Contos, Histórias, Lendas E Relatos De Terror

A Casa De Campo

Sou Michael, funcionário de uma empresa em declínio, aqui trabalho como escravo de segunda a segunda todos os dias do ano. O filho da puta do meu patrão sabe que eu preciso desse emprego, daí me explora como um animal. Depois de muito tempo implorando, o meu patrão finalmente me deixa descansar um final de semana.

Quando o meu irmão mais novo (Evans) ficou sabendo da novidade, me convidou para que nós passassemos um final de semana em uma de suas várias casas de campo. O meu irmão deu sorte na vida, tem o melhor emprego do mundo, tudo o que eu sempre quis ter. Ele às vezes gosta de jogar na minha cara seus bens. Como eu morro de inveja do meu irmão.

Pego as minhas poucas malas e vou esperar o meu irmão chegar com seu carro de luxo que tanto se gaba. Depois de horas esperando ele chegar com a sua esposa (Susan) e o melhor  amigo (Garcia), entro no carro e saímos.

Chegamos na casa de campo segundo Evans, ela fica bem isolada, isso significa que a próxima casa deve ficar aproximadamente 1km de distância. Garcia, o babaca do amigo de Evans, me manda pegar as malas tenho que carregar todas, me sinto humilhado. Já estava escurecendo quando o Garcia decidi caminhar um pouco, eu fico em meu quarto lendo alguns livros até pegar no sono.

Sou despertado com o canto dos pássaros, sinto-me um pouco cansado, parece que não dormi bem essa noite. Vejo algo um pouco estranho em minha camisa, ela se encontrava suja de sangue. Corro até o espelho do guarda-roupa e não encontro nada em meu corpo que indique que o ferimento seja em mim. É claro, que eu vou ter que esconder esse detalhe de Evans porque ele iria ficar muito puto se descobrisse que eu sujei a sua bela cama de sangue. 

Fazia-se algumas horas que Garcia havia desaparecido, o meu irmão se encontrava apreensivo, tento ligar para pedir ajuda mais próxima, porém, o sinal do telefone estava péssimo. Evans acredita que Garcia esteja perdido na floresta. Acaba me fazendo ter que procurar aquele viado do caralho, então eu tenho que sair em busca de Garcia.

Caminho por algumas horas gritando o nome de Garcia, mas não encontro nenhum sinal de vida. Depois de andar muito, já muito cansado e exausto, encontro uma cabana que provavelmente está abandonada. Imaginando que Garcia poderia estar ali, acabo entrando.

Começo a explorar a cabana, havia vários móveis quebrados e fotos dos ex-donos do local. Chego na sala da cabana, encontro uma serra elétrica em cima de uma mesa banhada de sangue, o sangue parecia ainda estar quente. Começo a seguir algumas manchas de sangue no chão, que me levam onde seria possivelmente à cozinha da cabana, quando abro a porta...

Meu deus! Garcia estava amarrado em uma cadeira com seus membros cortados, seu rosto se encontrava quase irreconhecível, indicando que ele deveria ter sido torturado até a morte, uma cena digna de filmes de terror. Muito assustado tento sair e quando escuto alguém abrindo a porta da cabana, corro e me escondo e uma geladeira velha.

Surge um homem muito forte, lembrando aquele assassino dos filmes "Sexta-feira 13". Ele usava uma máscara de porco que o deixava perturbadoramente assustador. Quando ele se distrai com algo em cima da mesa, eu saio correndo o mais rápido possível. Infelizmente escorrego no sangue de Garcia e caio no chão batendo a cabeça...

Acordo sentindo muita dor, felizmente aquele cara não fez nada comigo. Eu vou correndo até a casa do meu irmão, quando chego, encontro a porta quebrada indicando que ela foi arrombada. Começo a procurar alguém vivo sem fazer barulhos. Vou chamando o nome de Evans bem baixinho até o encontrar na sala de bebidas gravemente ferido. Um de seus braços se encontrava arrancado, o mesmo com outra perna, o fazendo ficar agonizando esperando a própria morte por conta da perda de sangue.

Evans conta-me que estava com Susan assistindo TV quando escutou barulhos de serra elétrica, os dois foram na sala para ver de onde vinha o barulho, foi quando a porta foi quebrada e um cara com uma máscara de porco invadiu a casa.

O cara tentou atacar os dois, Evans conta-me que fez de tudo para defender Susan, foi quando o cara com a serra elétrica arrancou o braço dele. Evans diz que tentou correr, mas o cara foi mais rápido, o pegou e o jogou no chão cortando a outra perna. Antes de Evans morrer, ele me entrega a chave do carro, me mandando sair em busca de ajuda.

Quando estava saindo, começo a escutar alguém chorando. Então, vou seguindo os barulhos tentando não chamar atenção do assassino. Encontro Susan muito machucada, amarrada em uma cadeira. Solto ela e pergunto se consegue correr, ela responde que sim, então acabamos saindo com o carro de Evans para tentar escapar desse pesadelo.

Saio em alta velocidade, Susan não para de chorar perguntando por Evans, respondo que ele está bem, iremos logo buscar ajuda. Ao longe, eu vejo uma figura, era o assassino com a serra elétrica erguida. Começo a gritar, Susan conta-me que não vê ninguém na pista. Quando estávamos bem próximo dele, perco o controle do carro e ele capota várias vezes.

Infelizmente Susan morreu por causa do acidente, eu consegui escapar com vida. Se passou alguns meses e eu continuo no mesmo inferno de emprego. O meu patrão vai tirar férias em uma casa de campo, o ordinário quer que eu vá junto para servir de empregado, infelizmente terei que ir com ele.

Levarei comigo minhas poucas coisas: Uma máscara de porco e a minha serra elétrica.