POV Lauren Jauregui
A cada dia que passa sinto que o pior está por vir. Não que eu tenha medo do que possa acontecer, se Camila não me denunciou até agora, ela não o faria mais. Mas eu acho que ela ainda vai me surpreender. Ela sumiu, não tenho notícias, não faço ideia de como encontra-la. Não quis envolver Ally nisso, talvez isso sim possa me prejudicar de verdade. Camila não voltou ainda e eu nem sei se ela vai fazer isso então eu preciso parar de pensar nessa possibilidade.
- alô, Stephen...eu preciso que venha me buscar na empresa hoje. Mas venha já, quero que faça algo para mim depois. Estou esperando. – desligo e coloco o celular em minha bolsa e vou para o elevador descendo até o último andar para esperar por Stephen. Não passou muito tempo e...
- srta. Jauregui. – o carro para à minha frente e Stephen prontamente sai abrindo a porta de trás para que eu entrasse, entro e Stephen entra em seguida dando partida no carro. – boa tarde, senhorita.
- quero que fique de olho nessa garota hoje. – entrego a fotografia – ela trabalha no café em frente a empresa, sai ás nove e vai a pé para a casa. Você vai trazer ela para mim antes das dez. Mas não faça nada, não encoste um dedo nela que não seja para coloca-la dentro deste carro! – falo firme e ele apenas concorda com a cabeça. – vou estar esperando no mesmo lugar da última vez.
- sim, senhorita. – apenas diz.
Desde que soube que Camila foi para Cuba eu precisei me distrair e como eu tinha que fazer isso de um jeito ou de outro, preparei uma pasta com tudo o que eu precisava saber de cada menina desta cidade. Como é um lugar pequeno não deu muito trabalho. Eu precisava saber de algumas coisas que me motivasse o suficiente a acabar com algumas delas. Não botei muita fé no início mas quando pesquisei sobre seis delas fiquei boquiaberta. São garotas jovens mas que tem uma ficha um tanto pesada para a idade delas. Uma em específico, essa que mandei Stephen trazer até mim hoje. A garota tem dezoito anos, é virgem e maltrata os irmãos pequenos e inclusive já quase os matou carbonizados. Dizem que ela tem distúrbios mentais mas nada foi comprovado, eu já acho que foi falta de sexo que a deixou tão amargurada. Mas isso acaba hoje, eu preciso fazer. E vai ser bom saber que eu estou salvando a vida de dois pequenos tirando a dela.
Já passava das nove e eu terminava de me arrumar, só faltava pôr meus coturnos pretos. Eu ficaria os esperando lá na sala das urnas mas não ficaremos lá. Desta vez teremos que adentrar a floresta. Desço silenciosamente para não chamar a atenção de ninguém, não preciso de plateia, já havia deixado tudo ajeitado mais cedo, era só esperar mesmo.
Nove e cinquenta e oito, eles chegaram. Ótimo, não quero ter que matar Stephen hoje também. O vejo abrindo o porta malas e tirando Bella de lá e a coloca em seu ombro.
- disse que era para ser mais discreto. Vai me dizer que a pegou na cidade assim? – falo séria – vamos, nós não vamos ficar aqui hoje. – aponto para a floresta e ele me olha confuso. – apenas faça o que mandei, vamos logo.
Caminhamos por quase uma hora dentro da floresta apenas para achar um bom lugar e ficar o mais longe possível de minha casa já que eu usaria fogo. Stephen teve que me acompanhar para carregar Bella mas não acho que isso seria um problema. Eu não preciso me explicar para ele sendo assim isso seria mais uma de minhas brincadeiras que ele já esteve presente mas não imagina o motivo.
- aqui já está bom. Coloque-a aqui e amarre-a. – ele coloca a garota de pé encostada na árvore e vejo que está desacordada. – droga, Stef! Eu disse que não era para encostar na garota. O que foi isso? Você a deu uma cacetada?
- ela gritava muito, eu precisei fazer isso. Mas foi só um tapa. – arregalo os olhos em espanto.
- porra! Sua mão deve ser pesada, olha só esse roxo... – ele ri – acabe logo com isso. Só tenho uma hora.
- acho que sabemos o que a senhorita irá fazer com essa garota, um roxo a mais não faz tanta diferença. – ele da de ombros finalizando o nó e da um passo para trás. – veja, está acordando. Me passe a mordaça, rápido. – entrego a mordaça a ele que rapidamente põe na garota e como se ele já soubesse seus gritos abafados começam a aparecer.
- ótimo trabalho. Agora fique de olho em volta, qualquer movimento estranho nós corremos e a deixamos aqui. Fique com essas coisas – entrego uma mochila para ele – agora fique esperto!
E mais uma vez eu estava prestes a garantir pelo menos mais um mês de vitória, mais um mês de sucesso na minha carreira. Minhas empresas crescendo, meus negócios se expandindo... não tem como eu me arrepender de fazer algo que me traz tantos bens. É claro que tudo no começo é assustador, agonizante. Mas olho só como estou hoje, olha o que conquistei. E nada disso acaba aqui porque eu ainda tenho muito o que conquistar. Esse é apenas mais um de muitos que estão por vir.
- vamos acabar com isso logo. Só tenho 20 minutos agora. – a garota tentava gritar mas seus gritos eram abafados pelo pano em sua boca, as lágrimas escorriam pelo seu rosto. – fique quietinha, isso só vai doer um pouquinho. – tiro minha adaga, essa com detalhes dourados, de meu bolso e pelo som que saia de sua boca amordaçada dava para entender um “socorro” quase que perfeito. – você gritar só me faz pensar naquelas crianças sofrendo, sendo beliscadas, mordidas, passando fome o dia inteiro...você não tinha um pingo de dó, não é mesmo? – pela primeira vez ela fica calada e escuta o que eu falo – por que eu teria dó de você? Uma virgenzinha que homem nenhum quis comer. – rio debochada – é por isso que você é tão ruim, tão amargurada... não teve o gostinho de sentir prazer pelo menos uma vez na vida. E vai morrer sem esse gosto! – ergo minha mão a fazendo gritar novamente e para não ter que aguentar mais aquilo enfio de uma vez a lâmina na lateral de seu pescoço retirando em seguida para que seu sangue jorrasse e acabasse o mais rápido possível.
Agora eu só precisava finalizar a noite com o que mais gosto. Cinzas. Ou melhor, cinzas do sucesso.
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Nada como ir descansar com mais um dia de trabalho realizado com sucesso. Depois de uma longa caminhada de volta para casa eu só precisava de um longo banho e me deitar, foi o que pretendia fazer até meu celular tocar loucamente em cima da cama. Eu mal podia acreditar que aquilo estava acontecendo, estou tão cansada e algum filho da puta decide me perturbar a essa hora. Pego meu celular sem nem olhar para a tela e atendo contra minha vontade.
- Eai vadia! Estou chegando. – aquela voz...ah não, ela não!

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I Have Questions
FanfictionLauren quer ser bem sucedida e busca meios que muitos não o faria para realizar seus planos de vida. Mas o que ela não esperava é que surgiria uma jovem curiosa a procura de respostas tentando se tornar a mais conhecida entre as colunistas dos jorna...