O mar escuro
espancava as pedras,
a brisa branda
balançava meus cabelos.
Destroços dentro
de mim.
Ele me convidava
pra entrar e conhecer
as suas profundezas,
queria que eu tocasse
o chão com meu corpo
e desse pra ele de presente
um pouco mais de oxigênio.
Era a súplica mais
persuasiva
que eu já vivi.
Os últimos passos
na areia fina
com o corpo se rompendo
em três trilhões de
pequenas partículas
de puro sal.
Seriam pedaços de mais
uma vida perdida,
do último suspiro dado
antes de finalmente partir.
Suas ondas quebrando
combinavam misteriosamente
com as vozes gritando
dentro da minha cabeça,
essa covardia me perturba.
Hemorragias internas
de vivências e pensamentos,
fazendo o meu sangue escorrer
nas cicatrizes ainda abertas.
Os outros se tornaram surdos
para os meus berros incessantes.
Quero deixa as ondas me levarem,
mas não estou pronta pra dizer adeus.-Era pra ser uma despedida.
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O universo que habita em mim.
PoesiePoemas e textos. Tentando me encontrar nesse meu universo. Livro completo. Segundo livro: AS GALÁXIAS QUE HABITAM EM MIM. PLÁGIO É CRIME. DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS. © #11 em poesia. #2 em poemas.