Depois de 14 horas presa dentro de um avião, finalmente chegamos em solo brasileiro. Eu estava um misto de ansiedade e empolgação. Não sabia o que sentir. Eu também sabia que minha mãe está aqui no Brasil, e por esse motivo eu vim com meu pai.
Saímos do avião e antes de pegar um táxi, comemos algo no aeroporto ignorando alguns paparazzis ao nosso redor. Meu pai os cumprimentava até e sorria para algumas fotos. Eu, tive que fazer o mesmo, pois meu pai gosta de dar atenção para os "fãs" dele e gosta que eu faça o mesmo.
Depois de terminarmos de comer, meu pai respirou fundo e olhou para mim, me chamando para irmos para o hotel. Eu estava meio cansada mas já tinha dormido no avião e no Brasil ainda esta de manhãzinha. Aqui no Brasil agora são 06:00 hrs da manhã e para hoje meus planos são enormes. Tenho que visitar vários lugares, inclusive a casa da minha avó, pois eu não quero ir para a casa da minha mãe.
Cheguei no hotel, guardei minhas coisas, peguei umas roupas e fui tomar um banho para refrescar e tirar o resto de cansaço que tinha ficado.
O banheiro do hotel era lindo e enorme. Depois eu teria o prazer de experimentar a banheira enorme, quando tivesse tempo. Me vesti, peguei meu celular e alguns itens, coloquei tudo numa bolsa e avisei meu pai que sairia para dar uma volta por aí. Não disse que visitaria a casa da vovó. Papai aproveitou que estava cedo e que hoje seria um dia de folga e foi dormir. Ele aparentava estar cansado e eu não questionei. Apenas peguei minhas coisas e saí.
Peguei um táxi e saí em direção ao endereço que eu conhecia. Graças à Deus o meu português ainda é bom.
Depois de uns minutos dentro do táxi, ele parou e avisou que tínhamos chegado.
A casa era a mesma, eu não tinha errado o endereço. A mesma casinha em que passei parte da minha infância. Fiquei emocionada, quase chorei. Respirei fundo e toquei a campainha. Alguém gritou, pedindo para eu esperar. Esperei e em três minutos abriram a porta.
Era a minha avó. Meu Deus, quanto tempo. Ela me viu e ficou paralizada. Puxei ela para um abraço e choramos ali, abraçadinhas uma na outra. Depois de nos recuperarmos ela me mandou entrar e sentar.
Me sentei no sofá e minha avó foi fazer um café para mim. A casa estava meio vazia. Aparentemente só tinha ela na casa.
- Vó? Cadê todo mundo daqui? - Perguntei me juntando à ela na cozinha.
- Ah minha filha. As crianças estão todas na escola e os adultos estão cada um em suas casas. Nos reunimos bastante ainda, mas não com aquela frequência de quando você era pequena. - Ela suspirou.
- Vó, a minha mãe ainda mora aqui?
- Ah sua mãe! Claro, ela ainda mora aqui sim. Ela e a Clarinha. É uma gracinha ela me chamando de bisa.
- Calma, calma, calma. Vó, a senhora está dizendo que a Clara, a minha filha está morando aqui com a merda da minha mãe? - Acho que quase desmaiei.
- Claro minha filha. Pensei que você tinha autorizado. Sua mãe me disse que você autorizou a vinda dela pra cá. Kate, você está bem? Eu... eu não sabia que você não sabia.
- Vó, a senhora sabia que eu fiquei seis, seis meses sem dormir, chorei seis meses pensando que ela tinha morrido. Eu e meu pai ficamos aflitos por tanto tempo, e ninguém me avisa que a minha própria mãe sequestrou ela, lá em Los Angeles do meu lado!! - Eu já estava começando a elevar a minha voz.
- Kate. Por favor, se acalma. Me perdoa, eu não sabia disso. Quando sua mãe chegar, nós vemos isso.
- Não vó, eu tenho que avisar o meu pai. Ele precisa saber que Clara está aqui e está viva. - Eu comecei a chorar e tampei meu rosto com as mãos.
- Calma Kate. Tudo vai se ajeitar. Vou pegar um copo de água para você.
Peguei meu celular e disquei o número do meu pai na tela. Sei que estava cedo mas já tinha perdido a noção de tempo.
- Alô? -Papai atende com voz de sono.
- Pai. Você tem que vim aqui. -Solucei. - A Clara está viva pai. Ela está morando aqui na vó pai. Eu... eu não sei o que fazer e como agir. Por favor. Vem aqui. - Lágrimas escorriam do meu rosto sem parar.
-Meu Deus. Eu... eu não acredito que ela esteja viva. A... a sua mãe está aí? - Papai gaguejou.
- Ainda não pai, mas ela vai chegar depois do almoço. Não se preocupe. Ela vai ter o que merece quando chegar aqui por ter sequestrado a Clara e mentido pra todos aqui que eu autorizei ela trazer a Clara pra cá. Maldita mulher. -Eu disse com raiva.
- Já estou a caminho, fique aí. É o mesmo endereço né?
- Sim pai, é o mesmo endereço.
- Tchau filha, tô indo. Se acalme. Pare de chorar.
- Tá bom pai. Vou tentar. -Peguei o copo de água da mão da minha vó e desliguei o celular.
- Vó, o meu pai está vindo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Será que Superaremos Tudo?
RomanceKate acaba de terminar um relacionamento e não quer outro homem por enquanto. Uma confusão acontece e ela precisa tomar uma decisão. Continuaria sozinha, com as lembranças do antigo relacionamento ou daria uma chance a Jeremy Renner, o homem que est...