CAPITULO 6

2K 104 3
                                    

Era sexta-feira. Por volta das onze da noite, Sebastian esperava por Penélope em frente ao prédio da garota. Ele havia topado ir com ela naquela viagem, por motivos que nem ele mesmo conhecia. Havia dispensado sua amante, Ashley, para passar o fim de semana com uma garota que havia conhecido há algumas semanas.

Desde a terça-feira, tratavam-se apenas como amigos, nenhum dos dois falava sobre o acontecido. Era como se aquela noite não houvesse acontecido.

Quando a morena saiu do prédio, acenou para ele, que logo a ajudou a por sua mala dentro do carro. Não demorou muito para que eles dessem partida e caíssem na estrada. Horas mais tarde, já se passava das três da manhã quando avistaram as placas que ficavam em frente à cidade, como a de: “Sejam bem-vindos a Florência”.

Depois de alguns minutos, Sebastian estacionou o carro em frente á um pequeno prédio de dois andares. Em baixo havia uma farmácia, que já se encontrava fechada e em cima uma casa, onde morava o farmacêutico aposentado, junto a sua mulher e a sua filha.

- É, chegamos. – Disse Penélope com uma voz amarga. – Como é bom estar em casa. – Falou com ironia.

Sebastian não ousou lhe perguntar o porquê daquele tom, apenas retirou as malas do carro e a seguiu até o portão onde tinha a escada que ia para o segundo andar.

Quando chegaram ao andar de cima, pararam na varanda que tinha as luzes ligadas. Penélope bateu na porta e depois de alguns minutos apareceu seu pai de pijama e pantufa.

O homem tinha seus sessenta anos, era alto, tinha cabelos grisalhos e olhos azuis. Era magro, não demonstrava ser o tipo de homem que fazia academia na juventude.

- Papai! – Penélope falou como uma garotinha, largando sua bolsa e mala, e abraçando o pai.

- Querida, que saudade, parece que não te vejo há tanto tempo. – O homem a abraçava forte.

Logo, uma mulher de altura mediana, cabelos pretos com algumas mechas brancas, olhos castanhos e com seus cinqüenta anos, apareceu na porta. Ela vestia camisola e roupão.

- Pene, querida, não acredito que seja você mesmo. – Ela falou e abraçou a garota assim que o pai a largou.

Alguns minutos depois de tantos abraços, os pais de Penélope então notaram a presença de Sebastian.

- Quem é ele? – Perguntou a mãe, com a voz rude.  

- Meu amigo. – Penélope explicou. – Eu avisei que viria alguém. – Disse ela.

- Meu nome é Sebastian Brandon, prazer. – O rapaz estendeu a mão para o casal que apertou em seguida.

- Prazer em conhecê-lo, senhor Brandon, me chame de Roberto e está é a senhora Célia.  Qualquer amigo de nossa filha é nosso amigo também. – Homem sorria. – Venham, entrem, aposto que estão com fome. – Roberto era amigável.

Depois de colocarem suas bagagens na sala da família Price, Roberto e Célia levaram a filha e Sebastian para comerem alguma coisa e em seguida para os quartos. Havia sido combinado que Sebastian dormiria no antigo quarto de Penélope, enquanto a morena ficaria dormindo no quarto da irmã.

No dia seguinte, quando o galo começou a cantar, Roberto e Célia Price levantaram para fazer o café da manhã, em seguida Penélope levantou para ajudar a mãe e depois foi chamar o “amigo” para o café.

Penélope sem bater na porta, entrou no que era seu quarto, deparando-se com um Sebastian já acordado e que trocava de roupa.

- Ah, desculpe. – Falou ela colocando as mãos no rosto, numa tentativa de cobrir os olhos. – Não sabia que você estava trocando de roupa.

Clichê¹Onde histórias criam vida. Descubra agora