O universo que habita em mim.

Essas costumavam ser minhas noites completas.

Nossos olhos se cruzavam, 
nossos pés se cobriam
uns nos outros. 
Eu costumava deitar
com as mãos juntas 
ao meu corpo frágil,
e ele apenas virava 
o rosto e o corpo 
pra me hipnotizar
com seus chocolates brilhantes.

As respirações pesadas
de um dia cansado,
uma tarde longa
entre estresses e amor.
Essa era a melhor hora do dia,
porque quando a noite caía,
o mundo sumia
e existia apenas nós dois. 

Havia noites 
que nos encarávamos,
em outras nos amávamos   
e tinha as que apenas conversávamos. 
Mas todas elas
tinham uma coisa
em comum, 
meia-noite e meia eu deitava 
no seu peito 
e ele fazia cafuné, 
fechávamos os olhos 
e o meu amor dormia primeiro. 

Entre beijos silenciosos 
e olhares de amor, 
eu perdi a conta de quantas vezes
agradeci e transbordei pelos olhos
a minha gratidão por tê-lo. 
De fato, 
o melhor presente 
da minha vida. 

-Por mais noites assim.