O universo que habita em mim.

E se hoje fosse o último dia?

Nós dizemos o quanto devemos aproveitar 
cada segundo como se fosse o último, 
mas esquecemos de como fazer isso.
Eu nos considero hipócritas
por dizer tanto o que o outro deve fazer,
enquanto ignoramos
todas as pequenas coisas que nos tornam felizes.
O trabalho,
o dinheiro
e os problemas
tem mais importância do que nós mesmos.
Falamos que perdoar é preciso,
mas guardamos nossas mágoas à sete chaves
e deixamos elas refletirem em cada passo da nossa vida,
nos fazendo sofrer sempre que afloram.
O amor está sendo esquecido,
mas ninguém está notando isso.
Os abraços tornaram-se escassos
e a cada esquina existe uma pessoa vazia bebendo saudade.
E enquanto o mundo se enche de frieza,
estamos aqui mais uma vez,
esquecendo que nesse instante podemos morrer,
seja porque um meteoro que atingiu este lugar
ou porque não conseguimos se livrar do que nos tormenta.
Então vamos viver cada segundo,
como se fosse o último de nossas vidas,
apagar as memórias ruins,
colar os cacos do coração estilhaçado,
dizer que ama como se fosse bom dia.
Perdoar e levantar,
mesmo que as feridas ousem sangrar.