E lá estavam eles, na mesma boate que haviam conversado pela primeira vez. Nina só estava no local porque a amiga havia insistido tanto que acabaram ganhando no cansaço. Os jogadores comemoravam a vitória de mais um jogo, alguns com suas respectivas esposas ou namoradas e outros apenas estavam curtindo a noite sozinhos.
Nina estava lá pela primeira vez após o término, Paulo também. Assim que a mesma descia os degraus para ir para o lounge onde poderia sentar um pouco, lembrava-se de como tudo tinha acontecido tão repentinamente. Não foi diferente com Dybala, que até tentou relutar e convencer os outros jogadores a irem em outra boate qualquer pelo noite.
— Vamos lá Paulo, você precisa se divertir um pouco - Douglas falava alto para o amigo, que tinha a expressão mais tediosa do mundo.
— Ache uma bela ragazza essa noite - Edin brincou com o mesmo, que o fitava sorrindo fraco - ok, não ache uma, mas divirta-se - Paulo sabia que precisava se divertir, ele tinha que aprender a viver sem ela, da mesma forma como ele sentia que Nina já havia aprendido.
A garota congelou ao fitar os jogadores da Juventus a sua frente, sua mão tremeu e o drink que estava segurando quase foi ao chão. Maria fitou a amiga e olhou na mesma direção já entendendo tudo que estava acontecendo.
— Ok, isso não pode ser tão ruim assim - Maria proferiu vendo uma Nina encarar a mesma.
— Eu concordo com você, só estou surpresa — sentiu o coração se apertar, aquele local era ou foi importante para ambos um dia - mas eu sei o que você virgiana nata que é, vai me dizer - ela riu e deu um gole em sua bebida.
— Ótimo, e sabendo como eu sou e o que eu iria falar - a amiga levantou-se, ajeitou seu vestido e estendeu a mão para Nina - vamos nos divertir um pouco.
As duas foram para pista de dança onde tocava uma música POP qualquer. Nina estava se divertindo, sabia que precisava daquilo. Precisava entender que o fim é sempre um recomeço, seja de qual forma seria. Ela adorava a companhia de Maria, uma das poucas amigas que havia feito no trabalho.
Quando a música trocou para um reggaeton, como se todas lembranças voltassem a tona, ela sabia que precisava viver, que tudo era um recomeço mas parecia que a própria vida brincava com ela. Paulo arregalou os olhos quando a encontrou na multidão que dançava de tudo quanto é jeito. O mesmo grudou o olhar em Nina. Ela estava maravilhosa, extremamente maravilhosa naquele vestido preto.
— Você vai ficar babando ou vai tirar ela para dançar? - Bentancur riu ao lado do amigo e o encarava como quem transmitia ao menos um pingo de coragem.
— Não vou estragar a noite dela - o maior erro de Paulo, era pensar que a presença dele ali, a incomodava.
— É claro que não - o meia sorriu - conta até dez e vai - ele deu um tampinha no ombro de Dybala e o encarou até ver o amigo sumir de vista. Fitou o andar debaixo onde ficava a pista de dança e o viu se aproximar de Nina.
— Bentancur ressurge das cinzas para novamente ser o cupido deles — Louise falava, enquanto via o jogador vitorioso como se tivesse marcado um gol.
Todos encaravam a cena, torciam para que desse certo, mesmo que a maioria ali entendesse que o destino que regia tudo quando se tratava daquele casal.
Ela reagiu surpresa ao encontrar o jogador ali tão próximo dela. Sorriu em forma de educação e recebeu o mesmo em troca. Algo de ti de Abraham Mateo começou tocar no local, os dois gargalharam ao perceber isso. Essa era uma das músicas que Paulo mais cantava para Nina, enquanto a mesma cozinhava ou estava jogada pelo sofá do apartamento dele. O camisa dez fitou o chão por um momento e se viu tímido como se aquele momento ali fosse a primeira vez conversando com ela.
Ele estendeu sua mão a Nina, a mesma segurou e sentiu seu coração acelerar. Ela sentia saudade do toque dele. Se aproximaram mais e começaram a dançar, em um ritmo que era só deles e para eles. Os amigos batiam palma, até gritinhos puderam dar.
— Bebé hay algo de ti, que enamora, que me hace extrañarte a cada hora - ele cantarolou no ouvido dela, fazendo com que involuntariamente Nina fechasse os olhos e um sorriso surgisse - Bebé hay algo de ti, que me mata que cuando más me ignoras, más me encanta... — ela suspirou arrepiada, ele não era nem de perto um cantor ou o próprio Abraham, mas a voz dele era para ela, era uma melodia que ela amava ouvir.
— Praticamente como nos velhos tempos - ela brincou ao ver o mesmo formar um sorriso.
— Não tão velhos assim - gargalharam juntos.
O perfume dele a desnorteava totalmente, a mão dela no pescoço dele enquanto os dois se envolviam em uma dança tão intensa para eles, fazia com que todo ao redor desaparecesse e era somente os dois ali.
— Eu sinto tanta falta disso - Paulo proferiu e fitou o olhar de Nina. Ele queria beija-la, a respiração dos dois estava tão envolvida, que o mesmo tratou de acabar com a distância dos dois. Ela correspondeu aprofundando o beijo e sentindo que poderia ficar ali para sempre. Eram perfeitos um para o outro, e ninguém teria como negar. Ficaram ali entre sorrisos ao beijos e não queriam que a noite tivesse fim. Aquela boate poderia ser considerada o lugar deles.
Poderia sim ser o recomeço deles, só bastava perceberem isso.
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AI MEU CORAÇÃO PESSOAAAAAAAASSSS
Eu espero um beijo deles, vcs não? ainda mais com essa MUSICA.
