O universo que habita em mim.

Triângulo das Bermudas.

Eu me perdi
em oceanos e mares profundos
dentro de mim.
De longe eu vi
o vento levar cada fragmento meu
para os lugares mais obscuros.
Foram tantos dias nessa navegação,
onde não existia ninguém
pra comandar o barco descontrolado
que eu sou.
Entre tempestades e tsunamis,
queimaduras expostas,
não entendo como não desmontei.
Não sou totalmente culpada
pelos danos causados,
mas me culpo por falhar
em não parar quando me quebraram.
Foram horas tentando decifrar
o caminho de um mapa enigmático
que não me ajudava em nada.
Achei pedaços de mim
em uma ilha deserta
e a cada hora que se passa,
minhas veias pulsam
indicando os caquinhos.

Uma hora eu me reencontro,
me completo,
me transformo,
me renovo.
E vivo,
de uma vez.