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Bom dia Paulo - Maria dizia ao ver o jogador entrando pela cozinha devidamente arrumado e pronto para mais um treino da Juventus. Sentou-se na cadeira, apoiou seus cotovelos no balcão que havia ali e suspirou, estava sendo difícil, ele havia tomado a decisão de esquece-la de vez. Afinal ele levou um fora, sem dó nem piedade. Queria entender ou ao menos buscar entender, mas não existia jeito como na cabeça dele entraria isso? para Paulo quando existia amor de ambos os lados, não se terminava sem tentar mais uma vez. 

Bom dia - pegou seu café já devidamente servido e mordiscou um pouco as torradas por ali.

Sua cara está péssima - a mesma sorriu fraco, até ela mesmo que tantas vezes presenciou tudo o que o casal viveu sentia a dor do homem.

Eu a contratei pelo seu carisma e bom trabalho né? - ela riu, e o fez rir - porque até você. 

Só estou falando a verdade - ela seguiu lavando o rastro de louça que existia pela pia - chega uma hora que até para você é bom seguir. 

Ele sorriu, mais um, pensou, mais um que havia dito aquilo para ele. Talvez ele não o amasse mais. Pegou seu celular para se atualizar um pouco e ao entrar no instagram existiam inúmeras marcações deles na festa.

Me diz como esquecer? quando se liga o celular e dá de cara com ela? - ele sorriu - "Será que o nosso casal tão amado de Turim está de volta? foram flagrados em uma boate em clima de romance, e não é que até beijo rolou! Felicidades casal" - ele leu em voz alta, fazendo com que Maria parasse o que estava fazendo e senta-se ao seu lado, posou uma mão no ombro do homem e o fitou - quem dera eu essa noticia fosse verdade.

Talvez você devesse deixar de lado isso um pouco, focar no trabalho e deixar fluindo, uma hora se for para ser vai acontecer - ela tinha razão, mas não era tão fácil como se imaginava. 


Enquanto isso do outro lado da cidade Nina se preparava para mais um dia de sessão de fotos, se encontrava em frente ao espelho alinhando sua roupa, ela tinha um estilo menos formal do que já se viu por aí em fotógrafos de casamento. Acreditava que se as roupas fossem confortáveis melhor seria seus movimentos com uma câmera na mão.

Pegou sua bolsa que estava em cima da mesa juntamente com seus equipamentos e acessórios e saiu em direção ao elevador, selecionou o botão da garagem e aguardou. Ao entrar no carro guardou tudo devidamente no lugar. Ligou o rádio do carro e tocava uma música qualquer. 

Então você saiu com Paulo da festa aquele dia? - Maria a perguntou, minutos depois que Nina adentrou o set. A mesma já esperava com o seu café favorito. 

É claro, você não viu? - ela sorriu em direção a amiga - ah, é claro que não, estava encantada com o Bernadeschi - riu debochada. 

Nossa, que engraçada você - Maria a fitou com ironia - que fique claro aqui, que eu não estava encantada por ele, mas quem me dera ele por mim - ela riu. 

Quando tentei te apresentar a ele, você fugiu - Nina gargalhava ao lembrar da cena do dia em que colocou Federico Bernadeschi em frente a amiga.

Quem está fugindo do assunto agora é você - a mesma a repreendeu - Federico é assunto para outra hora - ajeitou-se na poltrona - me conte como foi?

Estava tudo ótimo, dormimos juntos - Maria deu um gritinho em aprovação e Nina balançou a cabeça em negação - mas...

Mas, mas nada! - a repreendeu - Nina vocês tem tudo para estarem juntos. 

Não é tão fácil como se diz Maria - ajeitou-se na poltrona, de forma inquieta - eu realmente gostaria, mas eu e o Paulo saímos machucados, as brigas nos fizeram tamanhos machucados.

Se existe amor, independente se amor for tudo ou não, se existe, também existe um caminho certo amiga - ela suspirou vendo a mulher morder o lábio, sabia que Nina não queria chorar - ele te ama, é só vocês acharem uma maneira de dar certo.

Não era como se ela não quisesse tentar, era só que ela não encontra os motivos certos para isso. Ela sabia que amor existia, sentiu isso na noite em que passaram juntos. Mas existia medo, muito medo. Nina sempre foi assim, sempre se esquivou de lugares, pessoas, que a causassem medo ou desconforto e no final o próprio relacionamento a causou isso. Simplesmente por ela não conseguir se adaptar a vida dele. No fundo ela queria que o pingo de esperança ainda pairasse sobre os dois. 

 

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Motivi per amarti | Paulo Dybala *REESCREVENDO*Onde histórias criam vida. Descubra agora