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Sempre tem aquele anjo que aparece para nos ajudar

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Sempre tem aquele anjo que aparece para nos ajudar. No meu caso, o anjo se chamava Carmen Laguerta, era mexicana e morava no apartamento de baixo. Carmen era Au Pair também e já estava em Nova York fazia um ano, então sabia tudo sobre morar em uma cidade grande enquanto era babá ao mesmo tempo. A família dela tinha quatro crianças e muito mais dinheiro do que a minha. O apartamento onde morávamos ficava na Park Avenue, em Manhattan, e era um dos mais caros da região. Eu me sentia a verdadeira Gossip Girl vivendo em um local tão chique.

Carmem tocou a campainha logo cedo e começou uma conversa bem simpática comigo antes que fosse hora de acordar as crianças. O motorista dela daria carona para mim naquela manhã, já que o motorista dos Smith só voltava de férias no dia seguinte. Richard levaria as crianças para a escola e eu as pegaria depois que terminassem minhas aulas. Eu e Carmen conversamos brevemente sobre o colégio até que ouvi Hailee chorar. Prometi encontrar Carmen em frente ao prédio antes das 9 da manhã e voltei para dentro em silêncio para não acordar os outros, porém tive uma enorme surpresa ao entrar no quarto das meninas e ver que Brooke tinha feito xixi no chão. Corri até o banheiro, tentando encontrar papel suficiente para limpar o carpete, porém Hailee não parava de chorar. Voltei para o quarto, caminhando cuidadosamente para não molhar meus pés e peguei Hailee no colo. Tentei trocar Brooke, que queria me explicar porquê tinha feito xixi no chão e não parava de falar. Donna apareceu  alguns segundos depois, revoltada por eu estar demorado tanto tempo para calar as crianças. Dei um sorriso sem graça, completamente perdida.

Troquei a fralda de Hailee e ajudei Brooke a tomar banho, acordando Jonah em seguida e logo percebendo que eu já estava bem atrasada. Tentei pentear meu cabelo enquanto penteava o de Brooke, porém Jonah queria ajuda para escovar os dentes, chorando desesperado. Consegui descer com as três crianças depois de uma hora, deixando-as na cozinha enquanto eu voltava para o quarto para limpar o xixi e me arrumar. Coloquei qualquer roupa, sem conseguir encontrar o vestido que queria usar no primeiro dia, e logo percebi que alguém estava me ligando. Eu tinha certeza que era Nate e embora quisesse muito gritar por ajuda, não tinha tempo para atendê-lo. Coloquei o telefone no bolso e desci as escadas depressa, tentando pensar no que era rápido para preparar para as crianças. Donna e Richard apareceram logo em seguida, um pouco surpresos com o quão atrasada eu estava. Não prestei muita atenção, já que corria de um lado para o outro procurando o sal para o omelete que estava preparando. Senti meu celular vibrar novamente, porém eu estava ocupada de mais para responder. Eu ligaria para Nate assim que chegasse na escola. Servi o café para as três crianças e saí correndo de casa para encontrar Carmen, logo percebendo que ela não estava na porta do prédio. Peguei meu celular e vi que as ligações perdidas eram dela. Bufei, caminhando rápido até o ponto de ônibus. Ela com certeza já tinha ido para a escola.

Liguei para Carmen a fim de me certificar de que eu estava pegando o ônibus certo. Eu não podia perder mais nem um minuto. Entrei no ônibus que ela indicou e fiquei em pé, vendo todas as pessoas olharem desconfiadas para a minha blusa suja de ovo e meus cabelos bagunçados presos na mochila. Desci em frente a escola e corri até o portão, onde Carmen estava parada digitando alguma coisa no celular. A escola era gigante e tinha uma escadaria enorme na frente, ficando bem no alto e dando uma vista linda do Central Park. O prédio era novo e moderno, exatamente como eu via nos filmes. Todos os alunos pareciam ter saído de uma série da MTV e com certeza tinham muito dinheiro. Aquela verdadeiramente não era uma escola como as que eu conhecia.

Entre Amores e Sonhos [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora