Nos arredores do reino de Liones um soldado de armadura enferujada aparece, e o boato dele ser um dos Sete Pecados Capitais começa a se espalhar. Esse boato atrai dezenas de cavaleiros sagrados e mercenários e com eles Galahad um jovem de mais ou menos vinte anos e cabelos brancos como a neve.
- Hei! Mestre taberneiro, mais uma rodada na minha conta!- O Boar's Hat, uma das poucas tabernas que ainda permaneceram na cidade de Betller, é comandada por um garoto loiro que faz uma péssima comida o que contrapõe seu ótimo toque para bebidas.
- É pra já Sir. Niccolas!- E em poucos segundos seis canecas de cerveja foram batidas com força sobre o balcão do bar.-Tem alguma novidade?
-Olha... Pelo o que eu me lembro não têm acontecido nada de novo.- Diz virando uma das seis canecas - Mas você não vai confiar na memória de um bêbado né? - Ele garagalha. Niccolas, um Cavaleiro Sagrado que constantemente fica bêbado durante as missões. Encostado no balcão um moreno com tom sóbrio e barba grisalha pega uma das cinco canecas de cerveja.
- Contenha-se garoto. Nós ainda estamos em missão.
- Sim senhor! - e ele ri.
-Respeite o seu capitão, Nicco! Ou terá penalidades.
- Sim Mestre Thatcher.- Thatcher,Um velho mestre de guerra que recentemente têm guiado esse bando de Cavaleiros Sagrados.
-Relaxa Thatcher não há pecado nenhum aqui se não nós já o teríamos encontrado.- Um outro Jovem, de pele escura cujo o nome era Hoster. Têm o péssimo hábito de sempre subestimar o problema.
- Hoster, Liones não mandaria cinco soldados e um capitão se não tivesse nada suspeito aqui. - Encostado no balcão um garoto de cabelos castanho diz:
- Hei! Hoster vamos lutar?
- Depois Luccas. Ainda não é a hora. - Luccas, O mais novo dos seis, adora lutar mesmo que o inimigo seja mais forte que ele.
-Ah... Que isso Hoster, vamos lutar. Não custa nada!
- Hoster! Cala a boca desse garoto antes que eu seja obrigado a fecha-lá com a minha bota. - Victor, Anda sempre mal humorado e parece estar com uma ressaca eterna.
- Desculpe mestre Victor, não quis pertubá-lo.
- Parem de brigar! Hoje é dia de festa. Nós finalmente vamos descansar depois de cinco dias de viagem, não vejo a hora de dormir.- Dariuz, um meio gigante que está sempre bem humorado e com alto astral
- Ah! Fica quieto Dariuz!- A taberna estava cheia essa noite e o som dos homens cantando e dançado fazia-se ouvir por todo o bairro. Mas de repente o som de uma armadura batendo na lama lá fora chamou atenção de muitos homens dentro da taberna. Aos poucos, com a proximidade dos passos, a taberna foi ficando em silêncio até todos estarem calados. Os passos pareciam estar logo atrás da porta - a espera deixava à todos ansiosos - mas os seis cavaleiros permaneciam calmos com exceção de Luccas que parecia estar animado, Thatcher simplesmente bebia o líquido em sua caneca e Hoster jogava uma moeda pro ar despreocupado. Victor passava a mão pela testa provavelmente com dor de cabeça, Nicco cutucava Dariuz tentando irrita-lo e ele só o ignorava. Finalmente a porta se abriu e lentamente uma armadura enferrujada surgiu por trás da porta. Automaticamente cinco mercenários pularam em cima dele desembanhando suas armas alguns outros camponeses correram pela porta lateral da taberna assustados e outros se levantaram prontos pra batalha. No total eram os cinco mercenários, os seis cavaleiros e quatro outros homens de pé. Os seis mantinham-se nas mesmas posições entretanto somente o mais velho mantia-se atento.
O cavaleiro de armadura enferrujada portava uma adaga curva presa a cintura tinha uma altura mediana e usava o elmo sobre a cabeça o que os impedia de ver seu rosto, um cachecol roxo estava em volta do seu pescoço e sua armadura, além de enferrujada, estava lascada, amassada e arranhada.
Um dos cinco mercenários que saltaram sobre ele tentou um soco em sua face que foi facilmente desviado e contra-atacado com um soco no estômago, ao contrário dos cavaleiros os outros homens não usavam armaduras pesadas mais sim couraças de couro ou peles de animais, o que fez com que o soco fosse mais efetivo contra eles. O cavaleiro de armadura enferrujada lançou o atacante no chão fazendo uso de uma torção e logo em seguida tirou o seu elmo.
- Fiquem calmos. Eu não sou um dos Sete! Sou Galahad de Liones, cavaleiro sagrado.- Ele levantou as mãos em sinal de rendição. Tinha um rosto jovem e bonito de traços finos e um cabelo branco que ondulava até os seus ombros. O alivio se instaurou dentro da taberna e rapidamente o clima de bebedeira e folia foi tomando espaço no lugar.
Thatcher vendo o brasão dos druidas de Liones, estampado no tabardo do recém chegado, o chamou para sentar a mesa junto com eles.
- E então o que faz aqui? - Luccas perguntou um tanto eufórico o que gerou um olhar de repreensão da parte de Thatcher. Galahad, pego de surpresa pela pergunta indiscreta, pirragueia antes de dizer.
- A Rainha Elisabeth me mandou para cá. Ela pediu que eu pessoalmente procure pelo pecado da ira Meliodas.
- Mas os Sete não são apenas lendas? Contos para crianças? Porque a nossa majestade se importaria com isso? - Hoster perguntou curioso.
- Segredo de estado não posso contar para vocês. Não aqui pelo menos. Uma cerveja de Beizer por favor!- Rapidamente uma garrafa foi posta a sua frente e o garoto, por um breve momento, sorriu enquanto servia a bebida.
- O Mestre Guilthunder nos enviou aqui. Ele quer que nós encontremos uma espada. O nome dela é Lostvine. O pecado Meliodas usou esse tesouro sagrado. - Thatcher bebericou o líquido âmbar de sua caneca.
- Dizem que ela sumiu antes do herói derrotar o Grande Mal.- disse o mais novo com uma voz fantasmagórica.
De repente um campones entrou correndo pela porta lateral da taberna.
- Monstro! Monstro!.
- Onde?!- Luccas levanta e vai ao lado do campones - Me mostre o caminho.
- Na colheita!
- Considere-o morto meu senhor. - E então ele saiu correndo pela porta em direção a colheita sendo seguido por Hoster e Niccolas
- Ora, Vamos! Uma última luta antes de uma boa noite de sono.- e então o moreno sai correndo seguindo os outros dois soldados
- Ah. Fazer o que. - O meio gigante os segue também. Nesse passo todos já estão indo para a localização do monstro.
Ao chegar lá Luccas duelava contra um lobisomem. Utilizando o seu florete e sua agilidade Luccas furava e perfurava o couro do lobisomem, desviando dos golpes da fera com movimentos rápidos e fluídos. Niccolas fazia o mesmo com um outro adversário um de pelo castanho e um pouco mais alto do que ele, com sua espada curta Nicco cortava os tendões da fera com habilidade e inteligência utilizando a própria brutalidade do inimigo contra ele.
A colheita era um campo aberto um tanto afastado da cidade com plantações de trigo cevada e arroz, mas também em uma área mais ao norte sob o sopé de um monte havia um curral de porcos e um rebanho de ovelhas de onde os fazendeiros tiravam sua lã e sua carne, por isso os lobisomens estavam aqui eles queriam comida e por isso eles haviam decido das montanhas. Dariuz descia um soco em uma das criaturas e a tonteava apenas com os punhos enquanto Hoster, usando sua adaga, distraia o monstro com cortes rápidos. Apesar dos diversos cortes e das fortes pancadas nos adversários a regeneração deles era muito rápida e eles se recuperavão do dano antes que os cavaleiros pudessem finaliza-los.
- Desse jeito vocês irão ficar lutando a noite inteira! - Tatcher riu.- Não quer ir ajuda-los? Galahad.- O mais velho colocara a mão na espada enquanto observava a luta dos discípulos.
- Vamos ver do que eles são capazes.- Galahad respirou fundo. - Eu intervenho se algo acontecer.- Nesse momento Luccas montava no lobisomem e o perfurava com seu florete mas o coro era muito duro e a espada muito frágil, Niccolas era o único que mantinha uma vantagem sobre o inimigo, utilizando sua magia de eletricidade em sua espada ele fazia com que o seu dano fosse muito mais efetivo.
Dariuz parecia mais estar brincando com o inimigo do que lutando com ele e Hoster o auxiliava.
- Espadas e socos não são nem um pouco efetivos contra este tipo de criatura. - Galahad disse
- O que ele diz é verdade! eles estão amaldiçoados.- Thatcher disse, pronto para desembanhar a sua espada, de repente um lobisomem negro de mais ou menos dois metros de altura emergia da lavoura rugindo e bramando como um leão. Em um arranque ele acerta Dariuz e o derruba, abrindo um corte em seus braços. O lobisomem sobe em cima do meio gigante e prepara uma mordida,mas em um rápido movimento Galahad salta sobre o gigante e o protege da mordida com a sua adaga e então o cavaleiro sagrado puxa a sua espada rasgando a boca do animal, sangue negro escorre e enfurecido o lobisomem ataca o platinado que põe a mão na frente do golpe, aparentemente um ato estúpido até que, quando faltava mais ou menos uns trinta centímetros para que as garras do monstro acertassem Galahad, se ouviu o canto: - PURGE!- E então uma luz branco-amarelada emergiu da mão do druida e cobriu o lobisomem que urgiu em agonia o ar sibilou e tremeu ao redor deles até que a forma monstruosa e bestial do lobisomem foi diminuindo e ele tomou uma forma humana a luz se dissipou dando lugar a um simples camponês sujo, maltrapilho e desmaiado.
- E é assim que se vence um lobisomem.- Galahad estava com os braços estendidos e suando. Os outros lobisomens confundidos pela luz e pelo som ficaram vulneráveis e os outros cavaleiros aproveitaram isso. Niccolas usou sua magia Thunderhammer em um deles e o lobisomem desmaiou e voltou a sua forma humana, Luccas que estava agarrado ao pescoço da fera levantou sua espada e recitou - FIREBREATH - e então um pilar de fogo emergiu do chão cobrindo o lobisomem e o garoto e quando as chamas se dissiparam Luccas segurava os cabelos sujos do camponês inconsciente, Hoster que estava próximo da besta saltou sobre ela e agarrou o seu pescoço e com a sua mão direita enfiou a adaga no fucinho do animal trespaçando sua mandíbula e então, acompanhado dos urros de dor da fera Hoster conjurou - PUREWIND! -e então um redemoinho de vento os envolveu cortando juntas, tendões, ossos, qualquer coisa em que o vento voraz encostasse era completamente dilacerado depois que a poeira abaixou Hoster estava com o pé sobre as costas de um Lobisomem completamente mutilado, entretanto, sua regeneração ainda continuava a curar a fera e em uma alta velocidade. - Alguém poderia consumir a carne desse monstro pra mim? - um lobisomem só poderia ser purificado se toda a carne do monstro fosse consumida.
- Cada um com o seu! Esse foi o trato. -Nicco zombou, enquanto limpava sua espada e a aguardava.
- Aff. Luccas? - Hoster perguntou, coçando a nuca.
- Ok. então eu te ajudo Sir. Niccolas.- Então Luccas foi até Hoster e, perfurando as costas do monstro inconsciente, Disse - FIREBREATH. - E o fogo consumiu o lobisomem transformando-o em humano novamente.
- Ah! Muito obrigado cavaleiros. Não sei o que seria de nós sem vocês. Muito obrigado - O camponês correu de um lugar seguro e disse se curvando em agradecimento
- Não precisa disso senhor nós só fizemos o nosso trabalho - Disse Thatcher com um sorriso.
Após levarem os camponeses desmaiados para os médicos da cidade a taberna foi se esvaziando e aos poucos os cavaleiros foram se recolhendo para os seus quartos, até sobrar apenas Thatcher e Galahad. Em frente a lareira os dois conversavam sobre suas missões e sobre os seus mestres até que o Taberneiro os interrompeu
- Ai ai ai. Já está bem tarde. É melhor vocês subirem. - Disse o garoto loiro, enquanto limpava um copo. Ele tinha aparência jovem e brincalhona, usava uma camisa de botão de tecido fino por baixo de um colete preto, tinha a altura de um garoto, mas observando atentamente, sua musculatura era muito bem desenvolvida e suas mãos um tanto grossas e calejadas demais para um garoto, seu rosto jovem mesmo em um sorriso simpático parecia carregar uma maturidade e seriedade dignas de um homem - naquele momento Galahad viu que o inocente Bar-tender, até o momento, era bem mais do que aparentava.
- E você?- disse Galahad intrigado - Conte-nos a sua história.- Galahad deu seu melhor sorriso simpático e inocente, mas o simpático jovem loiro notou o significado daquela pergunta e então deixando o copo no balcão se aproximou- Desculpe Sir. Galahad, mas receio que já está tarde pra isso. Contudo eu não pude deixar de notar o assunto da conversa de vocês hoje mais cedo. Se não for indiscreto da minha parte eu poderia saber o que a rainha Elisabeth de Liones deseja com lendas antigas? - a mão de Galahad coçava em sua adaga, porém a figura do taberneiro era intrigante e curiosa o suficiente para fazer com que Galahad revelasse o motivo, e é claro que Thatcher estranhou as atitudes de seu companheiro, mas não fez nada a respeito a não ser descer a mão sobre o cabo da espada - Sua Alteza teve uma visão... E pretende reunir os Sete novamente. - Galahad ponderou as palavras ao falar e então acrescentou.- Por precaução. Não há nada o que temer. - O jovem atendente se aproximou um pouco mais e puxou uma cadeira e sentando de pernas cruzadas desabotoou e arregaçou a manga de sua camisa do braço esquerdo.
- Senhor. Acredito que qualquer atitude agressiva seja desnecessária. - Thatcher o avisou utilizando um leve tom de ameaça na voz.- Podem se acalmar. Se eu quisesse mata-los eu já teria o feito. - Nesse momento os dois cavaleiros se olharam e rindo desembanharam suas armas e então eles viram no ombro esquerdo do taberneiro a marca do dragão vermelho da ira a marca do pecado Meliodas e subitamente os olhos do taberneiro escureceram e a marca negra dos demónios de alto rank surgiu em sua testa e desceu pelo seu olho e então o sorriso simpático se tornou um sorriso sádico e macabro.
- Acho que vocês já concluíram sua missão. Eu sou Meliodas o Capitão dos Sete Pecados Capitais.

VOCÊ ESTÁ LENDO
O Aprendiz do Pecado da Ira
Hayran KurguDepois da Grande Guerra Santa de Camelot o jovem Galahad procura o Dragão da Ira, Meliodas dos sete pecados capitais para recriar a organização lendária. Após 300 anos as verdades sobre os pecados se tornaram lendas e as mentiras em mitos e só o li...