64 | Irmandade

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Já se passaram dois anos desde o fim da guerra, e o mundo vislumbra novas esperanças em 2038. O nome dos Ãinhas é conhecido mundialmente, mas essa fama poderia atrair novos inimigos para perturbar suas vidas. Por isso, eles não poderiam descansar até desvendar os segredos por trás dos descendentes e das relíquias.

O conhecimento sobre os descendentes era muito limitado, e a história deles se perdeu ao longo do tempo, resultando em poucos descendentes que tinham consciência de sua linhagem. As pessoas não compreendiam que os 300 e seus filhos vinham de uma antiga e poderosa geração, acreditando que sua força era apenas fruto de treinamento árduo. Os descendentes não compartilhavam suas histórias com a humanidade, pois isso levaria a um caos completo, permitindo que alguns descendentes tirassem vantagem dos humanos comuns.

Os descendentes sempre se infiltraram na história da humanidade de forma sigilosa, mas revelar a verdade ao mundo traria riscos. Para evitar problemas, um homem que conhecia os Ãinhas estava disposto a encontrá-los pessoalmente, explicando tudo o que fosse necessário e levando os 300 em uma nova jornada.

Burrorn - Ãinhas, acabaram de me ligar. Um homem quer falar com vocês pessoalmente, sem companhia, exceto os 300.

Ãinha - Quem é ele?

Burrorn - Ele não disse o nome, só pediu para se encontrar com vocês.

Ãinha 2 - Onde será o encontro?

Burrorn - Perto do Monumento da Terceira Guerra. Ele pediu para ir amanhã.

Ãinha 4 - Que horas?

Burrorn - Ele apenas disse que de manhã.

Ãinha 2 - Por mim, tudo bem.

Ãinha 3 - E se for uma emboscada?

Ãinha - Ele não seria tão tolo a ponto de atacar os 300, muito menos em público. Vamos nos encontrar com esse homem!

Ãinha 3 - Já que você diz...

Burrorn - Tem certeza disso?

Ãinha - Nós somos os 300! Não esqueça disso.

Burrorn - Os 300 velhos com osteoporose...

Ãinha - EU VOU TE MATAR!

Burrorn - CALMA, EU ESTAVA BRINCANDO!

No dia seguinte, os Ãinhas aguardavam perto do monumento, esperando pelo homem misterioso. Pouco tempo depois, eles avistaram uma pessoa chegando, e sua presença era muito forte. Os Ãinhas sentiram uma grande energia vindo daquele homem, algo muito similar ao poder dos 300.

Ãinha - Vocês também sentem isso?

Ãinha 4 - Sim, é uma presença poderosa.

Ãinha 5 - Eu nunca vi algo assim. Quem é ele? Parece emanar um poder semelhante ao nosso.

Ãinha - Fiquem atentos....

Os 300 ficaram em silêncio, observando com cautela para determinar se aquele homem era um inimigo ou não.

Anônimo - Isso é mais estranho do que eu pensava. Vocês me observam em cada detalhe... estão suspeitando que eu seja um inimigo, não é?

Ãinha - Quem é você? O que deseja conosco?

Anônimo - Eu sei que pode parecer muito repentino dizer isso, mas... eu sou o irmão de vocês.

Ãinha 2 - Irmão? Isso só pode ser brincadeira. Não temos outro irmão, somos apenas 300.

Ãinha - Espere... você é...

Anônimo - Quanto tempo... Lucas.

Ãinha - 301?

301 - Vocês me reconheceram, irmãos!

Ãinha - PESSOAL! ESSE É O NOSSO IRMÃO PERDIDO!

Ãinha 3 - COMO ASSIM!?

Ãinha 2 - Não é possível! Você é o irmão que desapareceu há muitos anos atrás?

301 - Sim, o mesmo que roubou aquela bola vermelha do vizinho e dividiu a bolacha de chocolate perto da escola. Sou eu... o 301.

Todos os Ãinhas começaram a chorar. Aquele homem diante deles era o 301, o irmão perdido. Por muito tempo, o Ãinha considerou o 301 como um "irmão renegado", mas logo desistiu desse pensamento, pois acreditava que um dia poderia conhecer a verdade.

Ãinha - Meu irmão, eu não sei explicar a emoção que estou sentindo. Apesar de estar muito feliz, também sinto um pouco de raiva e desconfiança. Eu percebi que você estava se encontrando com outras pessoas, quero saber o que isso significa.

Ãinha 2 - Papai e mamãe sempre conversavam com você em particular. Tenho certeza de que eles te contaram coisas que a gente nunca soube.

301 - Nossos pais realmente conversavam comigo em segredo. Eu era o único entre vocês que não tinha uma sede de loucuras causada pelo sangue do vandalismo. Todos os descendentes dos Espartanos que não entendem seu propósito costumam ter certos problemas temperamentais, coisas que eu nunca apresentei. Por esse motivo, nossos pais resolveram me usar em missões secretas e também me contaram muitas coisas sobre nossa família e toda a geração dos 300.

Ãinha - Quem eram aquelas pessoas que estavam contigo quando te vi pela última vez?

301 - Aqueles eram os Bárbarus. Eu estava infiltrado entre eles para descobrir algumas coisas. Entender seus planos e objetivos. Também precisei afastar os olhos dos inimigos para longe de nossa família.

Ãinha - Bárbarus?

Ãinha 2 - Não se lembra que a Casa dos Espartanos disse que os Bárbarus eram nossos inimigos na antiguidade?

Ãinha - Sim, é verdade.

301 - Eles ainda são nossos inimigos. Vivemos em um mundo dividido pelo segredo. Nossa história foi apagada ao longo do tempo. Por esse motivo, algumas coisas relacionadas aos descendentes são tratadas como mito, e muito sobre nós ainda é desconhecido pelas outras pessoas.

Ãinha - Nossos pais são responsáveis por você sumir dessa maneira? Eu não entendo muito sobre nossa história. Admito que ultimamente me sinto um pouco perdido e não sei qual caminho nossos filhos devem seguir.

301 - Sim! Nossos pais são responsáveis por eu sumir dessa maneira. Mas não os culpem, isso foi necessário.

Ãinha 6 - Acho que não consigo culpá-los pelo seu sumiço. Mas e agora? O que devemos fazer?

301 - Eu sei que vocês estavam perdidos, e foi por isso que eu retornei. Vejam bem, irmãos... há muito sobre mim que vocês precisam saber, então peço uma reunião de todos para uma conversa sobre nosso passado. Os membros da Diegolândia e os Ãinhas Jr devem estar presentes. Os cem não têm envolvimento com nossa história, então devem ficar fora disso. Você poderia fazer essa reunião acontecer hoje?

Ãinha - Claro, queremos que você nos conte tudo. Vou chamar todos para nossa reunião.

300 | ÃinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora