Capítulo 7 - A verdadeira versão

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   Ainda na procura dos nossos amigos, a floresta parecia ser infinita ou estávamos andando em círculos sem perceber. Ouvimos alguém se aproximando. Peter fez sinal de silêncio o qual compreendemos muito bem. Ele segurava a minha mão. Então, percebi que ele começou a se abaixar entre as folhas das plantas. Ayla e eu fizemos o mesmo. Mas não havia o que temer naquela hora, pois vimos entre brechas que era apenas Amber vindo em nossa direção.

- Amber! - gritou Ayla indo abraça-la.

- Vocês encontraram com Lori e Sam? - pergunta Amber. - Ainda bem que encontrei vocês por que me perdi deles e não sei se estão bem.

- Não os encontramos. - disse Peter em resposta.

- O que faremos? - perguntou Amber.

- Você e Ayla precisam voltar até à praia. Talvez eles estejam lá. Sigam a direção para onde o sol se põe. - diz Peter e continua - Eu e a Holly, vamos continuar procurando por aqui.

 Então, as duas partem em direção à praia. Peter e eu continuamos a busca pela mata. 

 Depois de andar por alguns minutos, digo que preciso parar para descansar um pouco e Peter concorda. Ambos nos encostamos no tronco de uma das várias árvores que nos rodeavam.

- A Amber guarda muita mágoa de você, mas o que você fez pra ela? - pergunta Peter.

- Na verdade, eu era muito amiga da irmã dela, Alana. Era o final do nosso terceiro ano e estávamos em uma festa comemorando o Halloween . Nós bebemos muito. Algumas coisas daquela noite eu nem me lembro direito. Apenas do pior. - digo prendendo meu cabelo com uma pequena cordinha que eu havia pego no acampamento.

- Até ai parece que estava tudo bem. - dizia Peter

- É, só que as coisas começaram a piorar. Fizemos uma brincadeira com ela, onde o ex namorado, Noah, disse que queria voltar. Alana foi paciente e disse que não e que agora estava namorando uma outra pessoa. Só que nós demos um remédio para Noah, simular estar passando mal. Sua boca começou a espumar e ele fingiu estar sufocando. Alana ficou muito mal pensando ser a culpada. 

- E depois disso, o que aconteceu? - perguntou Peter, curioso com a história.

- Por fim, quando revelamos que era uma brincadeira Alana discutiu comigo. Entramos no carro e pensei que ela estava me levando para casa, como de costume. Mas ela disse que era sua vez de brincar. Acelerou o carro em cento e vinte quilômetros para me assustar e dar o troco. Mas não contava com o caminhão. Até hoje Amber me culpa e não fala comigo. - explico a ele.

- Será que a Amber odeia você? - pergunta Peter.

- Não! Ela nunca soube da brincadeira. Na verdade, ela acredita que estávamos bêbadas curtindo um final de festa e não discutindo. Acho que um dia ela poderá me perdoar.

  Contar o que realmente havia acontecido aquela noite, deixou meu peito mais aliviado. Me livrar da versão que meus pais me fizeram contar na polícia e para todos, havia me feito bem. Fora a sensação de me sentir mais próxima do Peter.


FayuOnde histórias criam vida. Descubra agora