Segure Minha Mão |Minsung| CONCLUÍDA

#15. Fogo na Palha

N/A: Pela foto do capítulo já dá pra imaginar que vem coisa babadeira nesse aqui né. Não vou falar muita coisa, pra vocês não tirarem conclusões precipitadas, mas só peço o seguinte: não me matem. Obrigada, até lá em baixo, e boa leitura!

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Jisung acordou num sobressalto, depois de um pesadelo. As imagens ainda pairavam na sua mente, embora já não fizessem mais sentido, e ele perdeu alguns momentos apenas tentando regular a própria respiração. Olhando para o lado, constatou que estava sozinho na cama. Diferente da última vez em fora com os amigos para a casa de Bang Chan, poucos foram os que decidiram ficar. Woo Jin sendo um dos que ficaram, porém, deu para o novo casal a oportunidade que eles precisavam para finalmente terem o apartamento inteiro para si.

Saiu da cama, ainda desnorteado, e vagou pelo corredor escuro, movido apenas pela força de vontade e pela sensação incômoda da solidão. Encontrou Lee Know deitado no sofá, numa posição estranha, com o corpo virado para baixo e a cabeça para fora dos limites do acolchoado. Jisung precisou de alguns segundos para se convencer de que não devia se surpreender com isso, vindo de Lee Know. E se tivesse que apostar, apostaria que o veterano fosse capaz de pegar no sono naquela posição sem qualquer problema.

— Hyung — resmungou Jisung, sonolento, enquanto se aproximava. — Por que está aqui na sala?

Ao ouvir a voz embargada do namorado, Lee Know se ajeitou imediatamente e se achegou para o lado, convidando o calouro para se juntar a ele. Sem se importar, Jisung foi até o sofá e se aconchegou nos braços de Min Ho, sendo embalado como uma criança sob seu manto quentinho e confortável. O veterano apoiou o queixo na curva do pescoço de Jisung, colando seus rostos e ficaram assim durante um tempo, abraçados, apreciando o calor um do outro.

— Não consigo dormir — respondeu por fim.

— Então me fala: não podia ter insônia e continuar na cama?

Mesmo sem conseguir vê-lo, Jisung sentiu seu sorriso.

— Não com você deitado lá — declarou, de um jeito que fez a pele de Jisung se arrepiar inteira.

Jisung sentiu suas bochechas esquentarem e perdeu completamente a fala. Sua reação fez Lee Know rir gostosamente e, na tentativa de fazer o mais novo dizer alguma coisa, começou a cutucá-lo incessantemente no rosto e a fazer-lhe cosquinhas.

— Tá bom, já entendi — protestou Jisung em meio a risadas induzidas. — Para com isso, hyung. — Bateu com força sobre as mãos de Min Ho, o suficiente para que o outro quisesse revidar com ainda mais força, mas ele não o fez. Lentamente o riso se desfez, levando-os novamente para o clima sério e reverente de antes. — O que exatamente está tirando seu sono? — perguntou. — Você se arrepende de ter saído da STRAY?

A resposta não veio de imediato.

— Não me arrependo, não — falou com seriedade. — Mas não foi uma decisão realmente fácil. E não é isso que está me incomodando, na verdade. Estou me lembrando da conversa que tive com o Bang Chan.

Jisung se perguntou qual das conversas ele se referia, mas não o interrompeu.

— Ele disse que eu tomei a decisão certa. — Quando Jisung não disse nada, completamente surpreso com o que acabara de ouvir, Lee Know sorriu outra vez e então prosseguiu: — Eu sei, foi um choque pra mim também. Mas foi o que ele falou. Disse também que admirava minha coragem em seguir o meu coração ao invés de me dobrar às regras como um peão no jogo de alguém. Acho que ele se sente assim às vezes.

— O Bang Chan me parece uma pessoa forte — comentou Jisung, um tanto contemplativo. — O tipo de pessoa que se sacrifica pelos seus.

— Sim, ele é exatamente esse tipo de pessoa — concordou, parecendo também pensativo. — E é exatamente por isso que eu me sinto tão culpado por tê-lo deixado quando ele mais precisa de mim.