Cambridge

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       – Chegaremos em 10 minutos senhorita. – O taxista falou sem tirar os olhos da estrada e eu sussurrei um "obrigada". A viajem do hotel até Cambridge já tinha durado uma hora e meia, mas agora eu tenho certeza que essa demora valeu a pena. Uma boa parte da minha infância foi vivida aqui e por trás da grama verde e dos estudantes andando de canoa  eu posso me ver dançando balé no que eu chamava de " lago dos cisnes".
       – É essa a casa? – Ele perguntou quando paramos na frente de uma casa com uma pintura azul desbotada com um pequeno jardim cheio de flores brancas. Tudo está exatamente do jeito que eu me lembrava, é como ver uma fotografia antiga.
      – É exatamente essa! – Eu sai do carro apressada e Thomas me acompanhou para tirar as malas do carro. – Obrigada Thomas, foi uma viajem maravilhosa! – O homem riu da minha empolgação e se despediu com um breve aceno depois de receber o dinheiro. A porta da casa continuava pintada de rosa, que na verdade agora mais parecia cinza, mas as marcas das minha mãos continuavam lá e como eu imaginei a companhia continua sem funcionar e um pequeno sino estava pendurado em seu lugar.
      – Aí meu Deus, eu não acredito! – Uma grávida animada pulou em cima de mim assim que abriu a porta, por sorte não caímos.
     – É bom revê-la também tia Fridda!
     – Céus não me chame de tia, isso faz com que eu me sinta velha! Vamos entre, aliás eu nem preciso dizer isso já que a casa é sua. – Fridda me puxou para dentro e nós sentamos no sofá, duas crianças brincavam no tapete e me olharam curiosas. – Meus amores, essa é a Amélia. Se apresentem para a prima de vocês.
     – Eu me chamo Catherine.
     – E eu Gabriel.
     – É ótimo finalmente conhecer vocês! – Meus primos eram gêmeos e extremamente parecidos com Fridda, tinha os mesmos cabelos pretos e os cachos indomáveis, a única diferença é que minha tia tinha os olhos castanhos e os deles eram verdes.
      – Você é a moça que apareceu na TV e foi dama de honra da Meghan? – Catherine perguntou assim que eh acabei de falar.
      – Sim, querida. Você assistiu o casamento?
      – Sim, você estava linda Amy.
      – Obrigada.
      – E por falar nisso... Como assim você é amiga de Meghan Markle e não me avisa Amélia? – Fridda me perguntou pareceu irritava e eu me lembrei o quanto ela era fã da família real.
      – Desculpe Fridda, eu não me lembrei.
      – Ainda quero que você me conte tudo!
      – E quando vai nascer o mais novo membro da família?
      – Charlotte irá nascer daqui a quatro meses.
      – Sophia irá nascer daqui a quatro meses! – Um homem loiro e de olhos azuis cruzou a porta e as crianças correram para o abraçar.
      – Pensei que já tivéssemos discutido isso Rafael!
      – E discutimos amor, não teremos outra filha com o nome de uma princesa! Ela terá o nome da minha avó! – Os dois trocaram um beijo rápido e eu revirei os olhos, pelo visto até aqui terei de segurar vela! – Você é a Amélia certo?
      – Sim, é um prazer conhecê-lo.
      – Igualmente senhorita, fico feliz de vê-la ainda viva. Não tem ideia de quantas ameaça minha esposa direcionou a você.
      – Sério tia?
      – Quietos os dois! Eu ainda não superei o fato de não ter sido convidada para um chá sequer. – Ela reclamou fazendo uma careta.
      – Que culpa eu tenho se vocês estavam viajando?
      – Poderia ter avisado. De qualquer forma você ainda tem muito que me contar, como a Melissa permitiu que você viesse para a Inglaterra?
      – Na verdade... Ela só ficou sabendo disso ontem, na hora do casamento. – Fridda riu depois de ouvir minha resposta, ela e mamãe nunca se deram muito bem. Titia nunca entendeu porquê ela sempre fez de tudo para me manter longe da Inglaterra.
      – Eu daria de tudo para ver a cara dela!
      – Eu não, receber uma bronca por telefone já foi mais que o suficiente!

     
      Oi pessoal, voltei! Desculpem a demora, mas infelizmente eu tinha perdido minha conta no Wattpad e só encontrei agora. O que acharam do capítulo? A casa azul de Cambridge ainda vai ser palco de grandes revelações!

As vantagens de ser uma plebeia  Onde histórias criam vida. Descubra agora