[4].Help

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A claridade me fez abrir os olhos devagar, me deparando com o vovô dormindo no meu colo. Deveriam ser quase seis da manhã, já que o sol ainda estava fraquinho.

O balancei devagar, na tentativa de acorda-lo. Ele se remexeu um pouco e abriu os olhos

— Yah, ajhussi. Preciso me arrumar e ir pra escola — disse devagar, para que ele conseguisse ler meus lábios. Ele levantou devagar, com as mãos coçando os olhos

— Como se sente? — perguntei na linguagem de sinais

— Minha cabeça dói um pouco, mas estou bem. — ele respondeu dando de ombros

— Acho que seria melhor eu ficar aqui pra ajudar o senhor. O que me diz?

— Não será necessário, filho. Pode ir. Eu vou ficar bem — assegurou

Um suspiro alto saiu da minha garganta. Me levantei e caminhei preguiçosamente até o banheiro que tinha no quarto do meu avô

Entrei no banheiro pequeno e estreito já tirando a camisa, olhando meu corpo magro e pequeno refletido no espelho. Enchi as bochechas de ar e deixei elas assim com alguns segundos, até soltar o ar todo de uma vez, embaçando o espelho.

Tirei o resto das minhas vestes, entrando debaixo do chuveiro e o ligando logo em seguida. O choque da água quente com o meu corpo gelado me fez fechar os olhos devagar e aproveitar aquele momento.

O vermelho dos meus cabelos estavam no ponto de retocar, e os pingos vermelhos caiam no chão do box, dando impressão de sangue.

Não demorei muito. Apenas um banho rápido para eu ir pra escola, e ter tempo de passar na biblioteca e cumprimentar a ajhumma Dowoon.

Escolhi uma camisa preta dois tamanhos maior que eu, uma calça colada e um vans.

Desci as escadas em silencio, ouvindo o barulho que meus pés calçados faziam em contato com o chão. Sempre fui calado, me acostumei assim, já que cuidava do meu avô sempre, desde criança.

- Vovô, já estou indo - sinalizei pra ele e ele sorriu em resposta, me dando tchau. Pus os fones no ouvido, colocando no modo aleatório. Logo começou a tocar All of me. Respirei fundo e sai de casa

Caminhei até a escola de vagar, queria aproveitar o caminho da minha casa até a escola. Era o único momento que eu podia realmente este em paz e sem preocupações. Mas a minha calma durou só alguns minutos, já que vi o garoto que me da medo e o amigo dele que olha estranho pro meu irmão vindo em minha direção.

— Hey, ruivo! — o garoto que me da medo me gritou. Tirei os fones de vagar, como se a qualquer movimento brusco meu, ele pudesse me atacar.

— O-olá. — fiz uma breve reverência. Os garotos se aproximaram de mim e o que me da medo passou o braço pelo meu pescoço, aproximando nossos corpos. Meu coração começou a bater rápido e meus olhos arregalaram involuntariamente.
O que ele está fazendo?

— Está indo pra escola? — abri a boca pra responder, mas ele me interrompeu — Ah, que pergunta, não é? É claro que vai. Como anda seu irmão? — abri a boca pra responder novamente mas ele me interrompeu. - Ah, ele deve estar bem, não é mesmo? Enfim, vamos, vamos, vamos, ou nos atrasaremos.

Eu estou confuso. Bem confuso. Eu não consigo entender o que ele quer de mim, nem o por que dele estar sendo gentil, mas me da mais medo ainda.

Olhei pra sua mão que estava envolta em meus ombros. A tatuagem negra da cabeça de uma cobra na sua mão, fazendo contraste com a pele branca e leitosa. Virei um pouco a cabeça, tentando o ver mais da tatuagem.

protect you | kth+jjk (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora