía bastante e eu imaginava se não tinha levado um tiro. Era impossível que uma simples dor de cabeça doesse tanto.Levantei meu rosto, sem reconhecer o quarto ao meu redor. Vi o grande armário ao meu lado, com as portas abertas e bastante roupa para fora. Vi as anotações da aula de historia em cima da cabeceira. Tentei reconhecer a letra, mas nao parecia ser minha. Levantei um pouco mais o meu corpo e percebi que varias pessoas estavam deitadas no chao. Ao meu lado, na cama, tinham outras garotas que pareciam estar desmaiadas ao inves de dormindo. Reconheci alguns rostos, sabendo que tambem eram parte do Top 24 do Teen talent, porem eu nao me lembrava de nada.
Sentei na cama e passei a mao no rosto, logo sentindo minha cabeca martelar. Tentei focar meus olhos no relogio que estavam na cabeceira, logo percebendo que ja eram 11 da manha. Acordei por completo, levantando da cama e caminhando com cuidao para nao pisar em ninguem. Passei rapidamente pelo longo corredor do apartamento, logo notandoque haviam mais pessoas jogadas na sala. Ao me aproximar da porta, vi que algumasd garotas estavam acordadas e conversavam na cozinha. Resolvi nao procirar Lip, atrasada para buscar as criancas na casa de Carmen.
Liguei para ela assim que sai do predio, tocando em meu corpo par aver se ainda estava com a minha carteira e identidade. Tudo havia sumido.
- Yo voy a matarte! - disse ela em espanhol, assim que atendeu o telefone - onde você dormiu?
- Não sei - disse, ainda bem confusa e sem reconhecer onde eu estava - vou pegar um taxi agora. Como estão as crianças?
- Dormindo. A Donna ligou para cá e eu disse que voces iam tomar cafe com a gente e ja iam embora. Pensei que você tinha morrido.
- talvez eu tenha morrido. Pela primeira vez na minha vida acordei em um apartamento estranho deitada numa cama cheia de mulheres.
- Sensual - comkentou ela, logo interrompendo o papo para pedir que as criancas parassem de pular da cadeira - Estamos tomando cafe. Vem logo para trocar de roupa e voltar para casa.
- Voce e um anjo, carmen - disse - eres un angel
- Blablabla, eu sei. - Ela riu. - Espero que tenha muitas novidades para me contar sobre o Lip. Viu se ele fivou com alguém?
- Vou entrar no taxi - menti, ao ter flashes do momento em que eu e Lip nos beijamos - te ligo depois.
Entrei no primeiro taxi que vi e dei o endereco da casa de carmen, esperando que fosse longe o suficiente ara que eu pudesse digerir o fato de que eu e Lip tinhamos nos beijado. Eu nao lembrava de mais nada da noite e nao sabia dizer se mais alguma coisa tinha rolado. A unica coisa da qual eu tinha certeza era que minha participacao no teen talent estava me saindo bem cara.
Encontrei Carmen e as crianças brincando no sofa da sala. Eles comemoraram ao me ver, perguntando onde eu tinha ido e correndo para me abracar. Menti, dizedo que havia saido para pagar uma conta no banco e ja precisava leva-los para casa. rapidamente me troquei no banheiro, lembrando do momento em que eu havia beijado Lip e me esforcando para chorar. Lembrar da cena nao me fazia sentir emocao alguma, boa ou ruim, e eu estava mais preocupado com o fato de nao estar sogrendo do que por ter beijado um dos garotos mais despreziveis da escola.
Cheguei ao apartamento com as criancas e respirei fundo antes de entrar. Eu havia cumprido a missao que tinha prometido na noite anterior e agora precisava pensar estrategicamente para resolver meu problema com Nate. aquilo nunca havia acontecido entre eu e ele, entao eu nao fazia ideia de como me comportar. Eu contava? Eu fingia que nao tinha acontecido? Eu confirmava com Lip? Eu ligava desesperada ou calma? Meu coração batia rápido e eu nao sabia como controlar minha ansiedade.
As criancas correram pela sala e foram depressa ate a cozinha, onde eu ouvia os pais conversando e rindo. Notei que uma terceira voz contava historias e senti meu corpo inteiro arrepiar ao reconhecer a voz de quem estava falando. "Nate"!?", pensei, apressando meus passos ate a cozinha.
- Livs! - disse Nate, sentado ao lado de Donna - achei que você nunca ia chegar!
Tentei fazer uma cara feliz, porém eu tinha certeza de que meu rosto denunciava minha expressão de pânico.
- Ele pediu para fazer surpresa, então eu não podia contar! - justificou-se Donna - ele queria te encontrar aqui de manhã, então foi perfeito quando você disse que ia fazer uma festa do pijama na Carmen. - Donna olhou para as crianças. - Esse é o Nathan - apresentou, vendo que eu não me mexia - ele veio fazer uma surpresa para a Olívia.
- Surpresa! - gritaram as crianças, animadas.
Nate sorriu de leve, cumprimentando as criancas como se elas fossem adultos e caminhando até mim em seguida. Eu não fazia ideia do que dizer. Eu nao sabia como reagir.
- Surpresa - disse, em voz baixa, me beijando em seguida.
Olhei para ele, sentindo meu corpo inteiro formigar. O que eu tinha feito? Nate afastou meus cabelos do rosto, beijando-me novamente, porem eu nao sabia o que fazer. Ele me abracou, me apertando forte.
Finalmente comecei a chorar.
----------//----------
iiiiih, Olivia. Ficou feio o negocio...
E agora, minha filha?
Ate a proxima :)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre Amores e Sonhos [HIATUS]
Teen FictionOlivia tem apenas 18 anos, mas tem escolhas bem adultas para fazer: Deve viver o sonho que os pais têm para ela ou arriscar tudo e ir atrás do sonho que a faz mais feliz? Deve ficar com a escolha de um amor seguro ou apostar no cara que a faz sentir...