Sofia poderia ser uma "garota normal", se não fosse por um detalhe: Ela tinha uma doença que privara ela de qualquer contato com o sol e o mundo fora do seu quarto - ao dia.
Depois de vários procedimentos médicos, ela finalmente poderá ter uma "vida...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
23 de março, sexta-feira. 12:10 h.
EU ESTAVA ficando paranóica. Andava pelos corredores da escola olhando para todos os lados. Tentando achar uma pessoa que nem sabia quem era.
O porquê disso? Os quatro bilhetes que eu recebi nos últimos três dias.
No dia posterior ao dia em que eu recebi o girassol encontrei o seguinte bilhete na minha mochila quando cheguei em casa:
"Como mesmo estando estressada e nervosa, você consegue ser tão gentil com todos?
P.S.: Você estava deliciosa nesse shortinho do uniforme hoje ;)
S. G."
Quando li esse bilhete estava tomando meu suco de laranja e dei uma leve engasgada no "deliciosa", na verdade leve é pouco, eu me afoguei legal.
"Os teus olhos são tão lindos.
Eu me hipnotizo e me perco cada vez que olho para essa imensidão verde clara.
S.G."
Esse em particular está bem clichê, por isso é o meu preferido até agora. Fofo demais.
Os outros dois eu recebi hoje, também no bolso da mochila, só que o primeiro eu encontrei logo antes de sair da sala de aula para o intervalo, levei–o comigo e li escondida para meus amigos não questionarem.
"Você está com uma carinha preocupada hoje, mesmo você continuando linda de qualquer jeito gosto de ver você feliz! Espero que seu dia melhore, minha linda.
P. S.: O que aconteceu com o short? Só porque eu estava planejando babar mais um pouco hoje?
S. G."
Devo confessar que eu realmente ri com esse bilhete. Esse cara é realmente bom com as palavras, devo admitir, mas o segundo bilhete do dia – o que eu achei a dez minutos atrás, antes da aula acabar – me deixou paranóica:
"Haha eu vi você sorrindo quando leu meu bilhete, hein!
Estou de olho em você, minha linda.
S. G."
O que eu mais temia, ele estava mesmo me observando, e pelo visto o tempo todo! Por isso não mostrei os bilhetes para meus amigos e muito menos para meu irmão, não quero todos paranóicos como eu estou agora.
Uma mão é colocada no meu ombro e eu dou um pulo, junto de um gritinho constrangedor.
— Opa, te assustei, Sofizinha? – Leonardo perguntou, segurando o riso.
