CAPITULO 12

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- O que você faz aqui? – Perguntou espantada com sua presença.

- Vim te ver. – Falou ele com sua cara de pau e entrou no apartamento.

Eles não disseram mais nada, Penélope ficou parada o encarando seria sem entender, enquanto Sebastian caminhava pelo apartamento, abria as portas dos quartos e a do banheiro.

- Apartamento legal. – Disse ele.

- É da Serena. – Respondeu fechando a porta.

- Você gosta daqui?

- Sim.

- E porque saiu do seu apartamento? – Perguntou curioso, enquanto sentava-se no sofá.

- Ficou caro demais e eu voltei a estudar. – Respondeu ela.

- O que você está fazendo?

- Medicina veterinária.

- Nunca imaginei você como veterinária. – Sorriu ele.

- Eu gosto de animais, principalmente de cavalos. – A garota voltou a olhá-lo. – Agora é serio Sebastian, o que você faz aqui?  - Perguntou. Sua expressão era seria e dura.

- Queria conversar com você.

- Só isso?

O rapaz levantou-se e caminhou até a porta, dando a impressão que iria embora.

- E senti sua falta. – Falou calmo e sereno.

A garota nada falou e eles ficaram por alguns minutos em silêncio.

A morena soltou uma risada.

- É serio? – Sua voz era sarcástica. – Pra quem ia casar, jurei que não ia nem se lembrar do meu nome. – Soltou mais um risinho. – Alias, como vai o casamento? A lua de mel foi boa?

A expressão no rosto de Sebastian era seria. – Não me casei. – Falou.

- Por que não? – Perguntou surpresa.

- Porque estava apaixonado. – Ele riu. – Por uma garota que nem ao menos me deixou explicar meus motivos.

- Vai ver ela estava muito magoada com você.

- E você acha que eu não sai magoado também? – Seu olhar era duro. Penélope abraçou-se, sentindo o frio que havia no meio entre os dois.

- Porque você não foi atrás de mim? – Perguntou ela, desconversando.

- Porque eu sabia que você não aceitaria conversar comigo. – Respondeu o óbvio.

- Quem sabe eu tivesse aceito te ouvir.

- Você sabe que não me ouviria. – Sorriu e se aproximou. – Sempre orgulhosa demais, magoada demais, frágil demais. – Seu corpo estava tão perto do de Penélope que conseguia ouvir a respiração ofegante da moça. – Eu realmente senti sua falta Pene. – Sussurrou

- Eu desejei vê-lo. – Confessou a garota. – Só não sabia se era o certo a fazer. – Ela o olhava também. A boca tão perto da sua, chamando-a para um beijo.

- Senti falta da sua risada, dos seus sorrisos, do calor da tua pele. – Colocou uma mexa do cabelo da garota para trás da orelha.

- Senti sua falta me provocando e do seu carinho e do jeito que me tratava. – Penélope encostou suas mãos no peitoral do rapaz.

- Você continua como me lembro. – Ele sorriu para ela, sincero e sereno. – Tão doce e travessa, a menina mulher que me deixa louco.

- Eu quero beijá-lo, Sebastian. – A garota passou a língua pelo lábio.

- Então me beije. – Respondeu ele. A garota o olhou e aproximou seu rosto do dele, selando suas bocas. O beijo envolvia saudade, ternura, desejo e paixão. Suas línguas brincavam, enquanto as mãos da garota envolviam seu pescoço. O rapaz a segurou pela cintura e a prensou na parede. Pararam ofegantes, riram e voltaram a se beijar. Sebastian tirou a blusa da menina e beijou seu pescoço, mordendo-o e chupando-o, deixando sua marca.

- Eu amo você. – Ela sussurrou.

Ele parou e a olhou.

- Eu amo você. – Disse ele. – E desejo ficar ao eu lado, na saúde e na doença, pelo resto da minha vida.

Sorriram um para o outro e voltaram a se beijar.

E pela primeira vez Penélope e Sebastian estavam completos. Nunca haviam imaginado como poderiam se sentir tão bem consigo mesmo. Quem sabe dali alguns anos eles noivassem, casassem e tivessem filhos, mas agora, o que importava era que estavam juntos e felizes. Continuando a viver seu romance clichê em que um dia brigavam, no outro também, depois faziam as pazes e no amanhã era um grande “sei lá” com emoção.

"Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde, amo-te simplesmente sem problemas nem orgulho: amo-te assim porque não sei amar de outra maneira" – Pablo Neruda.

                                      FIM

Clichê¹Onde histórias criam vida. Descubra agora