Eu estava voltando da missão juntar-ChanMin quando tudo aconteceu.
Eram três e dezessete da madrugada, a casa estava escura, a temperatura beirava os dezenove graus celsius, meus sapatos já não mais estalavam no chão, já que tinha deixado-os perto da porta.
Contava com o fato de que todos estariam dormindo, então fui na cozinha preparar um chá pra me ajudar nesse processo, mas quando acendi a luz da sala de estar, quase morri do coração.
Hyunjin estava no sofá, dormindo sem cobertor e se abraçando com frio. Meu coração se quebrou ali mesmo de ver meu amorzinho tremendo.
Cheguei mais perto para acorda-lo, mas vi que seu rosto estava meio inchado e seu nariz vermelho, então apenas peguei um cobertor, joguei em cima dele e fui preparar um chá.
No meio tempo em que eu fazia o chazinho de camomila, BangChan voltou para casa. Ele estava todo alegre, quase saltitando pela sala de estar quando se virou pra cozinha e caiu no chão pelo susto que levou comigo. Eu estava o observando com as sobrancelhas franzidas, puta menino dramático.
— Deixa eu adivinhar — falei, baixinho, para não acordar o garoto adormecido no sofá. — Ela beija bem?
— Ya! — exclama, baixinho também e com as bochechas vermelhas. — Foi só um selinho, pra sua informação...
Ele abriu um sorriso tímido e eu dei um grito mudo, correndo até ele e socando seus braços para que as pauladas não fizessem barulho.
— Meu Deus que gracinha eu amo meu ChanMin!!! — o chacoalhei, enquanto ele reclamava de dor. — Meu casalzinho hétero é real! Deus me livre mas quem me dera...
Ele riu de novo, passando a mão aonde eu soquei. Conversamos enquanto eu fazia o chá, ele pegou uma xícara para si e foi para seu quarto se trocar, ainda sorrindo abobado.
Enchi a caneca favorita de Hyunjin com chá, colocando um pouco de mel e leite do jeito que ele gosta e respirei fundo, andando até o sofá com nossas canecas em minhas mãos. Deixei as duas na mesa de centro e me sentei do lado do mais velho, passando meus dedos pelo seu cabelo de maneira gentil.
— Hyunnie — chamei, fazendo-o se mexer e murmurar umas coisas desconexas. — Hyunjin, você vai ficar doente aqui — disse de novo, agora passando minha mão pelo seu rosto. Ele ainda não acordou, então eu cheguei bem perto e comecei a assoprar em seu rosto, do jeito que ele odeia.
Não demorou muito pra ele abrir os olhos meio enraivecido, segurando nas minhas bochechas com uma só mão, me fazendo ficar com um biquinho. Ele revirou os olhos, me deu um selinho, me abraçou, puxando-me para si e querendo voltar a dormir.
— Hyunnie!! — exclamo, rindo da situação e ouvindo o murmurar. — Aqui não é lugar pra dormir, vai pro seu quarto...
— Por que você demorou tanto? — diz, com a melancolia clara em sua voz. — Fiquei te esperando desde as duas da manhã, mas você não chegava nunca...
— A gente se empolgou, acabou dando umas voltas na cidade antes de voltarmos pra cá — respondo, me virando para si e o abraçando de frente. — Sem dizer que queríamos deixar o Chan e a Jimin sozinhos um pouquinho, pra ver se algo acontecia.
— E aconteceu? — seus olhos estavam fechados, parecia um gato sonolento, e suas pintinhas que eu amo estavam todas aparentes. Não resisti e depositei um selinho na pintinha perto do seu olho, minha favorita.
— Aparentemente, eles deram um selinho, mas ficaram grudados à noite inteira! O Jae acabou colando em mim, já que os outros dois estavam na bolha de casal deles.
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FanfictionA orientação sexual de Felix já não era novidade para nenhum dos membros ali. Viviam ouvindo histórias dos ex-namorados do australiano, e tinham noção de que o mesmo já havia ficado com mais um par de coreanos desde que chegara no país, e não tinha...