Assombração Que Chora

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RELATO DE Marcelo Rocha - Belo Horizonte -MG

Vou compartilhar um relato que aconteceu comigo, meu irmão e um amigo.

Em minha adolescência, por volta dos 13-14 anos morava em uma cidadezinha no interior de Minas Gerais, bem pequena e pouco desenvolvida, porém tinha uma festa de rodeio bem conhecida na região, e foi durante o período dessa festa que começa o meu relato.

Morávamos um pouco fora da cidade, cerca de uns 3Km até a área urbana da cidade, e estávamos indo para essa tal festa (e detalhe, a pé), eu e meu irmão encontraríamos no caminho esse nosso amigo. Já era por volta de umas 9/10 horas  quando saímos de casa.

Fomos andando normalmente conversando e com uma pequena lanterna, pois não tinha iluminação nesse pequeno trecho até a cidade, encontramos esse nosso amigo pela metade do caminho e continuamos. No meio da caminhada e de tanta conversa eu começo a escutar um canto, bem baixinho, mas não importei muito na hora, achava que era alguém indo pela estrada cantando em direção a festa também.

Porém o tempo foi passando e não aparecia ninguém nem um carro que pudesse estar tocando aquela musica. Que era um canto como se fosse cantarolando uma musica antiga. E ficando mais alto esse som, eu me assusto e me volto para meu irmão e meu amigo para perguntar se eles estavam escutando também.

Quando volto meu olhar para eles eu os vejo com os olhos arregalados e assustados, então eles me perguntam se eu estava escutando aquilo tudo. Confirmei, e começamos a levantar possibilidades sobre o que poderia ser aquilo e de onde estava vindo. E continuamos nossa caminhada que já estava chegando perto da área urbana.

Uns 30 passos depois e escutamos alguns passos pela mata que fica a beira da estrada e um choro feminino, não muito alto mas bastante agudo. (Nessa parte da estrada tinha um velho cruzeiro que marcava onde a esposa de um fundador da cidade havia se matado.)

Então meu irmão ilumina a mata onde ficava esse cruzeiro e perto dali todos nós vimos uma mulher, com a roupa toda rasgada e suja, com a mão no rosto de joelhos e chorando. A imagem dessa moça não era tão nítida, mesmo iluminando com a pequena luz da lanterna.

Não posso afirmar de fato se vimos algo sobrenatural ou se foi uma alucinação coletiva, visto que já sabíamos dessa historia da esposa do fundador, onde esse cruzeiro tinha fama de mal assombrado, e estávamos todos já apreensivos por termos escutados uma voz um pouco mais cedo cantarolando alguma musica sinistramente serena.

O que posso afirmar e que depois que vimos isso, saímos os 3 correndo pela estrada sem parar nem falar nada, até chegarmos ao primeiro poste de luz da cidade.

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