300 | Ãinhas

4 | Amigo Perdido

O ano de 2014 foi muito movimentado na vida dos 300. Foram muitos roubos, batalhas e trabalhos. Durante esse tempo, Burrorn ficou ainda mais próximo dos 300. Eles aproveitaram o fim de ano para poder descansar, sem ataques nem roubos, apenas uma vida tranquila. Porém, os Ãinhas não conseguem manter um momento de paz e, no final daquele ano, eles aprontaram mais uma. Quando estavam jogando futebol, um deles chutou a bola no poste, saíram várias faíscas e se ouviu um estrondo, toda a rua do bairro ficou sem luz.

Os Ãinhas ficaram rindo e saíram correndo. Um deles passou mal e acabou vomitando no chão; depois disso, ele tentou correr novamente mas escorregou no próprio vômito. Depois de um tempo sem luz, a CEEE arrumou a bagunça dos Ãinhas e tirou até um tênis amarrado nos fios do poste.

No dia seguinte, os Ãinhas pegaram as mangas de uma árvore e jogaram no chão, apenas por diversão. Enquanto eles faziam isso, Burrorn apareceu para conversar com eles sobre um amigo que precisava de ajuda. Ele aproveitou para comer uma manga que estava no chão, porém o dono da casa viu isso e achou que o Burrorn havia jogado as mangas, então bateu tanto nele deixando o coitado todo ferrado.

Depois de tomar uma surra, Burrorn foi ao encontro dos 300 para falar sobre o tal amigo: seu nome é Diego, um garoto magricelo e estranho.

Burrorn disse que seu amigo foi acampar mas acabou se perdendo e ficou preso em uma caverna. Para identificar o Diego era muito simples, apenas ver um garoto com as pernas finas, uma meia nas canelas e uma bermuda verde de escoteiro.

Diego havia mandado uma mensagem para Burrorn, com isso, foi possível localizar o sinal do celular e saber onde estava exatamente o escoteiro. Era um local na Amazônia, então levaria alguns dias para chegar até lá. Nem todos os Ãinhas foram, apenas cem deles, os outros continuaram jogando pedras na vizinhança. Com isso, o ano de 2015 iniciou com uma nova jornada dos Ãinhas: a busca pelo escoteiro.