❀O Amor Vence❀

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Toquei a espada, procurando me apoiar. O sangue jorrava manchando a espada e o chão. Sorri.

— Isso dói menos do que te machucar, é por isto que estou feliz. — Passei a mão em seu cabelo e comecei a perder a força das pernas, agora só via muito pouco por conta dos pontos pretos.

Cai ao chão com a espada ainda me perfurando, os sons estavam ficando abafados e a visão se turvava cada vez mais.

A última coisa que ouvi antes da explosão ensurdecedora foi um furioso "AGORA!".

Luzes e calor me atingiram, mas não reagi, meus movimentos estavam estagnados e pouco a pouco senti a vida se esvair do meu corpo.

Agora parecia estar flutuando, em um grande mar calmo, meus membros estavam leves e olhos, fechados. Esse sentimento só não foi melhor porque água entrou em minhas narinas e eu me desesperei.

Pulei para superfície em busca de ar e comecei a me debater. Que irônico um filho de Poseidon se desesperar assim, seria esse meu castigo eterno?

— Ei. — Uma voz familiar disse, enquanto eu tossia a água e esfregava os olhos.

Olhei para o lado e a mulher da minha vida estava ali, imponente, com seus lindos olhos cinzentos e os cabelos balançando ao vento, contrastando com o cenário de incêndio que só a deixavam mais heróica. Eu olhei para o meu peito e o ferimento havia se fechado, deixando uma grande cicatriz, que ainda doía.

Não pude evitar o meu sorriso, que fez a expressão heroína de Annabeth se tornar alegre. Eu nadei para ela e nos abraçamos o mais forte que conseguimos.

— Estou surpreso que não tenha surtado depois de ver eu naquele estado. — Falei ainda abraçando-a.

— Eu não surtei?! Assim que saí do transe vim para cá o mais rápido possível, chorei os dez minutos que fiquei aqui, só parando quando seu ferimento dos infernos começou a curar, idiota! — Ela me deu um soco nas costas.

— Ai! — gemi.

— Por que você não revidou?! Por quê me deixou fazer aquilo?! — Ela fungou. — Se você tivesse morrido, eu nem sei o que faria.

— Não consegui te machucar, isso iria me ferir muito mais que esse corte. — Parei de abraçá-la e a olhei, ela me olhava um pouco séria, mais como uma criança emburrada, não pude evitar o sorriso.

— O que fo...? — Interrompi sua fala com um beijo, colocando toda a saudade, todo o amor e todos os outros sentimentos que sentia.

Após ficar assim até minha língua começar a doer, um berro furioso nos fez parar.

— EI! OS DOIS POMBINHOS PODEM PARAR DE SE BEIJAR? TALVEZ TENHA UM DEUS QUERENDO DESTRUIR O ACAMPAMENTO AQUI! — Gritou Clarisse, brava.

Nós seguramos o riso por conta da expressão dela e corremos até onde a batalha fervia.

— Eu não perguntei, mas como saiu do transe? — Falei.

— Graças à Clarisse. — Annabeth indicou com a cabeça.

— Nós bombardeamos o furacão de Chernobyl ali e ele ficou tonto rapidinho. — Clarisse respondeu. — Sem concentração ele não tinha como manter o feitiço, até porque ele estava estranhamente fraco, mesmo sem termos feito mais nada.

— E cadê ele? — Clarisse apontou para frente.

Um vento forte empurrou vários semideuses para longe, enquanto um raio fazia um esquadrão cair.

Caos estava na forma de um grande homem negro, com o terno rasgado e a expressão de puro cansaço. Ele tinha que lidar com ataques de todas as direções, mas parecia não ser atingido.

For You ❀ Percabeth Short Fanfiction Onde histórias criam vida. Descubra agora