CAPÍTULO CINCO

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M A R K

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M A R K

Os dias passavam ligeiramente, e com eles a falta de resposta a todas as tentativas dos médicos para acordá-lo, o que só intensificava a preocupação dos tais. O acidente pelo qual Mark passara não induziria à um coma com as grandes proporções que estavam tornando.

A falta de fé — (o mal da família) —, assustava a todos. A família não demonstrava comoção pela a situação decadente de Mark. Exceto sua delicada e doce filha. A falta, o vazio que a casa ficava sem a sua presença chegava a ser pertubador, um minuto sequer na presença da sua avó e da mãe poderia servir de gatilho para um surto psicológico. A pressão era tamanha que tornava o ambiente estritamente semelhante a uma prisão.

Curtos diálogos, poucos contatos corporais e visuais,nenhuma demonstração de carinho, pequenas interações. Três estranhas.

O seu divertimento era sempre antes de dormir, no seu fabuloso mundo da imaginação. Toda noite criava um mundo diferente no qual fugia ela e o pai, em busca de um novo lar. As altas aventuras que era capaz de imaginar a levava a dar pequenas gargalhadas —, mesmo que baixas para não ser ouvida pela avó. — Sempre se autodesafiava a quantas aventuras poderia criar antes de pegar no sono.

Certa vez se imaginou em um fabuloso vácuo, ela e o guerreiro papai Mark —, como o chamava — o lugar se chamava sala do eco, ninguém sequer imaginava o que aquele lugar escondia, mas ninguém jamais saira dali com vida. Mas ela não, estava acompanhada de um temível guerreiro, nada poderia o derrotar.

Andavam sem rumo e direção, até tropeçarem em uma gigantesca cauda de textura aparente a de um crocodilo, um rugido assustador foi ouvido, com o poder de estremecer qualquer coração, o chão se moveu como um frenético terremoto, as pernas falharam, será que seu herói poderia os salvar?

Todo o seu corpo a mercê de desmoronar por completo e ir ao chão, afim de esperar pela indiscutível derrota humilhante.

Até que algo incrivelmente fantástico aconteceu, — até porque a vida nos ensina isso, se entregar antes mesmo da luta começar chega a ser humilhante e mostra a todos o tamanho da sua fraqueza. — Retirou a sua afiada e deslumbrante espada correndo em direção ao enorme dragão.

Corria freneticamente em direção a região do coração, até ser surpreendido por um ataque brutal o distanciando ainda mais do seu objetivo, porém novamente a enorme cauda o atingiu. Quase sem esperanças tentou novamente, entretanto usando uma tática diferente, sem esperar enormes chamas saíram da boca do gigantesco monstro, o fazendo novamente ir ao chão. A vontade de desistir aumentou, decidindo se entregar, permaneceu no chão. Falhara com a filha, com ele mesmo. Lágrimas despontaram, exibindo toda a sua vulnerabilidade.

O Último Toque (Romance Gay) | HIATUS |Onde histórias criam vida. Descubra agora