Capítulo 17- Febre

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Voltei depois de um belo tempo, mas esse casal está vivíssimo, muito apaixonado e morrendo de saudades de vocês !

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Capítulo dedicado à lindíssima jujusouza07, obrigada por fazer cada capítulo especial.

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Lisbela

Era dia de levar minha família ao aeroporto e mesmo sabendo desde o início que eles teriam que voltar eu fiquei muito muito triste ao me despedir dos meus seres humanos preferidos desse mundão.

Vika teria que voltar com eles, já que segundo ela, sua ida pra Londres foi na pressa e que ela precisava realmente se desconectar das coisas que a prendiam no Brasil pra vir trabalhar oficialmente comigo, a partida dela foi mais uma dorzinha pro meu coração, mesmo que breve.

Esse tempo cercada pelos que eu tanto amo me fizeram tão bem, mas também me fizeram enxergar que eu precisava enxergar minha vida como um todo, que eu deveria parar de fechar os olhos e ouvidos pra problemas que eu estava ignorando.

-Benjamin, amor! -chamei quando já estávamos em casa.

Ele estava na cozinha preparando algo, assim que chegamos do aeroporto ele se encarregou do almoço e eu pulei direto pra um banho, tanto pra lavar as lágrimas quanto pra limpar as ideias.

-Só um minuto preta. -falou da cozinha.

-O tempo que você precisar.

Pouco tempo depois ele apareceu com todo o seu charme escorado na porta do quarto me observando, ele com certeza sabia que eu queria falar alguma coisa importante, tanto que assumiu aquela postura arredia que eu tanto odeio.

Benjamin tinha milhões de qualidades, mas se tem uma coisa que ele não sabia fazer era lidar com suas falhas, impedimentos e transtornos, e eu precisava entender o que tinha em sua mente, seu passado, seu presente pra poder ser a pessoa certa em seu futuro.

- Vem cá, senta aqui. -dei espaço pra que ele se sentasse comigo na cama.

Os olhos dele eram inquisidores e tudo o que buscavam era uma resposta pro que estava acontecendo ali, o que eu queria dele.

- Antes da última vez, há quanto tempo você estava sóbrio? -perguntei objetiva encarando seus olhos que por um momento vacilaram mirando o chão.

-Eu já te disse que isso é passado. -manteve sua postura arredia.

-Não, não é passado. Eu posterguei essa conversa da última vez porque eu estava morrendo de saudades de você, porque eu queria te ter se volta, mas nós dois sabíamos que ela estava bem longe de acabar, Ben. -mantive minha sinceridade e meu olhar firme.

Tudo o que eu precisava daquela conversa eram esclarecimentos, confiança e verdade e pela primeira vez Benjamin não parecia querer me dar isso.

-Não me chame assim. Você faz isso quando está brava, e eu não fiz nada. -falou demostrando o incômodo por eu chamá-lo de "Ben".

-Você está se escondendo de mim, por que você não confia em mim? Como no Mark ou no Theo?

-Eu confio, eu confio meu amor! -falou segurando meu rosto entre suas mãos de forma suplicante -Mas eu só quero deixar essa merda enterrada.

Se Shakespeare Escrevesse Nossas VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora