De Corpo E Alma

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Point of view Dayane

Abri os olhos com dificuldade, estava tão cansada e com tanto sono que sentia as pálpebras pesarem. O quarto estava parcialmente escuro, sendo iluminado apenas pela lua, e a falta do corpo quente ao meu lado foi o motivo para eu acordar. Peguei meu celular para olhar as horas e me assustei ao ver que ainda era quatro da manhã. Me obriguei a levantar e sair do quarto a procura da minha mulher.

Não demorou muito para encontrá-la. Ela estava no quarto de Milena, checando sua respiração. Parei na porta e respirei fundo. Sabia que essa era apenas a primeira madrugada que Carol faria aquilo.

— Amor, por que saiu da cama? — falei o mais baixo possível para não assusta-la.

— Precisava vê-la. Ter certeza, sabe? — beijou a bochecha da nossa filha. — Certeza de que está aqui e respirando.

— Amor...

— Sei que parece loucura, mas consegue me entender? Eu tenho medo do que pode acontecer com nossos filhos, preciso ir ver o Miguel.

— Carol! — soltei uma risada baixa e a puxei para perto. — Está tudo bem. Nossos filhos estão seguros agora. Milena está dormindo, o Mimi também. Não se preocupe, Dani e Josh estão dormindo com ele. Vamos voltar a dormir.

— Mas... — olhou para Milena.

— A minha mãe está ali. — apontei para uma cama improvisada do outro lado do quarto. — Ela está segura, sim? — assentiu e voltamos para o quarto.

— Eu não acordei só por causa disso. — franzi o cenho com sua confissão. — Está escutando isso? — levantou o indicador e eu tentei entender o que estava havendo, mas falhei.

— O que?

— Meu pai roncando feito um porco, puta que pariu! — riu. — Como a mamãe está dormindo ao lado dele?

— Como você é boba! — gargalhei. — Não tinha parado para prestar atenção no ronco do teu pai, agora vou ouvir o tempo todo.

— Credo. — sentou na ponta da cama e me arrastei até ela, ficando de joelhos no colchão e começando a fazer uma massagem no seu pescoço.

— Se eu roncasse assim você terminaria comigo?

— Mas você ronca.

— Não ronco não.

— Ronca sim e ainda estou com você. — fechou os olhos quando beijei seu pescoço.

— Para de graça, boba. — sorri, sem tirar minha boca do seu pescoço. — Não passei um dia sem você e senti saudades.

— Não conseguia parar de pensar em você. E sabe por que?

— Por que? — perguntei, mesmo já sabendo a resposta.

— Porque eu te amo... e pensar em você era minha calmaria. — não pude resistir, pulei para ficar do seu lado na cama e selei nossos lábios. Um beijo calmo, sem segundas intenções, apenas um toque de lábios. Logo Carol me afastou pelos ombros e sustentou nossos olhares, notei sua respiração mudar e seus olhar buscar meus lábios.

[Play na música]

Minha mulher colou nossos lábios novamente, mas dessa vez de forma mais ousada, me pegando de surpresa e sem me dar tempo para respirar. Habilidosamente se sentou no meu colo e enlaçou meu pescoço com os braços. Sua língua chupou a minha de maneira sedenta, logo em seguida mordiscou meus lábios com força, me fazendo gemer de dor e prazer e sentir o gosto de sangue na boca.

— O que está fazendo? Tem gente aqui. — falei baixinho.

— Foda-se! Estão dormindo, não ouvirão a gente. — deu uma lambida no meu pescoço e forçou o quadril para baixo, pressionando nossas intimidades. — Quero transar com você. Aqui e agora. — ficou de pé e me empurrou. Caí de costas na cama e sorri com a ousadia da minha ruiva. Carol puxou a alça da camisola para baixo e a deixou cair nos pés, ficando somente de calcinha. Puta que pariu!

— Ahh, Carol! — exclamei analisando cada detalhe daquele corpo e por mais que eu o conhecesse perfeitamente bem, a sensação sempre era nova. Ela se aproximou de mim, ajoelhou no chão e puxou o short de algodão que eu usava, junto com a calcinha, se livrando deles. Passou o indicador e o médio na minha intimidade e suspirei, me permitindo fechar os olhos.

— Oh, Day, você não faz ideia do estado que me deixa estando assim... tão molhada. — sua voz saiu rouca, algo diferente do normal, o que me fez arrepiar inteira. Eu nada respondi, apenas gemi e apertei seus cachos entre os dedos quando ela brincou com sua língua no meu clitóris.

— Adoro quando você geme assim. — cochichou, me fazendo sentir seu hálito quente, mas logo voltou a me chupar com devoção. Me permiti abrir os olhos por alguns instantes e minha excitação tornou-se ainda maior quando vi que ela me olhava ao fazer aquilo. Carol me penetrou com dois de seus dedos, fazendo movimentos de vai e vem, com certa força e facilidade devido à minha umidade. Arqueei as costas, sentindo meu corpo queimar e o suor escorrer por ele.

— Caralho... puta que pariu! Não... não para. — praticamente implorei e bastou Carol curvar seus dedos dentro de mim para o orgasmo me atingir, fazendo meu corpo tremer e um grito cortar minha garganta.

Minha mulher arrastou para cama e eu não pensei duas vezes antes de inverter nossas posições e ficar por cima dela, reiniciando um beijo. Minhas mãos foram de encontro a única peça de roupa que cobria seu corpo e começou a desliza-la por suas coxas, enquanto desci os beijos para os seus lindos peitos.
Assim que me livrei daquela calcinha rendada, afastei suas pernas e a olhei diretamente nos olhos.

— Eu... eu quero tentar algo! — afastei alguns fios de cabelo dos seus olhos, aproveitando para admirar cada traço daquele rosto, que estava vermelho. — Tudo bem para você?

— Tudo bem, amor. — cochichou e sorriu. Respirei fundo e ergui uma de suas pernas, somente para me posicionar melhor entre elas e encostar nossas intimidades. Nossos gemidos se misturaram com o contato e não deixamos de fechar os olhos. Comecei a me movimentar e abri a boca com aquela sensação deliciosa. Inicialmente devagar, mas aumentando aos poucos, me fazendo cravar as unhas nas coxas da minha mulher. Novamente aquela conhecida sensação ameaçou invadir meu corpo e eu sabia que o dela também, pois nossos gemidos se intensificaram. E não demorou muito para que gozássemos juntas. Meu corpo caiu sobre o de Carol e pude sentir as batidas de seu coração. — Isso foi...

— Incrível. — completei, rolando meu corpo para ficar ao lado dela e a puxando para os meus braços. Carol descansou a cabeça no meu peito e comecei a afagar seus cabelos. — Eu te amo demais. Acho que você já se cansou de ouvir isso.

— Como alguém pode se cansar de ouvir que é amada?

— Eu não sei. Só acho que falo muito.

— Eu gosto de ouvir, porque vem daqui. — colocou a mão sobre o meu peito. — Posso ouvir as batidas dele mudar quando diz isso. E eu também te amo. — pegou minha mão e levou para o seu peito. — Vem daqui. — ficamos em silêncio por longos minutos, apenas desfrutando a companhia uma da outra e escutando nossas respirações. Por um momento cheguei a pensar que ela havia dormido, até quebrar o silêncio.

— Amor?

— Hum?

— Quero visitá-la.

— Quem?

— A garotinha. A garotinha que pensamos ser a Milena. — suspirou e fiquei calada, esperando ela continuar. — Quero ir até o cemitério e fechar esse ciclo ruim da minha vida. Pode me levar?

Um Bebê Entre Nós - Segunda Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora