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Nina estava em mais uma sessão de fotos. Fotografa de casamento, era isso que ela quis se tornar. Poderíamos dizer que era uma romântica insaciável. Assim que começou seu ultimo período na Universidade tratou logo de encontrar trabalho, nem que fosse algum estágio e havia conseguido. Grazia era o nome da revista onde Nina conseguiu seu estágio e por mérito próprio ganhado uma promoção de efetivação.

Ela elaborava juntamente com Maria – amiga e assistente – o editorial de todo mês que era totalmente voltado a casamentos. Hoje não seria diferente. Estava ela e mais toda uma equipe de profissionais ao redor do Castelo de Turin, onde Nina fazia questão de tirar belíssimas fotos. Ela amava aquilo, era impossível negar. Se pudesse um dia, se casaria lá, ao por do sol. 

Pessoal – a mulher proferiu chamando a atenção de todos no local – uma pausa de uns 20 minutos e voltamos já – ela sorriu enquanto deixava seu equipamento em cima de uma mesa ali posta – aproveitem para comer algo, descansar, porque vai ser longo o dia – ela riu.

Todos se espalharam pelo local, alguns foram ao buffet de salgados deixado ali para entreter a equipe. Nina jogou-se na grama e ali ficou. Pegou seu celular, mexeu em seu Instragam e foi direto ao seu aplicativo de mensagens.

Louíse:

você irá comigo ao jogo amanhã?

Ela tentou fugir dessa pergunta o tanto que pode, havia prometido isso, sobe total efeito de álcool, mas prometido.

Nina:

Porque eu preciso ir mesmo? 

Não demorou muito para olhar a tela do celular e ver que a amiga estava digitando. O drama viria, e ela estava certa disso. Os amigos conheciam o coração mole da garota e amavam uma chantagem emocional. 

Louíse:

Por favor!

Douglas volta aos gramados amanhã, é importante.

Nina riu. Era claro que Louíse usaria disso, e tentaria tocar no emocional da garota. Ela queria ir, mas sabia mais uma vez que ele estaria lá. Eles se saíram bem da ultima vez que se encontraram. Trocaram poucas palavras, mas não se sentiram desconfortáveis, como ao menos Nina pensaria que iria se sentir. Sempre soube que promessa era promessa, e precisava sim ser comprida. Respirou fundo, pensou o tanto que pode e por fim respondeu.

Nina:

Tudo bem coisa chata, estarei lá.

.......

E era dia de ir ao Allianz Stadium. Nina colocou uma roupa mais confortável possível, não iria colocar a camiseta do seu time, até porque as que ela tinha exibiam o nome do camisa 10. Caminhou até a garagem do seu prédio, entrou no carro e respirou fundo.

— Vamos lá garota – ligou o som e antes de dar partida tratou de enviar uma mensagem a Lou, assim avisando que chegaria lá. 

Louíse:

Eu acho que não preciso explicar né?

Seu nome está na lista, e você sabe aonde ir.

Nina sentiu um aperto no coração, e uma vontade de chorar incontrolável, era a primeira ida dela ao estádio sem ser para exclusivamente vê-lo . Limpou as lágrimas que caíram aos poucos e saiu em direção a mais um jogo da Juventus. Amava aquele estádio, e a energia que ele transmitia em dia de jogo. 


.................

O Allianz como de costume estava lotado. Ela sorriu ao descer do carro já estacionado em uma área privada. Aquela energia era surreal e jamais pensaria que poderia encontrar algo como isso em outro lugar. Pegou seu celular, ajeitou sua roupa e caminhou de encontro a entrada onde sabia facilmente que daria acesso ao camarote. No caminho encontrou diversas pessoas já conhecidas da mesma, os cumprimentou e seguiu seu trajeto.

Ao adentrar o camarote uma sensação de saudade tomou conta dela, era bom estar ali. Avistou Louise juntamente com Mel e mais algumas outras esposas dos jogadores e foi de encontro a elas. 

— Jurava que você ia me deixar aqui – a amiga brincou, vendo uma Nina revirar os olhos – é sério.

Como eu perderia um jogo desses? – ela riu enquanto terminava de cumprimentar a todas – vai demorar ou?

Típico de Nina – Mel proferiu – seja menos impaciente. Fitou o lado de fora do camarote, encontrando um Allianz lotado. Coberto por branco e preto. Os jogadores estavam aquecendo no gramado. 

E lá estava ele, rindo com Douglas enquanto chutava a bola um para o outro, ela sorriu com a cena. Era bom vê-lo feliz e fazendo o que tanto ama. E era um pecado de tão lindo que ele ficava naquele novo uniforme. 

Não baba muito não – Luca Coccolo brincou com Nina, que gargalhou. Ele estava lesionado, longe dos gramados por alguns meses, e sempre que tinha jogo fazia questão de prestigiar — já avisei a Joya que aguardo ansioso a volta de vocês. 

Ela não respondeu. Apenas voltou sua atenção aos gramados, o seu olhar cruzou com o dele, que no exato momento congelou. Ele já estava sabendo que ela estava lá, e com certeza iria fazer o seu melhor em campo. Apenas para vê-la sorrir, como em muitas outras vezes. 

 

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Teve JUVENTUS, teve DYBALA, o meu coração já TREME ....



Motivi per amarti | Paulo Dybala *REESCREVENDO*Onde histórias criam vida. Descubra agora