Depois de toda tempestade sempre vem a bonança. E a bonança sempre se parece com a nossa mãe. É o rosto dela que vislumbramos quando sentimos segurança. É para ela que recorremos em nossos pensamentos, e é ela quem nos faz encontrar forças quando achamos que não vamos conseguir passar por algo. A esperança tem a cor dos olhos da nossa mãe, que faz dos nossos desejos a sombra da sua obsessão diária. A nossa proteção está sempre ancorada em suas orações e a nossa verdade é sempre melhor dita na voz da nossa mãe.
Somos amados e idolatrados até mesmo em nossos erros e, se nos esquecemos de pedir desculpas, nos lembramos depois que nossa mãe já nos perdou há muito tempo. Somos todos filhos paridos pela dor de um parto desejado e cuidados na escravidão de um amor que só nos pede para existirmos. Somos mais interessantes e inteligentes quando estamos inseridos nos comentários generosos das nossas mães. Alcançamos a sublimidade da nossa existência na saudade que elas sentem sempre que não estão ao nosso lado. Somos mais e melhores porque elas acreditam em nós, filhos.
E, por toda a devoção que existe ao nosso redor, temos a obrigação de nos lembrar sempre que a nossa vida é o bem mais precioso do mundo para (pelo menos) uma pessoa: a nossa mãe.
Fui! (cuidar mais de mim pela minha mãe e pedir aos meus filhos que façam o mesmo por mim...)
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Crônicas da Maria Scarlet
General FictionCrônicas retiradas do blog www.mariascarlet.com, da autora Cris Coelho. As crônicas são apresentadas por uma personagem chamada "Maria Scarlet", um espírito vagante que observa atentamente as mudanças sociais e comportamentais contemporâneas e anal...