✧ Bucky Barnes - Soldier

3.1K 204 12
                                    

NOTA IMPORTANTE: Esse é um imagine que já tenho pronto desde antes de publicar o livro. Tanto que eu fui reler e minha escrita mudou MUITO. Então vai ser algo realmente abaixo da média do usual :). Obrigado <3














1948

O vento ficara mais forte.

(s/n) estava ali sentada no gramado. Faziam horas que encarava a lápide cinza, com o nome dele, mas ela não a encarava de um jeito triste, ela a olhava sem expressão. Ela apenas a encarava. Piscava lentamente, respirava normalmente. Mas não tirava os olhos da lápide.

James Buchanan "Bucky" Barnes
Morto em combate
Herói da Segunda Guerra

Era isso. Nada mais, nada menos.

(s/n) passara a vir toda semana no cemitério. Toda sexta-feira, às 13:00, lá estava ela, com um buquê e um sorriso triste no rosto, se segurando para não derramar uma lágrima se quer.

Mas ela nunca derramava.

    Ela fazia todo o caminho até ele sozinha. Segurando as rosas, com o sorriso triste e um coração partido. Quando passou pelo nome dele pela milésima vez naquele minuto, uma voz a fez voltar para a realidade.

— Quem ele era?

Era uma voz masculina. Familiar. Mas (s/n) resolveu deixar o detalhe de lado, continuando a encarar a lápide. Estava ocupada relembrando quando Bucky se fora.

— James Buchanan Barnes — (s/n) disse sem tirar os olhos do nome. — Soldado que serviu os EUA na guerra, era um bom homem...

— Quem ele era pra você? — O homem disse suavemente depois de um silêncio. (s/n) sorriu levemente, mas depois o coração se apertou.

— Ele era... — Ela suspirou. — O amor da minha vida, mas ele... se foi

— Faz muito tempo?

— Quase cinco anos. — (s/n) disse chorosa. — Às vezes eu fico imaginando ele abrindo a porta de casa, dizendo que tudo não passara de uma brincadeira ou um teste, mas a realidade é que toda semana eu venho pra cá e... Nada muda.

— Meus pêsames. — A voz se suavizou mais uma vez.

— Não se preocupe. — (s/n) se recompôs e finalmente perguntou — Conhecia o James?

— Não mas... — O homem suspirou. — O nome é familiar.

(s/n) sentiu um sentimento de dúvida subindo pela espinha. Talvez o homem que falava por trás daquela voz conhecia Bucky. Sem hesitar ela olhou pra trás.

Era ele. Ou melhor. Parecia ele.

Os traços eram os mesmos, o cabelo estava um pouco mais comprido e a barba estava feita. O homem utilizava uniforme militar, além de uma luva na mão esquerda. Estava sério, encarava (s/n) enquanto desviava o olhar pra lápide algumas vezes.

— Senhorita? — Ele perguntou, trazendo (s/n) de volta à realidade.

— M-me desculpe. — (s/n) fechou os olhos por um segundo e tornou a encarar o homem. — Você realmente... Parece com o Bucky e... Você realmente parece com ele, me desculpe senhor.

— Sem problemas. — O homem sorriu levemente. — A senhorita poderia me explicar mais sobre o senhor... James?

— Bucky. — (s/n) sorriu sem mostrar os dentes. — Ele prefere que o chamem assim...

Ele preferia que o chamassem assim.

— Então, poderia me falar mais sobre o... Bucky? — Ele disse ainda com a mesma expressão de antes.

— Claro. — (s/n) olhou pra lápide rapidamente e voltou a encarar o homem. — Mas... Bem eu ainda não me apresentei, meu nome é (s/n).

— Prazer (s/n). — O homem sorriu. — O nome me é familiar, talvez eu te conheça de algum lugar.

Ela esperou o homem dizer seu nome. Mas ele apenas sorriu.

— E seu nome é? — (s/n) suavizou o sorriso.

— Eu... — O homem olhou a lápide e a encarou antes de dizer. — Eu não me lembro. — Ele tornou a encarar (s/n).

— Me desculpe senhor mas... — Ela ficou sem graça e endureceu o rosto. — Isso é alguma piada?

— N-não senhorita. — Ele olhou pra baixo. — Acredite em mim mas... não é uma piada.

— Sendo assim porquê quer saber sobre meu namorado? — (s/n) perguntou suavizando a expressão.

— Eu sinto que vai me ajudar a lembrar de tudo.

(s/n) estava confusa.

— Me desculpe mas eu realmente não posso. (s/n) falou por fim e pegou a bolsa que ainda estava no chão.

— Mas (s/n). — O homem a olhou nos olhos. — Eu conheço você de algum lugar.

— Sendo assim de onde?

— No dia da convenção do futuro, do Stark há alguns anos. — Ele falou — Eu a vi lá.

— Isso não muda nada. (s/n) sorriu sarcástica. — Eu estava com o Bucky e o Steve naquele dia.

— Eu também.

— Me desculpe, mas isso é loucura. — (s/n) se virou e saiu caminhando em direção à saída do cemitério.

— (s/n). — Ohomem chamou por fim.

— Sim? — Ela se virou e olhou o homem que já estava a alguns metros longe dela. Ele olhou em volta e suspirou. Logo depois veio correndo na direção de (s/n) e parou na frente da mesma.

— Eu preciso me lembrar... — Ele sussurrou e passou a mão esquerda pelo rosto de (s/n).

— Então está indo pelo caminho errado soldado.

— Sim eu estou... — Ele sorriu triste. — Eu devo ir, eles vão chegar logo se eu não voltar.

— Eles? Eles quem? — (s/n) perguntou curiosa. — E... voltar pra onde?

— Você não gostaria de saber. — O homem se afastou. — Mas eu vou voltar

— Vai?

— Sim. — O homem colocou o chapéu. — E quando eu o fizer eu vou ter lembrado. — Ele olhou pra mão esquerda e tirou a luva da mesma, revelando uma mão de metal. — De tudo. — Ele entregou a luva para (s/n).

— V-você... — Ela olhou pra luva, ainda nas mãos do homem e a pegou, quando olhou pra cima o homem tinha um sorriso no rosto.

Ele fez um aceno com a cabeça e colocou ambas as mãos nos bolsos da calça do uniforme. O homem se virou e saiu caminhando pelo cemitério. Ela finalmente olhou a luva e viu as iniciais "JBB" na mesma. Sorriu. Talvez o homem realmente fosse ele e (s/n) estava certo de que ele voltaria.

— Obrigada Bucky. — Ela falou baixo, olhou pra frente e à distância viu o homem desaparecendo na vista.

✧ imɑgines mɑrvelOnde histórias criam vida. Descubra agora