Capítulo 10

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Amélia

                Já estava muito tarde , quando       escutei  a porta do quarto de cima, sendo fechada bruscamente. Com certeza era Lawrran. Ele vive chegando em casa bêbado ou drogado. Ou então dos dois jeito. 
      Subi as escadas e parei alguns segundos no vão da porta. Que estava entre aberta. Ouvi um choro abafado e murmúrios. Entrei dentro do quarto e ele estava jogado em cima da cama, falando coisas indecifráveis e chorando.

— Lawrran? O que aconteceu ? – ele se virou em minha direção, seus olhos estavam vermelho de tanto chorar. O que me deu um aperto em meu peito. — Ei anjinho, me diz o que aconteceu.

        Eu e Bruno chamávamos ele assim dês de quando ele era um bebê. Ele foi muito forte. Além dele nascer prematuro ele teve um problema com o pulmão. Teve que ficar no hospital 3 meses. E fez tratamento até os dois anos de idade. Os médicos disseram que ele não conseguiria sobreviver. Quando recebemos essa notícias o Bruno faltou matar o médico pelo o doutor esta mentindo e tals... E eu quase invoquei todos os santos para proteger e dar a vida para ele. O que deu certo ; e quando o pai dele morreu ele disse:  " Se o meu papai morreu ele também vai ser um anjo e eu vou ainda vou ser o  anjinho dele né Amélia? ". E vendo ele agora nesse estado está me dando uma angústia.

— Porque você se importa tanto comigo em Amélia? – fungou limpado as lágrimas que insistiam em cair.

— E porque eu não me importaria ? — afundei meus dedos em seus cabelos negros.

— Eu não te trato bem e sempre estou te  dando trabalho,  chego eu casa assim, não falo com você e quando falo é te xingando. Você não deveria gostar de mim.

—Não diga isso Lawrran. Eu amo você, não importa o que você faça. Mesmo achando errado que você use drogas e beba; eu sempre vou te amar. E seu pai deixou você em meus cuidados. – ao terminar de falar ele começou a chorar mais ainda.

— O meu pai não me ama mais Amélia. Ele sente vergonha de mim, por mim ter me tornado essa pessoa que sou hoje. – sem perceber já havia lágrimas descendo em meu rosto.

— O seu pai te ama! Ele sempre vai te amar. Não pense umas coisas dessas, ele nunca diria isso.

— Ele me falou hoje. – frazi a testa sem entender. – Ele se esforçou tanto para me criar, para ser uma pessoa do bem e eu fiz tudo ao contrário. – fechou os olhos, com força.

— Você é uma pessoa boa. Você sabe disso Lawrran, só falta você mostrar mais, você tem pensamentos bons mais você os  deixa impérvio.

— Eu não tenho isso. Eu nunca vou ser uma pessoa boa ou certo. E... Não vou ter uma família ou filhos. Já que nem sei cuidar de mim e trato as pessoas mal. – limpei suas lagrimas.

— Eu não quero que você pense assim. Você é mais forte do que você pensa e será mais feliz do que você imagina. Um dia você vai encontrar a pessoa certa... E aquela garota da foto ? Você gosta dela não é? – deu um pequeno sorriso.

Só o amor mesmo, para te fazer sorrir naqueles momentos de tristeza.

— Eu não sei... Nunca tive esse sentimento. – sorri mentalmente, por ele está desabafando comigo. Como fazíamos quando ele era criança e ficávamos no jardim perto da piscina olhando para o céu, olhando as estelas e ele me contava tudo que acontecia na vida dele. Mesmo eu já sabendo. – Mas também nem quero. Ela parece ser tão pura, tão cheia de luz, alegria... Eu não aceitaria errar com ela. Não com ela. Não iria querer magoa-la , dar chance de ser iludida e depois ser uma coisa momentânea. Ela não merece alguém como eu.

— No fundo agente sempre sabe. Você é um homem maravilhoso. Eu tenho certeza que se  você investi nela, ela poderar mudar sua vida para melhor, é só olhar melhor para ela que você verá isso tudo que eu vi, só olhando para a foto.  – ele me olhou por longos segundos. Ele parecia muito com Bruno, mais também tinha muitas características da Esther. Mas ele nem pode saber que eu estou pensando em essa semelhança.

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