Capítulo 2

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Lawrran

Já faz cinco anos que meu pai morreu, foram os cinco anos mais difíceis na droga da minha vida, não me lídei nada bem com a morte dele. O meu pai era a minha fonte de alegria meu maior exemplo e quando ele morreu levou tudo. Amélia que sabe o quanto sofreu e sofre comigo, me envolvendo com pessoas erradas, fazendo coisas erradas, chegando em casa bêbado. Mas o que eu poderia fazer é o meu destino, sou um lixo não sirvo pra nada só sei dá desgosto.

Estou indo agora para o cemitério, é o que eu mais faço dês que meu pai morreu. Vou sempre visitar ele, e levo um buquê de rosas vermelhas já que era a cor favorita dele. Chego em seu túmulo coloco as rosas em cima, como sempre fiz.

-Pai está sendo tão difícil pra mim , sinto sua falta todos os dias e lembro do que o senhor me disse. Eu daria tudo para te ter de volta, sentir os seus abraços apertados, ouvir suas histórias em que sempre o senhor era o herói. -dei um pequeno sorriso - até daqueles brigadeiros queimados que o senhor fazia. - sorri e reparei que algumas lágrimas caíam - Daquele beijo na testa que o senhor sempre me dava antes de dormi, não estar sendo nada fácil viver sem tudo isso.

Saí dalí rapidamente, porque sabia que se ficasse alí por muito tempo eu não iria queria sair mais.
Fui o caminho todo de apé mesmo. Estava mexendo no celular até esbarrar em alguém, e as caixas que estavam em suas mãos caírem .

-Ai que raiva , você não presta atenção por onde anda não ? - falou ela toda estressada. Não vi o rosto dela  porque ela estava abaixada, mas reparei que ela tinha cabelos longos e castanho.

- Desculpa-me, é que eu não te vi....e...estava mexendo no celular. Ah Desculpa nada , você também deveria ter prestado atenção por onde anda .- Me exaltei rapidamente. Foi quando ela levantou o rosto e eu pude lhe ver , ela tinha olhos verdes e um rosto ingênuo. Ela pareceu que iria falar alguma coisa, mais nada saiu da sua boca. Então eu sai andando.

-VÁ SE LASCAR , SEU MAL EDUCADO , VÁ PRA DE BAIXO DE UMA ÉGUA , IDIOTA... !!! - Ela gritou. Nossa ela pareceu tão meiga. Mas não falei nada, sorte dela que hoje eu tô de boa. E também não falei nada porque vai que ela estava de TPM, ouvi falar que elas ficam muito estressada nesse período.

⌚...

Cheguei em casa e fui direito para o banho. Vesti uma calça jeans e uma camisa azul escuro com uma jaqueta de couro por cima. Desci as escada em passos lentos.

- A onde você está indo? posso saber?- Me assustei ao ver a pessoa de costa pra mim sentada numa poltrona .

-Que susto Amélia, você está bem?

-Não mude de assunto Lawrran , você está fora dês de manhã e já vai sair de novo? - falou se levantando.

- Não enche o saco, eu só vou alí e já volto.

- Você não entende que eu só quero seu bem?

- Sabe; essa conversa está ficando séria de mais, então eu vou sair por aquela porta - apontei - E talvez , quando eu voltar nós podemos ter uma conversa civilizada OK?

- Faça o que quiser - levantou as duas mãos em rendição. - Mais você vai se arrepender muito de me tratar como você me trata, sendo que eu quero só te ajudar, só quero seu bem. - Contou subindo as escadas.

Sai para encontra umas pessoas que iriam me vender o que eu exatamente estava precisando. Subi o morro para comprar substâncias entorpecentes já que era uma das drogas que causavam sensações inebriantes e eu gostava muito disso, fica doidão, e também é mais fácil de encontrar.

Observei a pouca movimentação das ruas arborizadas, era um dos lugares mais seguros para usar drogas. Aqui no Rio de janeiro é fácil usar cocaína em vários lugares, incluindo aéreas tradicionais como em condomínio daqui da barra, que é situados nas avenidas América e Lucio Costa. É um lugar onde consumo droga sem ser incomodado, posso usar tranquilamente.

-E aí mano - tocamos as mãos .

-E aí cara, chegou minha encomenda?

-É claro, sempre tem tudo que satisfaz nossos clientes. - Sorrimos com isso. - Pode escolher um lugar pra você ficar , que logo eu trago sua "coisinha" .- disse fazendo aspas com os dedos e saindo .

Tinha um lugar claro com um frigobar, mais preferi ficar em um sofazinho que ficava em um canto escuro da sala.

-É melhor você usar a cocaína com álcool, para minimizar os efeitos desagradáveis da cocaína como suor excessivo, palpitações, dor de cabeça, tremores e ansiedade. - falou ele chegando com a minha encomenda.

-Ok eu já sei disso tudo. -revirei os olhos.

-Tá. Precisar de mim tô lá fora , falow. - disse saindo.

Eu uso ela geralmente intranasal que é aspirado, mais hoje resolvi usa o injetado. Eles tem efeitos diversos, por isso é bom variar. Rapidamente ao injetar sentir uma intensa euforia, logo depois tomei um pouco da minha bebida.

-Eu preciso de mais...para me sentir normal - murmurei baixinho. -não eu sou normal. Bem normal -Comecei a rir sozinho.

Levantei do sofá, quase caindo nele novamente. Sai daquele lugar tonto e resolvi ir para a Fonte dos musas no Jardim botânico .

-Esse lugar me tranquiliza - falei só, tirando os sapatos e os jogando para qualquer lugar. - Você lembra fonte, quando eu vim aqui ? - perguntei, colocando os pés dentro da água. - Eu só tava um pouquinho bêbado. Hoje eu tô de buenas - Comecei a pular na água e rir sem motivos .

-Ei garoto saí da aí, não é permitindo banha dentro da fonte - Que? Eu nem tô banhando é doido ri da cara de quem sei lá tivesse falando comigo Quando me virei era dois policiais. Fiz o que uma pessoa corajosa como eu faria, sai correndo. -Volta aqui !

-Até parece sou doido não.

Tentei despistar eles, quando realmente consegui, fui para mansão.

-Oh Amélia, abre a porta. - cantarolei - É sério esqueci a chave -comecei a rir. - AMÉLIA -Gritei .

- Menino do céu !você tá bêbado de novo? -perguntou ela toda preocupada.

-Não eu não tô bêbado. Aliás eu nem bebo - Escorreguei, e cai. -Vichi tô caindo a toa .

-Lawrran! Pelo amor de Deus, olha o seu estado. - Falou ela me ajudando a levantar.

-Tô num status que eu não queria, eu não sabia a falta que fazia -Cantei, com a ótima voz que tenho.

Amélia saiu me arrastando para dentro da mansão, me levando até o banheiro.

-Eu num quero banhar não. Eu já banhei lá na fonte -Amélia me olhou com os olhos arregalados .

-Isso explica muita coisa, mais já pensou se os policiais te pegasse lá?

-Eu vim correndo deles, foi massa .- Comecei a rir.

-Lawrran! -Me lançou um olhar de reprovação. - Você vai  banhar  e vai dormir não me dar mais trabalho não.

Até parece que eu iria conseguir dormir, do jeito que da insônia é possível eu conseguir dormir só no outro dia.

- E nem pense em fugir outra vez, OK? - disse ela no vão da porta. Mas como ela estava lendo meus pensamentos? - Boa noite !

-Boa noite Amélia.

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