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Paulo não queria abrir os olhos, não queria pelo fato de não desejar que tudo da noite anterior fosse somente um sonho. Ele suspirou e no exato momento sentiu a mulher enroscar-se com as pernas nas dele e suspirou mais um vez, agora com um sorriso no rosto. Não havia sido um sonho, ela estava ali ao lado dele, na cama dele. 

Sabia que ele estava acordado, sorriu e acariciou o braço do jogador que a envolvia pela cintura agora. Era bom estar ali de volta.

— Bom dia — foi ele quem proferiu primeiro, beijou o ombro da mulher.

— Hm...Bom dia — ela sorriu ainda de olhos fechados. 

— Oque você vai querer de café? — o jogador riu nervoso, sabia que Maria se encontrava pela casa e provavelmente já havia até deixado o café pronto. Logo mais ele teria que abrir os olhos e ver que a realidade ainda batia na porta e ele tinha compromissos.

A mulher virou-se para ele,  ajeitou seu cabelo e sorriu mais uma vez. 

— Meu Deus mas já são que horas? — procurou por seu celular no criado mudo ao lado da cama e constatou que ainda tinha tempo, para passar em casa e arrumar-se para o trabalho.

— Ainda dá tempo de um café comigo — prontamente informou ao levantar — e não aceito um não como resposta. 

Não deixou ela responder, entrou no banheiro em busca de um banho. Enquanto isso Nina levantou e foi ao closet em busca de uma camiseta, ficou surpresa ao encontrar roupas suas ainda ali, intactas. Pegou uma muda e voltou ao quarto, aguardando Paulo. Ouviu barulho na casa mas não se assustou, sabia exatamente quem se encontrava aquela hora da manhã por lá. 

Alguns minutos depois o jogador saiu somente de toalha enrolada na cintura de lá, Nina sorriu ao perceber o quão íntimos ainda eram, parecia que haviam recomeçado exatamente de onde havia parado.  

— Encontrou suas roupas — ele riu — eu sabia que seriam úteis um dia. 

— Isso era uma forma de pontinha de esperança no final das contas? — levantou e foi de encontro ao banheiro, era vez dela.

— Eu quis mandar junto com suas outras coisas — a olhou e a mesma ficou parada na porta — mas tem seu cheiro.

Apenas sorriu para ele e adentrou o outro comodo, era lindo demais sentir que os sentimentos não haviam mudado, talvez até aumentado. 

Paulo tratou de se vestir, ajeitou suas coisas do treino e correu para a cozinha, estava feliz, e sabia o quanto Maria também ficaria por ele. A encontrou dispersa dobrando algumas roupas na área de serviço.

— Você não vai nem acreditar — proferiu ao ver a mulher colocar a mão no peito pelo susto tomado.

— Pelo amor Paulo, qualquer dia eu vou desenvolver um problema no coração — colocou as mãos na cintura — e bom dia para você também.

— Bom dia Mariazinha — ele riu — agora adivinha.

— Não sei, você vai ser transferido? — o mesmo a fitou sério — não, não seria isso não, porque eu acho que isso não te faria tão feliz assim — ela passou por ele e caminhou até o pequeno corredor que levava até a cozinha. 

— E oque me faria feliz? — sentou-se em uma das cadeiras e apoiou-se os braços no balcão.

— Sua família está vindo morar aqui?

— Não, mas isso também me faria feliz.

— Então eu não tenho ideia — ela sorriu e o encarou com cara de quem procurava por uma resposta.

Nina ajeitou suas roupas, guardou o que pode em sua bolsa e caminhou a procura de Paulo. Ouviu risadas na cozinha e sabia quem encontraria por lá, além do jogador. 

— AI. MEU. DEUS — Maria disse pausadamente ao dar de cara com Nina sorrindo parada na porta, Paulo virou-se e caminhou de encontro a mesma — oque você faz aqui?

— Vim tomar um cafezinho — ela riu ao ser quase esmagada pela mulher.

— Eu não acredito no que estou vendo, então vocês voltaram? 

— Sim — o jogador respondeu — estou a meia hora tentando te contar a novidade.

— Não! Você estava a meia hora me fazendo adivinhar.

— Vocês não mudam — Nina proferiu e procurou por uma xícara no armário. 

Paulo e Maria, a observavam fazer todo esse processo, se entre olharam e sorriram. Nina definitivamente estava em casa. Pegou pela xícara, colocou café, procurou pelo açúcar e sentou-se na cadeira, colocando seu café pelo balcão ali. E os fitou confusa.

— Oque foi? 

— Nada — ele sorriu e foi em busca do seu café também. 

Conversaram mais um pouco por ali, a felicidade era completamente notável e muitos torciam pela volta desse casal. Mas a realidade também os chamava, juntamente com seus compromissos. Após o café, trataram de ajeitar-se e foram em direção ao estacionamento. 

Paulo se encontrava com o carro estacionado em frente ao apartamento de Nina. Eles precisavam se despedir, mas a sensação que se encontrariam mais tarde, os reconfortava. Combinaram que por primeiro momento, colocariam tudo que precisavam colocar no lugar e depois espalhariam a notícia para quem eles saberiam que valeria a pena contar. 

— Bom trabalho — ele disse, ao acariciar o rosto da mulher — te vejo mais tarde. 

— Bom treino — ela sorriu, deu seu ultimo beijo e saiu do carro.

Caminhou pelo hall de entrada, cumprimentou o porteiro e foi em direção ao seu apartamento, o dia seria longo para ambos, assim como era antes, só que dessa vez com a vontade de fazer dar certo. 




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⏰ Última atualização: May 22, 2019 ⏰

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