Turquesa

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Sim, estava feito, seu primeiro roubo estava completo! E melhor, havia sido bem sucedido. Tinham roubado 50 milhões do banco no centro da cidade.

Sua face irradiava felicidade, estava satisfeito. Todos estavam vivos, estavam bem e inteiros.

A metade pulava pelos prédios, o resto corria pelas ruas tentando se camuflar em meio à multidão. A maleta com dinheiro pesava, mas nada que um pouco de força de vontade não pudesse dar jeito.

A roupa preta se mesclava a noite, e a máscara era o toque final. Como a cereja no bolo. Se a cidade não fosse bem iluminada, não poderiam serem vistos.

A lua estava bonita naquela noite, seus raios banhavam seu rosto, e sua luz era convidativa. Como se se sussurra para continuarem e desejar- se boa sorte.

Quando o som das hélices cortou o ar e o helicóptero foi avistado, colocou seu plano de fuga em ação.

Assobiou para Mikasa atraindo a sua atenção, fez o gesto combinado na reunião. Um pássaro, era esse o sinal.

A morena concordou, gritou para o resto daqueles que estavam no telhado. O grupo de quatro pessoas no telhado se dissolveu e cada um correu para um lado.

Encarou Connie e Jean. Jean já olhava em volta, a procura de um lugar seguro.

Seguiu os amigos até um beco, retirou a mochila preta das costas com pressa. Entregou as roupas para cada um.

-Sabem onde vai ser o ponto de encontro, correto? - Jean falou enquanto abotoava a camisa.

- Ao Norte, as 6 da manhã! - Connie respondeu com confiança enquanto amarrava os sapatos.

- Ao Sul as 7 da manhã! - Eren disse com irritação, amarrou o cabelo em um rabo de cavalo. - Na cabana abandonada atrás do ipê-amarelo perto da estrada 74. Não se esqueça disso Connie! - Puxou as orelhas do amigo.

- Ai! Tudo bem, tudo bem. - Acariciou a orelha dolorida quando se livrou do aperto de Eren. - Tomem cuidado.

Ambos os garotos concordaram, se despediram em um aceno e correram cada um para um lado.

Aquilo era perigoso, sabia disso. A adrenalina corria solta por suas veias e o motivava a continuar. A desconfiança era pura gasolina acendendo uma faísca, sempre que tomava a decisão precipitada de quase tirar a arma da cintura.

Se juntar aos Titans, um dos grupos mais procurados tinha sido uma decisão difícil. Mas não se arrependia dela, precisava de dinheiro.

Tinham combinado de fazer o roubo naquela segunda. O plano era engana-los, aqueles que corriam pelos telhados estavam com maletas falsas enquanto apenas três com o real dinheiro ficavam em meio à multidão assustada.

Era arriscado. As autoridades já tinham sentenciado todos os membros daquele grupo a morte. E os policiais já não atiravam para detê-los, atiravam para matar.

Qual seria o problema de matar um criminoso que já morreria na cadeia?

Era isso que o preocupava. Mikasa estava na linha de tiro. Não que duvidasse do potencial da amiga, mas era necessário muito força de vontade para não se virar e correr em sua direção, quando escutava uma bala acerta seu alvo.

Parou no sinal. Olhava para os lados apreensivo e tenso, tinha mais policiais nas ruas que o esperado. Arrumou o chapéu que agora cobria o rosto. Caminhou pela multidão abrindo espaço entre as pessoas, que acabavam soltando alguns resmungos em resposta.

Quando viu dois polícias vindo em sua direção seus músculos enrijeceram, a mente embaçou.

- Poderia me ajudar? - A voz soou doce.

Blue EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora