Um Bebê Entre Nós - Segunda Temporada

A Escolha Certa

1 semana depois...

Point of view Caroline

Fazia um certo tempo que estava parada em frente ao enorme espelho, não conseguia decidir qual roupa usar. Day e Miguel haviam saído para comprar algumas coisas para levarmos, deixando Milena comigo. A garotinha estava sentada na minha cama, e através do reflexo do espelho, podia ver que ela saboreava de forma concentrada um doce de abóbora.

— Puque está me olhando, mama? — perguntou de boca cheia.

— Não pode falar de boca cheia, filha. E estou te olhando pelo simples fato de você ser linda.

— Eu pareço a mamãe. — deu de ombros.

— Parece mesmo. E como parece!

— O Miguel parece você. Ele tem o cabelo igualzinho.

— Sim. — sorri. — Está gostoso?

— Muito. — limpou a mãozinha na roupa, o que me tirou uma careta. Qual era a pira dos meus filhos de limpar as mãos imundas na roupa? — Tais me encarando de novo.

— Desculpa, pequena. — ri baixinho. — Ai, que raiva! Acho que vou pelada.

— Pelada? Mama, não pode! — arregalou os olhos.

— Ai, filha, não consigo encontrar uma roupa. — falei e ela permaneceu quieta, mas seu olhar denunciava que estava aprontando algo.

— Aquele. — apontou para um vestido branco com detalhes dourados. — Coloca aquele.

— O branco com dourado? — o peguei e fiquei encarando.

— Sim. E eu quero usar meu sapato dourado.

— Você que manda!

[...]

Point of view Dayane

Depois de comprar o necessário, Miguel e eu estávamos em casa, no quarto dele. Meu filho estava lindo usando uma bermuda clara, camisa branca de gola polo e sapatênis, ele ficava maravilhoso de branco.

— Será que a mamãe está desconfiada de algo?

— Miguel, sua mãe é super sonsa. Nem se eu contasse o que preparamos ela ia se tocar. — rimos. — Não conta que a chamei de sonsa.

— Boca de siri. — brincou. — Você está linda! — se levantou e me abraçou pela cintura. — Muito linda.

— Obrigada, príncipe. — segurei seu rosto entre as mãos. — Será que sua irmã contou algo? Ela é bem fofoqueirinha.

— Ela é mesmo. Mas não vai falar nada.

— E como pode ter tanta certeza?

— Digamos que eu ameacei ela.

— O que? — franzi o cenho. — Miguel, o que você fez com a sua irmã?

— Eu disse que se ela abrisse o bico, te contaria que ela anda acabando com os doces de abóbora. — coçou a cabeça. — Acho que acabei de entregar minha irmãzinha antes dela aprontar algo.

— Quer dizer então que a senhorita Milena, aquele toco de gente está acabando com o doce de abóbora sozinha? Está explicado o porquê dela não querer almoçar.

— A mamãe Carol está ajudando. Lembra quando ela comia comigo os doces escondido de você? — assenti. — Ela está fazendo o mesmo com a abelhinha.

— E dessa vez você está fora? — perguntei desconfiada.

— Claro que sim. Eu nem gosto de doce de abóbora.