Capítulo Dez

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Olá, meus amores! Cap. 10 saindo do fornoo! Espero que gostem.

Bora continuar indicando nosso malvadão q a mamis está amando tudo isso! Estou aqui correndo para finalizar e lançar na amazon! Oremos...rsrs.

Vamos conferir como anda Heitor apaixonado? Humm, será? kkk

Boa leitura!

Lani


CAPÍTULO DEZ

Sofia

A viagem de volta para casa é tensa. Eu choro ainda mais, olhando a cidade pela janela. A recente descoberta me deixando mais frágil, exposta, perdida como nunca estive em minha vida. Eu o amo. Oh, meu Deus, amo um homem que me tomou contra a minha vontade e me fez sua. Embora Heitor esteja calado, posso sentir que ainda está com raiva pela forma como dirige, rápida e furiosa. Por quê? Será que significo algo para ele? Será que gosta pelo menos um pouco de mim agora? Rogo silenciosamente que sim. Estou tão dispersa que não percebo o carro parando na garagem. Ele está rapidamente na minha porta, abrindo-a e me pegando no colo outra vez. O abraço pelo pescoço e me deixo ser carregada pela casa a dentro. Ainda está silencioso, mas, seus lábios tocam suavemente a minha têmpora num gesto que me derrete, meu coração doendo de amor e esperança de que esse homem tão complexo e reservado possa vir a me amar um dia.

Sobe as escadas como se eu não pesasse nada e pouco depois, estamos entrando em seu quarto. Me leva até o banheiro e me deposita sentada na bancada da pia. Volta ao quarto por uns instantes e logo reaparece com uma pequena trouxa na mão direita. Ainda sem dizer uma palavra, segura delicadamente a minha nuca e pressiona o pacote de gelo contra minha bochecha esquerda. Arde e eu sibilo com a picada. Os olhos glaciais fervem.

— A vadia devia ter um anel para deixá-la ferida assim. — grunhe, rangendo os dentes.

Ela sempre gostou de me ferir. Mais lágrimas queimam em meus olhos e desvio o olhar do dele.

— Não. Olhe para mim, bebê. — sua voz sai mais suave, me fazendo encará-lo de novo. Meu coração está saltando desgovernado com sua proximidade a forma como está cuidando de mim. O jeito que está me olhando, como se eu importasse para ele. Seu polegar sobe um pouco, deslizando suavemente em meu queixo, olhos presos aos meus. — me conte. Por que aquela garota a trata assim?

Eu pisco, as lágrimas descendo em meu rosto.

— Ela me odiou desde o dia em que meu pai a trouxe junto com sua mãe para nossas vidas. — digo baixinho, derrotada. — não sei a razão. Eu nunca fiz nada ruim que justificasse esse ódio.

Vejo um lampejo de empatia em seus olhos azuis gelados.

— E seu pai, sua madrasta? Nunca perceberam nada disso?

— Meu pai sempre esteve cego de amor por Soraia e acabou adotando Marcela como sua filha. — um soluço dolorido deixa meu peito. — Soraia nunca foi abertamente cruel comigo, mas, sabia que sua filha me maltratava e nunca a repreendeu. — puxo uma respiração trêmula. — meu pai, ele só queria agradar sua nova esposa de todas as formas e...

— Deixou sua filha verdadeira de lado. — Heitor completa no tom raivoso outra vez.

Eu apenas aceno. Foi exatamente isso que meu pai fez.

— Enfim, não há uma razão para Marcela me odiar. Ela sempre fez isso de forma gratuita. — digo com voz apática.

Seu olhar fica mais intenso no meu e seu polegar sobe mais, acariciando minha face direita.

— Você não tem mesmo ideia, não é? — murmura, sua voz profunda e seu toque carinhoso, fazendo borboletas sobrevoarem em meu estômago. — e isso só a faz mais adorável, neném. — diz numa voz reverente. — ela sente inveja, Sofia. Sabe que não chega a seus pés.

A DÍVIDA (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora