Naquela mesma noite, Roberto resolvera fechar a farmácia mais cedo e levar a família para jantar fora. O restaurante, Santo Angelo, era bem famoso por ali. Abria apenas a noite, todas as noites da semana, exceto segundas e terças-feiras.
Havia levado mais ou menos duas horas para a família Price ficar pronta. Senhor Roberto havia feito reservas para as oito horas, horário que mais costumava lotar, já que as pessoas que moravam por ali tinham costume de dormir cedo.
A família foi para o restaurante caminhando, já que tudo era perto. Roberto conversava entusiasmadamente com Sebastian, haviam se dado muito bem. Na frente deles, andava Penélope abraçada à mãe, Célia, e sua irmã Annabella do lado.
- Anthony me disse sobre o episodio de hoje. – Disse Célia.
- Não quero mais falar sobre isso, mãe. – Disse a morena.
- Tudo bem, mas eu acho que você deveria continuar seguindo em frente. – A mulher continuou. – Sempre achei que Hector não servia pra você.
- Mãe, você o adorava. – A morena riu sem animo.
- Ok, confesso, ele era um ótimo genro, mas não foi dessa vez, certo?
- Claro. – Penélope concordou.
- E o bonitão ali? – Perguntou Annabella se metendo na conversa. – Ele vai ser meu próximo cunhado? – A garota sorria com malicia.
- Annabella! – A mãe repreendeu.
- O que é? Só to perguntando. – A menina fez careta. – Ele tem dinheiro? Vi o carro dele hoje.
- E isso interessa? – Perguntou Penélope achando graça da curiosidade da irmã.
- Claro que sim. Minhas amigas acharam ele um gato e se ele tiver dinheiro vou contar pra todo mundo que você esqueceu Hector caindo nos braços de um cara lindo e rico. – Disse Annabella. A menina era engraçada enquanto falava e logo fez a irmã mais velha rir com aquele comentário.
- Diz pra eles o que você quiser. – Disse Penélope olhando para trás e vendo Sebastian conversar animado com seu pai. – O futuro a Deus pertence. – Ela sorriu e piscou para a irmã.
A noite prosseguiu calma e adorável. A família Price se divertia com as historias que Sebastian contava, principalmente as que envolviam seu trabalho. Era cada cliente maluco que o rapaz tinha. Depois de comerem e beberem a vontade, foram para casa. Penélope, Sebastian e Annabella resolveram ver filme, o que acabou fazendo a jovem Annabella dormir no sofá.
Na manhã seguinte, tudo parecia normal. Roberto e Célia fizeram sua caminhada matinal de domingos, enquanto Annabella dormiria até meio dia. Quando acordou, Penélope olhou no relógio do celular e marcavam oito horas da manhã, então se levantou e foi preparar o café da manhã.
Vestindo calça jeans, all star e uma blusa velha, Penélope foi até a padaria, esbarrando-se com a mulher mais animada da cidade.
- Bom dia senhora Willians, faz tanto tempo que não a vejo. – Disse Penélope a cumprimentando.
- Penélope, querida. Como você está linda. – Sofia a abraçou. Tinha nos lábios um sorriso alegre. Sofia Willians era uma mulher loira, alta, de olhos claros e muito elegante. Sempre animada e alegre, distribuía alegria por onde passava. – O que você anda fazendo da vida? – Perguntou.
- Trabalho em Thompson. – Respondeu à morena.
- Ah, legal. Fico feliz por você ter recomeçado sua vida depois do que meu filho fez. – Sofia falou sem animo. – Agora ele está casado com aquela víbora.
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Clichê¹
Teen FictionE se eu resolvesse lhes contar uma historia de amor igual a todas as outras que já se leram por ai? Ela, uma garota do interior, que gostava de bons livros, boas musicas e de viver bons momentos. Enquanto ele, um egoísta mimado que só pensava em sex...