Muitos dizem que o melhor do sexo não é o momento propriamente dito, mas sim o momento que antecede ao famoso evento. Outros dizem que bom mesmo é o durante, no percurso da maratona de troca de fluídos. Há também os que classificam como melhor momento o "depois", aquele justo quando acaba a "fogosa peça de teatro". Na contramão dos comentários e opiniões (pra variar, claro!) sugiro que o melhor momento, o "melhor melhor" não é nem o antes, nem o durante e nem mesmo o depois (o logo depois quero dizer). O melhor de todos os momentos é aquele que vem um pouco depois do "depois do ato consumado".
Esse momento, quando visto e sentido do ângulo de quem é amado, é simplesmente o mais especial. Saber que depois de toda a adrenalina, vontade, desejo e, enfim gozo, o objeto amado não repudia o seu abraço, não descarta o seu cheiro, não tem vontade de sair em direção à outra estação.
Esse momento é o que define a fronteira entre fazer sexo e fazer amor.
Por mais sacanagem que exista entre quatro paredes, naquele instante em que ambos se olham e se enxergam, o amor se torna absoluto no palco dessa peça (e isso sem cafonices e pieguices!).
E no dia dos namorados o que muita gente procura não é o sexo, nem no seu começo, no seu meio ou no seu fim. É a intimidade de ter alguém só seu querendo estar ali, nos seus braços, sem desejar nada mais em troca. Só você.
Fui! (dar muito porque hoje é dia!)
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Crônicas da Maria Scarlet
General FictionCrônicas retiradas do blog www.mariascarlet.com, da autora Cris Coelho. As crônicas são apresentadas por uma personagem chamada "Maria Scarlet", um espírito vagante que observa atentamente as mudanças sociais e comportamentais contemporâneas e anal...