Capítulo 19

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15 de Junho, sábado, 20:35 h

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15 de Junho, sábado, 20:35 h.

NEM TUDO na vida sai como planejamos. A maioria das coisas na verdade. Mas eu acredito que tudo na vida tem uma motivo, um porquê.

Acredito que nada na vida é por acaso e mesmo as coisas ruins que acontecem conosco tem um motivo específico: fazer com que nós aprendermos com elas, fazendo nós nos tornarmos mais maduros e aprendermos com nossos erros e com as lições que ela quer nos dar.

Eu realmente acredito nisso e é isso que tento explicar para o meu irmão, depois que Eliza o deixou ali desolado e se trancou no seu quarto. Ele não me ouviu, simplesmente pediu para minha mãe o levar para casa. Algum tempo depois Lucas avisou que iria lá para casa depois de deixar Christina em casa.

Eliza também não quis ouvir esse meu discurso motivacional. Nós meninas tentamos acalmar ela e conversar, ela aceitou por um tempo. Mas quando viu que iria chorar de novo, mandou que fossemos embora. Eu bati o pé dizendo que ficaria essa noite com ela.

— Cada vez que olho pra você lembro do rosto do Guilherme e a dor no rosto dele. Não quero você aqui, Sofia. Sai. – sua voz saiu rispida, nem sequer olhou em meus olhos.

Mesmo sabendo que ela também estava machucada, isso não deixou de doer e de me machucar também.

— Você deveria ter vergonha por ser tão insensível assim. Todos ao teu redor querendo o teu bem e fazendo tudo por ti e você só sabe se fazer de indiferente.

Quando vi já estava na sua frente, despejando palavras que me arrependeria perdidamente depois, mas agora eu não ligava, ela magoou todos ao redor e parece nem ligar para isso.

— Eu estou cansada dessa tua ignorância! Cansada de ver você machucar meu irmão a cada dia mais. Guilherme é um cara incrível, para todos e principalmente para você, mas você só sabe pisar no coração dele. – ela só olhava pra mim, mas via que sua raiva começou a transparecer em seus olhos. Mesmo assim ela não falava uma palavra. — Eu custei a acreditar, mas agora eu vejo que você é mesmo uma coração de gelo. E como você mesma disse: é incapaz de amar alguém. Vai morrer sozinha ou ser abandonada igual sua mãe foi.

Não se passou dois segundos, depois que essa frase saiu da minha boca, e a palma da mão de Eliza acertou o meu rosto. Coloquei a mão na bochecha quente onde ela me atingiu. Estava paralisada, por mim ter falado aquelas coisas horríveis e por Eliza ter me agredido.

— Nunca, em hipótese alguma, fale da minha mãe. Você não tem esse direito. – cuspiu entrementes. Eu nunca vi uma raiva tão explicita em seu olhar. — Você é só uma sonsa mimada que agora acha porque tem uma cara pra te comer pode sair falando merda e julgando os outros. Você não é melhor do que ninguém, Sofia.

Jaqueline entrou no nosso meio no momento em que eu e Elizabeth estávamos perto de nos agredir fisicamente.

— Meninas, parem! Vocês irão se arrepender depois. – ela gritou.

Sol para Sofia - #1 | ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora