#4. O Poder de Um Maknae

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N/A: Olá, pessoas! Então, eu sei que eu disse quarta-feira à noite. Mas eu também disse que onde eu moro tem a diferença de uma hora pro horário de Brasília. Ou seja, onde eu to, ainda é dia 31 de outubro (a propósito, feliz Halloween pra vocês, leitores cheirosos). Então é isso, to postando agora. Boa leitura :)

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— É sério, qual é o problema daquele cara? — O sorvete mal havia derretido em sua boca e Jisung já forçava mais uma colher cheia para dentro.

Felix, deitado de bruços em sua cama, parecia não aguentar mais ouvir as lamúrias de seu colega de quarto, mas cumpriu seu papel e foi paciente. Jeong In, por sua vez, parecia estranhamente interessado na história de Jisung – não que realmente fosse interessante, mas porque o garoto estava explodindo de empolgação e não queria conversar sobre outra coisa que não fosse a tão incrível seleção da produtora STRAY Entertainment, mesmo que isso significasse passar as próximas horas ouvindo os choramingos de Han Jisung.

— Você não acha que está exagerando? — perguntou Felix, na vã tentativa de ser a única pessoa razoável ali.

Jisung o ignorou completamente. Estava chateado demais para ser razoável. Inclusive, se não estivesse tão imerso em suas próprias chateações, Jisung teria notado que Felix estava estranhamente silencioso desde que voltaram da seleção, não compartilhando quase nada com os amigos sobre a própria experiência no grupo de Composição. Jeong In, em contrapartida, falava pelos cotovelos, gabando-se abertamente sobre o tour que seu grupo fez através dos estúdios da produtora, onde vários idols famosos debutaram, sobre o quanto seu orientador – Woo Jin – era incrível e talentoso.

Quando o maknae finalmente foi para o próprio quarto, Jisung notou o quanto o ambiente se tornara silencioso.

— Tem certeza de que não quer sair hoje à noite? — perguntou a Felix, que encarava a tela do celular com uma expressão distante e contemplativa.

O loiro ergueu os olhos para o colega pela primeira vez desde que Jeong In fora embora e arqueou uma sobrancelha.

— Achei que você quisesse ficar aqui se entupindo de sorvete e lamentando sobre sua súbita falta de sorte — respondeu, ligeiramente amargo. — Eu ainda não entendi por que você acha que seu orientador está te... Marcando? Isso, marcando.

— Eu não acho, Felix, eu sei — retrucou, fazendo uma careta desgostosa, recebendo em resposta um revirar de olhos. — Mas já chega de falar sobre isso. Não vou perder mais um minuto do meu tempo remoendo sobre aquele babaca.

Felix só faltou erguer as mãos e dar graças aos céus.

— Ao invés disso — prosseguiu Jisung —, por que você não me conta como foi no seu grupo? Não pode ter sido tão ruim assim.

Quando o colega de quarto não respondeu, Han se perguntou se devia se preocupar com isso. Livrou-se dos cobertores e se aproximou do loiro, que insistia em evitar o contato visual. Aconchegou-se sobre a cama de Felix, aliviado por não ter sido chutado para fora do colchão, como o loiro costumava fazer, por não gostar de dividir seu espaço.

— Não foi ruim — respondeu, por fim. Sua expressão era vazia, porém, e ele levou mais algum tempo para formular suas próximas palavras. — Meu orientador foi bem legal comigo, ele é muito bonito também. — Um sorriso se insinuou no canto de seus lábios, mas logo se desfez. — É só que... Me pergunto se foi uma boa ideia ter me inscrito no grupo de composição. Eu não sou fluente em coreano e me foi dito em alguns momentos, por outros calouros, que isso me prejudicaria. Eu posso acabar perdendo minha chance.

Segure Minha Mão |Minsung| CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora