CAPITULO 5

1.8K 115 1
                                    

Uma hora depois, Sebastian havia estacionado o carro em frente a um restaurante na cidade vizinha.

- O que estamos fazendo aqui? – Perguntou Penélope estranhando o lugar onde estavam.

- Estou te levando para jantar. – Falou Sebastian e desceu do carro, abrindo a porta para a morena depois.

- E porque aqui? Há restaurantes mais perto. – Falou Penélope enquanto descia do carro.

Ao entrarem no restaurante, o garçom cumprimentou Sebastian e olhou esquisito para Penélope. A garota vestia jeans e camiseta, ele não sabia o que um homem como Sebastian estava fazendo levando uma garota como aquela para aquele local.

Já era previsto pelo horário que o restaurante estava praticamente vazio. Sebastian pediu uma mesa e logo o garçom os levou até ela. Ficava no segundo andar, ao lado da janela. Sobre a mesa ficava os talheres e uma vela que estava acesa. Como já havia escurecido, eles tinham uma belíssima visão do lugar. Do lado de fora, havia uma praia, casais andavam pela areia apaixonados, enquanto a lua refletia sobre água, dando ainda mais destaque para o clima de romance.

Depois de fazerem o pedido, o garçom logo voltou com uma garrafa de vinho Château Latour 1972, um dos mais caros do cardápio, pelo que Penélope virá. O garçom serviu o casal e depois se afastou para atender outras mesas.

- Então... – Penélope olhou para Sebastian que tinha a taça de vinho entre os dedos. – Porque me trouxe aqui?

- Para te convencer que sou um cara legal e que você deveria sair comigo. – Falou Sebastian cheio de si e com aquele maldito sorriso presunçoso nos lábios que levava Penélope a loucura.

- Você é tão cretino. – Disse Penélope com um sorriso nos lábios. Ela ficava linda quando sorria.

- E você me deixa louco... – Disse ele aproximando seu rosto do dela sobre a mesa. – E confuso. – Completou.

- Por que confuso? – Perguntou ela provocativa, como sempre.

- Porque você é indecifrável. – Penélope abriu ainda mais seu sorriso e sem falar nada se recostou na cadeira.

Algumas horas mais tarde, o carro de Sebastian estava parado em frente ao prédio em que morava Penélope.

- Acho que nossa noite acaba por aqui. – Disse ela.

- Gostei de ter a sua companhia. – Sorriu de forma verdadeira, sem pretensões maliciosas.

- Eu também. Você não é tão chato quanto eu pensava. – Brincou a morena e os dois riram e depois ficaram em silencio. – Eh, preciso ir. – Falou sem jeito.

- Espere, fique mais um pouco. – Disse ele aproximando o rosto da garota e colocando um fio do cabelo dela para trás da orelha.

- Porque ficaria? – Perguntou ela num sussurro, com a respiração pesada.

- Acho que você já sabe da resposta. – Disse Sebastian, logo tocado o seu lábio ao de Penélope e iniciando um beijo doce, calmo e com gosto de vinho caro. Sebastian descia uma mão até a cintura da garota e outra mão a sua nuca. O beijo, sendo retribuído, ganhou calor com os segundos que se passavam. Penélope passou para o banco de motorista, ficando no colo de Sebastian. Ela havia conseguido tirar a camisa do rapaz e lhe acariciava as costas. O Moreno Perigo, assim como era chamado por Serena, desceu seus beijos para a mandíbula e depois para o pescoço da garota.

- Sebastian? – Penélope o chamava com ternura.

- Sim. – Respondeu num sussurro rouco por causa de seu desejo.

- Eu... – Ela respirava fundo. – Preciso ir embora... – Disse afastando seu corpo do rapaz com calma. – Agora.

- Como? – Perguntou ele, sem entender. Ele a desejava e ela também.

- Desculpe, eu preciso mesmo ir embora. – Falou indo para o banco ao lado e pegando sua bolsa. Penélope abriu a mesma e tirou dela um papel com o numero de seu telefone e entregando para o rapaz. Sebastian pegou o papel e guardou no bolso de sua calça. Sem falar mais nada, Penélope abriu a porta e desceu do carro. Ao ouvir a porta do carro bater, Sebastian colocou a mão no rosto, não estava acreditando no que acontecerá.

Acontece, que ao contrario do que pensava, o seu desejo era recíproco. Penélope o desejava desde que o conheceu, mas sabia que era errado e por alguns segundos, naquele carro, pensou seriamente em se entregar.

A garota, que já estava abrindo a portão do prédio, quando deu meia volta e foi em direção ao carro, chegando ao mesmo e batendo na janela do motorista.

- Sim? – Disse Sebastian apertando o botão automático para abrir a janela.

- Se você quiser, sexta-feira estou indo para Florência e iria gostar de ter sua companhia. – Ela sorriu um tanto sem graça. – Obrigado pela noite, Sebastian Brandon. – Ela sorriu e caminhou de volta em direção ao prédio.

Clichê¹Onde histórias criam vida. Descubra agora