Clichê¹

CAPITULO 2

Penélope e Serena soltaram do ônibus em frente à estação de trem da cidade de Thompson e caminharam com pressa para a lanchonete. O ônibus havia chego mais tarde, fazendo com que as meninas se atrasassem para o trabalho. E na correria que estavam, acabaram por não notar no casal que caminhava em sua frente, fazendo com que Penélope trombasse na jovem loira.

- Merda. – Disse Serena quando notou a morena e a outra garota no chão. – Vocês estão bem? – Perguntou.

- Desculpe, eu não te vi. - Disse Penélope enquanto levantava e sentia seu braço dolorido pelo trombo que havia dado nas costas da garota.

- Você é louca? – A garota dizia irritada enquanto se levantava com a ajuda do rapaz. – Eu vou ficar roxa e se não for contratada vai ser culpa sua! – Gritava a loira.

- Desculpa, não foi por querer. – Disse Penélope novamente, sentindo muito pela garota. Poderia ter acabado com a oportunidade de uma pessoa.

- Desculpa uma ova, você é uma babaca. – A loira falava histérica, chamando atenção de quem passado em volta.

- Ei, querida, pare de showzinho. – Serena falou irritada. Seu humor já não estava dos melhores e a voz daquela garota a estava irritando.

- Cabelo cor de fogo, não estou falando com você. – Disse a loira com arrogância. Serena a olhou com raiva, louca para voar no pescoço da vadia.

- Ashley, calma. – Disse o rapaz com paciência e serenidade na voz. – Não foi nada. Você vai ficar bem. – Passou a mão no ombro da garota, acariciando para acalmá-la. – E você? – Perguntou direcionando seu olhar para Penélope que olhava para o chão sem graça. – Está bem?

- Eu acho que... Eu... É, hum... – A morena não conseguiu terminar sua frase quando encarou o rapaz.

Seus olhos encontraram-se, fazendo com que algo dentro de ambos explodisse. Era como se um turbilhão de sentimentos que sempre estiveram presos, se soltassem, deixando-os confusos sobre o que sabiam. Não se lembravam de quem eram e o que estavam fazendo, mas também aquilo pouco importava no momento. Aquela sensação nunca antes experimentada os havia acordado para algo novo nunca antes imaginado ou desejado.

Sebastian não pode deixar de olhá-la por inteira, gravando cada centímetro e traço de seu corpo e rosto. Ela era bonita e chamava atenção por onde passava. Sua pele era um pouco clara, tinha pernas longas, cintura fina e seios fartos. Sua boca era carnuda e rosada, seus olhos de um castanho escuro, eram o que mais lhe chamará atenção. A morena tinha uma beleza inocente, mas ao mesmo tempo sensual e ousada. Por alguns segundos, Sebastian desejou nunca parar de olhá-la. Sentia seu corpo em chamas e uma paz enorme dentro do peito. Seu coração aos poucos acelerava e suas mãos ficaram frias e suadas. Sentia adrenalina, excitação e empolgação. Estava maravilhado, ela era encantadora. E tudo aquilo que sentia era recíproco. A garota estava ofegante, sentia seu coração acelerado, estava apaixonada pelo que via. Um homem alto e forte, que transmitia poder, sucesso, conforto e segurança. E mais do que isso, via também um homem que só precisava de muito amor, cuidado e carinho.

- Sebastian, querido, está me ouvindo? – Chamou Ashley, vendo os olhares ainda fixos de Penélope e Sebastian.

- Sim. – Falou sem parar de olhar a morena.

- Acho melhor irmos, boa sorte com o que quer que seja. – Disse Serena para a loira e pegou a amiga pelo braço a arrastando dali.

Penélope tomou consciência do que havia acontecido e olhou espantada para a amiga que tinha nos lábios um sorriso sorrateiro. Mas antes de falarem qualquer coisa, olhou mais uma vez para trás e viu que o rapaz já não a encarava mais, e por um minuto ela desejou olhar de novo para aqueles intensos olhos azuis.